Arte

Exposição Tomie Ohtake Dançante será realizada em São Luís

Exposição que celebra os 20 anos de fundação do Instituto Tomie Ohtake chega à região Nordeste do país. Após passar por Belém (PA), itinerância desembarca em São Luís, no Museu de Artes Visuais, e contará com oficina também no Centro Cultural Vale Maranhão.

Exposição Tomie Ohtake Dançante (Foto: Divulgação)

Tomie Ohtake Dançante, exposição comemorativa dos 20 anos do Instituto Tomie Ohtake, chega a São Luís trazendo novos olhares para a obra de Tomie Ohtake, nesta itinerância realizada com a articulação e o patrocínio do Instituto Cultural Vale, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura.

O evento contará com o robusto programa educativo, workshop aberto ao público e apresentações de dança com os coreógrafos Alysson Amaral e Erivelto Viana, maranhense convidado desta edição, completam a programação.

Em Tomie Ohtake Dançante,os curadores Paulo Miyada e Priscyla Gomes investigam se a pintura dança, ou se é possível dançar com a pintura.

“Palavras como movimento, gesto, matéria, ritmo, corpo, espaço, deslocamento, partitura e coreografia, antes mesmo de serem articuladas em uma sentença verbal, misturavam-se na hipótese de que na obra de Tomie Ohtake se dança, de que Tomie é dançante”. 

Para preparar a exposição, que ficou em cartaz até março deste ano na sede do Instituto, em São Paulo, os curadores conversaram ao longo de um ano com coreógrafos e coreógrafas de perfis e trajetórias diversos, capazes de imergir na produção plástica de Tomie Ohtake. Neste período, os convidados conceberam obras em diálogo com a biografia e a produção de Tomie e realizaram ensaios abertos na casa-ateliê da artista, compartilhando os respectivos processos com o público.

A mostra, que agora chega a São Luís, traz um recorte de obras da artista, dividida em três núcleos (rasgos e combinações, tatear a matéria, planos e profundidades) com pinturas, gravuras, estudos, maquetes e ainda um documentário inédito dedicado a contar parte dos espetáculos produzidos por esse encontro entre dança e pintura realizado pelos coreógrafos: Allyson Amaral, Cassi Abranches, Davi Pontes, Eduardo Fukushima e Bia Sano, Emilie Sugai e Rodrigo Pederneiras.

Workshop com Alysson Amaral

A memória tem força de gravidade

De 29 de agosto a 01 de setembro de 2023 

Horário: Das 15h às 19h

Vagas: 25 participantes (público em geral, interessado em dança e movimento. Maior de 18 anos.)

Link para inscrição: https://forms.gle/kADsAN6WiNP84Ua86

Local: Centro Cultural Vale Maranhão – Rua Direita, 159 – Centro. São Luís – MA.

Para São Luís, o Instituto Tomie Ohtake leva o coreógrafo Alysson Amaral, que propôs      ao público local um convite para mergulhar nas linhas e movimentos de Tomie Ohtake que o influenciaram em sua proposta de coreografia para o projeto de Tomie Dançante em 2022. Allyson interpreta as diásporas vivenciadas pela artista e pelos seus antepassados, tendo o sal como um dos principais mediadores dessa relação.

Durante os encontros, o coreógrafo propõe um laboratório de criação em dança, a partir das noções de memória, gesto e movimento. Serão quatro dias de oficina para interessados pelas artes do corpo, dança, teatro e performance, podendo ser curiosos e entusiastas desse universo. A atividade resultará em uma ativação com os participantes.

Sobre Alysson Amaral

Artista da dança com licenciatura pela Faculdade Angel Vianna (RJ), é intérprete, criador, ator, performer e arte-educador. Integrou a Lia Rodrigues Companhia de Danças (RJ, 2003-2011) e participa do Bloco Afro Ilú Obá de Min desde 2011. A convite da Oficina Cultural Oswald de Andrade (SP) criou a performance Bocaaaaaaa (SP, 2021-2022) no Projeto Solos Brasileiros: Dança para Villa-Lobos, em homenagem aos 100 anos da Semana de Arte Moderna.

Integra o elenco dos projetos do coreógrafo Cristian Duarte em Companhia Kintsugi (2022-2023), em modo virtual o projeto Despedaçada (2021), além das performances O que realmente está acontecendo quando algo acontece (2017) e Jamzz (2017). Como criador e intérprete participa do projeto A Gente é Sutil, Vocês são Explícitos (2021-2022) do coreógrafo Leandro Souza.

Outros trabalhos são o solo de dança SlowSoul (2019), Pretoperitamar – O Caminho Que Vai Dar Aqui (2019), de Grace Passô e Anelis Assumpção, e Lobo (2018) de Carolina Bianchi. Como performer participou do projeto A Extinção É Para Sempre (2021) do artista Nuno Ramos. Entre 2001 e 2002, integrou o Corpo de Dança da Maré (RJ) junto ao coreógrafo Ivaldo Bertazzo.

