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História da África é contada em projeto de extensão da Uemasul

A África é uma das regiões mais plurais do mundo, em termos culturais, religiosos, étnicos, políticos e geográficos.

(Foto: Divulgação/ Governo-MA)

O projeto de extensão África em Imagens, do Núcleo de Estudos Africanos e Indígenas (Neai), da Universidade Estadual da Região Tocantina do Maranhão (Uemasul), teve como inspiração, a exposição fotográfica “África – penteados indígenas”, que reúne um conjunto de 40 fotografias que explicam um pouco sobre cultura material, mitos e ritos, demonstram performances do corpo, pinturas corporais, tatuagens, estilos e formatos de penteados de distintos grupos étnicos das macrorregiões do continente africano.

Para a orientadora do projeto, professora Maristane de Sousa Rosa Sauimbo, o tema resgata valores culturais importantes. “A exposição de fotos é muito mais profunda do que apenas propiciar a apreciação de imagens de alta qualidade. É ler nas fotografias, organizações sociais do Vale do Nilo, da Bacia do Níger, e enxergar nelas uma oportunidade para fazer chegar a história da África aos grupos sociais da nossa cidade”.

As atividades têm o objetivo de ensinar por meio da expografia, a história sobre os indígenas africanos que mobilizaram complexas organizações sociais e políticas, foram capazes de gerir recursos naturais e minerais, sua experiência histórica fundamental para o continente africano e para humanidade.  O público-alvo do projeto é o Sindicato dos Arrumadores de Imperatriz, um modelo pioneiro de associativismo negro, de forte engajamento político, que centrou seus esforços nas demandas trabalhistas, nas relações sociais e na efetivação de cidadania de seus membros.

O projeto África em Imagens faz parte do Programa Institucional de Bolsas de Extensão (PIBEXT) e conta com a participação da bolsista do quinto período do curso de História, Brenda Macedo Alvarenga. No segundo ano das ações do projeto, a exposição será apresentada à comunidade escolar do centro de ensino Mourão Rangel, onde serão ministradas aulas de história sobre a África e sobre o associativismo negro em Imperatriz.

A bolsista falou sobre sua participação no projeto. “O sindicato é importante para cidade e é muito importante retratar a história dos arrumadores, onde fazemos o trabalho para catalogação de documentos descobertos no decorrer da pesquisa. Esse projeto vai ficar na história e pode ser um referencial para outras pessoas no futuro. É assim que se escreve história. Muitas pessoas não sabem o que é e o que fazem, e o que representam para a nossa cultura e comunidade imperatrizense”.

Espera-se com o desenvolvimento das atividades do projeto, a consolidação dos estudos africanos e história e cultura afro-brasileira e indígena, de acordo com a  lei nº 11.645/2008; que dispõe sobre a obrigatoriedade do ensino de história e cultura da África, história e cultura afro-brasileira em âmbito nacional e a socialização do conhecimento em história da África, preferencialmente para as populações com déficit de escolarização e a consolidação do conhecimento sobre a contribuição das sociedades indígenas africanas para a formação social e cultural da humanidade, gerando impactos substanciais no incentivo da história e cultura da África a curto, médio e longo prazos.

A África é uma das regiões mais plurais do mundo, em termos culturais, religiosos, étnicos, políticos e geográficos. Ali prosperou o homo sapiens, o domínio da metalurgia, a escrita, saberes e fazeres que se perpetuam para toda a humanidade.

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