Estudantes ocupam o prédio da reitoria da UFMA, se acorrentam e são trancados no prédio
Os estudantes exigem melhorias no Restaurante Universitário, na infraestrutura dos prédios da Residência Universitária e condições de permanência estudantil, entre as demandas.
Cerca de 40 estudantes ocupam desde ontem a Reitoria da Universidade Federal do Maranhão (UFMA) e, São Luís. Eles exigem melhorias no Restaurante Universitário, na infraestrutura dos prédios da Residência Universitária e condições de permanência estudantil, entre as demandas.
Em protesto, uma das estudantes está acorrentada ao prédio, relembrando antigas lutas do passado por melhorias na moradia estudantil. “Há dez anos, os estudantes foram pra rua dizer para Natalino tirar a mão da Casa do Estudante, que hoje foi construída depois de muita luta e greve de fome. Hoje a gente se encontra aqui acorrentada pra gente conseguir viver com dignidade”, diz Amanda Furquim, do curso de Teatro, que está acorrentada às grades da Reitoria da universidade. Ela é uma das moradoras da Casa dos Estudantes.
A ocupação da Reitoria foi decidida, de acordo com os estudantes, “após mobilizações e amplos debates, juntando inúmeras demandas e cansados de tanto sucateamento e omissão dos órgãos representativos da Universidade perante suas pautas”, diz o movimento estudantil Manifesta UFMA. Eles questionam a transparência e o mal uso dos recursos que não proporciona condições dignas para estudarem na universidade.
Prédios e móveis sucateados, móveis danificados, alimentos estragados, torneiras sem funcionar são alguns dos dramas que convivem os moradores das casas estudantis, o que torna o ambiente insalubre. A casa também não tem acessibilidade. O sucateamento se estende aos demais prédios da universidade, entre outros problemas como péssimas condições de higiene nos banheiros, salas de aula sem ar-condicionado, falta de água nos bebedouros, falta de iluminação no campus, falta de qualidade da comida do restaurante universitário e a superlotação dos ônibus.
Sem dialogar com o movimento estudantil, a direção da UFMA mantém sua posição autoritária alinhada à era bolsonarista marcada pela falta de diálogo e de transparência. Para piorar a situação, pela manhã, os estudantes foram trancados dentro do prédio, sem o direto de ir e vir. “Temos tentado fazer o diálogo, mandamos ofícios até que chegamos ao ponto de denunciar”, diz um estudante.
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