Coreógrafos Convidados

Como desdobramento do projeto Tomie Ohtake Dançante, a curadoria estendeu a dois novos coreógrafos, em Belém e São Luís, o convite para integrarem o grupo que interpreta, a partir da dança, a produção da artista nipo-brasileira. Os novos convites buscam trazer miradas distintas a essa extensa produção, relacionando a poética de Tomie a vertentes regionais da dança paraense e maranhense. Em São Luís, o convite foi direcionado ao coreógrafo Erivelto Viana.

TOME TOMIE, por Erivelto Viana

Como acessar a imaginação no sentido de dar vida e trazer de volta um pensamento preexistente? TOME TOMIE é uma performance que parte do desejo de inventar uma memória para ser dançada. Evoca a artista Tomie Ohtake em seus primeiros anos de vida: antes da travessia ao novo mundo, a vida do antes de atravessar, a chegada ao Porto de Santos e o deslumbramento com a cor amarela.

Em uma fantasmagoria incorporada e performada por Erivelto Viana, a peça toma forma a partir de um processo de decantação de uma memória ficcional, acessada em um corpo em estado de constante atualização, em  condição vibratória de presentificação.

Quando: Sábado, dia 26 de agosto

Horário: 17h30 às 18h30

Duração: 25 minutos

Classificação: 14 anos

Local: Sala de exposição no Museu de Artes Visuais

Projeto criado em residência no Campo Arte Contemporânea/Estúdio Demolition Incorporada

Sobre Erivelto Viana

É artista da dança, ator, performer e arte-educador, mestre em Artes Cênicas pela Universidade Federal do Maranhão (UFMA). Integra o Núcleo de Pesquisa em Dança de Ator PATUANU, criado em 2010, coordenado por Carlos Simioni no Lume Teatro (Unicamp). Como criador e performer participou do projeto BATUCADA do coreógrafo Marcelo Evelin (PI). Cristian Duarte (SP) é colaborador em seu solo Sintética Idêntica ao Natural e na obra Travesqueens, ambos em parceria com Ricardo Marinelli (PR), com quem integra o projeto “SIM Somos bizarr@s”, em que aborda questões sobre gênero e identidade e suas relações com o corpo e a dança, sendo criadas as performances TRANSfigura#1 e TRANSfigura#2.

Suas últimas criações são BOCA (2021), para a programação do Projeto Encruzilhadas Nordeste do Itaú Cultural, e CAMINHO (2021), para o projeto Território Corpo do Centro Cultural Vale, ambas interessadas no retorno à ancestralidade através do xamanismo e das linhas da umbanda em parceria com Urias de Oliveira (MA).

Realiza desde 2008 o Festival Conexão Dança propondo ações para formação, pesquisa e criação em dança e artes do corpo em São Luís (MA). Selecionado nos programas “Rumos Dança Itaú Cultural 2012-2014”, e “Rumos Itaú Cultural 2013-2014”, com o projeto de residências artísticas Conexão Espaço Habitação, ações e articulações que integram o BEMDITO COLETIVO ARTÍSTICO.

Sobre Instituto Cultural Vale

O Instituto Cultural Vale parte do princípio de que viver a cultura possibilita às pessoas ampliarem sua visão de mundo e criarem perspectivas de futuro. Tem um importante papel na transformação social e busca democratizar o acesso, fomentar a arte, a cultura, o conhecimento e a difusão de diversas expressões artísticas do nosso país, ao mesmo tempo em que contribui para o fortalecimento da economia criativa.

Nos anos de 2020-2022, o Instituto Cultural Vale patrocinou mais de 600 projetos em mais de 24 estados e no Distrito Federal. Dentre eles, uma rede de espaços culturais próprios, patrocinados via Lei Federal de Incentivo à Cultura, com visitação gratuita, identidade e vocação únicas: Memorial Minas Gerais Vale (MG), Museu Vale (ES), Centro Cultural Vale Maranhão (MA) e Casa da Cultura de Canaã dos Carajás (PA). Onde tem Cultura, a Vale está. Visite o site do Instituto Cultural Vale: institutoculturalvale.org

Sobre Instituto Tomie Ohtake

Instituto Cultural dedicado às artes visuais e seus cruzamentos com a educação, a arquitetura e o design, sempre aberto ao diálogo com outras linguagens e temas contemporâneos. Em suas atividades estão presentes a pesquisa, a experimentação e o desenvolvimento de exposições e de experiências educativas que mobilizam vozes plurais.

Fundado em São Paulo (SP) em 2001, o Instituto atua em todo o Brasil a partir de premiações, projetos formativos, itinerâncias de exposições e pela difusão do conhecimento. Além disso, cria conexões e trabalha em parceria com instituições nacionais e internacionais. O Instituto preserva e nutre o legado de Tomie Ohtake e de seus filhos, Ruy e Ricardo, e segue comprometido com a memória e a perenidade do conhecimento que produz.

Serviço:

Mostra itinerante: Tomie Ohtake Dançante

De 19 de agosto a 12 de novembro de 2023

Articulação e patrocínio: Instituto Cultural Vale.

Imagens:

Museu de Artes Visuais

Rua Portugal, 273 – Praia Grande, São Luís – MA

terça – sábado, 9h – 18h
domingo, 9h – 13h
entrada gratuita

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