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Estratégias da Alumar para uma produção de baixo carbono

Uma das novidades contadas, foi a parceria com a Fundação Porto de Valência, que tem por objetivo elaborar o Plano de Descarbonização do porto público do Maranhão.

(Foto: Divulgação/Sistema FIEMA)

O Porto do Itaqui é um dos mais importantes do Brasil. Ele é um diferencial estratégico do Maranhão e integra o maior complexo portuário em movimentação de carga do país, que tem sido o destino logístico de boa parte da produção nacional, além de receber navios de grande porte de várias partes do mundo. São mais de 20 milhões de hectares de área de influência, servidos por rodovias estaduais e federais, a partir da BR-135, e mais de 2 mil quilômetros de ferrovias.

E por ter um papel tão importante, é que a Empresa Maranhense de Administração Portuária (EMAP), que gerencia o Porto do Itaqui e os terminais de passageiros de Cujupe e da Ponta da Espera, tem investido cada vez mais em estratégias para a descarbonização. Inclusive esse foi o tema que a gerente da EMAP, Luane Lemos, explanou durante sua palestra no Seminário “Descarbonização na Indústria e o Mercado de Crédito de Carbono”, promovido pela Federação das Indústrias do Maranhão (FIEMA).

Uma das novidades contadas por ela, foi a parceria com a Fundação Porto de Valência, que tem por objetivo elaborar o Plano de Descarbonização do porto público do Maranhão. A instituição é referência global em programas de descarbonização e o Porto de Valência foi um dos primeiros no mundo a estabelecer a meta zero para emissão de gases de efeito estufa até 2030.

“As mudanças causadas pelo efeito estufa tem trazido impactos profundos na sociedade. No caso marítimo não é diferente. Os riscos climáticos e da suscetibilidade que estamos expostos trazem problemas em termos de estrutura e de cadeia produtiva”, ressaltou. Luane Lemos.

O Brasil tem se preocupado desde 2008 com essa situação, por isso estabeleceu o plano nacional de mudanças do clima que se desdobrou em algumas políticas, inclusive uma política setorial. Em 2016 se transformou num plano de adaptação que inclui onze setores incluindo o de transporte. O setor marítimo, por exemplo, é responsável por quase 30% das emissões de gases de efeito estufa no mundo, segundo a Organização Marítima Internacional (OMI), que é um dos um dos segmentos da ONU.

Descarbonização: A EMAP conta com um planejamento estratégico para descarbonização envolvido em quatro pilares: Adoção de metas e estratégias parta redução de emissões; Smart Ports (Inovação e Tecnologias de controle inteligente; Boas Práticas com programas, agendas e intercâmbios; Novas Fontes e Combustíveis (Substituição de matriz energética).

A situação climática como vendavais e ciclones tropicais já são uma realidade recorrente no Brasil, e tem provocado prejuízos no funcionamento dos Portos que muitas vezes precisam paralisar suas operações. Isso tem um impacto no mercado já que produtos como a gasolina não chegam ao seu destino. Além dos impactos sociais sobre as comunidades e funcionários.

“Dentro dessa lógica de chegar a ser um smart ports você precisa desenvolver programas e projetos especificamente alinhados para este objetivo e pensar com todos. Temos o programa de controle e adaptação às mudanças climáticas em que ele é formulado através de portaria para criar iniciativas, projetos, ações, visando a avaliação da vulnerabilidade do porto em relação aos sistemas naturais”, afirmou a gestora.

Segundo a gerente da EMAP, é importante também ter atenção sobre os produtos que passam pelo porto. A empresa está fazendo uma transição para energias limpas como o hidrogênio verde, e a matriz para eólica. Dando atenção aos navios com incentivos.

“Então o navio que atraca no porto e que comprova através de certificados que ele emite menos gases de efeito estufa ele recebe desconto nas taxas de atracação. Também premiamos anualmente todos os operadores e todos os arrendatários que demonstra uma preocupação ou um desempenho ambiental maior.

A EMAP investe em bolsas de pesquisas de mestrado e doutorado, assim como em pós-graduações que envolvam o tema. Outra iniciativa foi a parceria com a comunidade do bairro Quebra Pote, com o objetivo de ensinar os moradores a fazerem compostagem para ser usada na roça orgânica da comunidade gerando renda.

A EMAP também é membro do Fórum Estadual de Educação Ambiental e lançou o projeto um milhão de árvores para fomentar o plantio. “Em 2022 fomos o primeiro lugar do Brasil como autoridade portuária, ou seja, a melhor autoridade portuária do Brasil é maranhense atualmente e recebemos um prêmio de excelência da APA que é uma organização portos da América Latina”, finaliza Luane.

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