Em Imperatriz, capturas de animais silvestres aumentam após queimadas
Este ano, os bombeiros já atenderam 78 casos de incêndios na cidade, sendo 27 somente em agosto.
O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais tem registrado mais de seis mil focos de incêndio somente este ano no Maranhão, gerando preocupações quanto aos impactos devastadores das queimadas nos biomas, como o Cerrado e a Amazônia. A diversidade de animais nestas regiões é afetada, levando-os a fugir de seus habitats naturais e a serem avistados frequentemente em áreas urbanas.
Recentemente, uma capivara, resgatada pelos bombeiros após um incêndio na BR-010, em Imperatriz, infelizmente faleceu devido às queimaduras, após ser cuidada em uma clínica de equinos na cidade. Uma família desses animais foi avistada na área incendiada próxima ao posto da PRF na última sexta-feira (18), contudo, os filhotes acabaram sendo vítimas das chamas.
Nos últimos dias, os bombeiros também tiveram que resgatar um porco-espinho encontrado nas proximidades do aeroporto, e até um jacaré de mais de um metro foi encontrado dentro de uma residência no bairro Santa Inês, que é uma das áreas em Imperatriz com maior registro de focos de incêndio.
O Corpo de Bombeiros Militar do Maranhão (CBMMA) tem enfrentado uma média de pelo menos três chamadas diárias para combater incêndios em vegetação neste mês de agosto. Muitas vezes, essas ocorrências ocorrem simultaneamente, tornando o trabalho de combate ainda mais desafiador. A cidade já enfrentou quase 80 incêndios em vegetação, a maioria ocorrendo neste mês.
Vale ressaltar que a prática de limpeza de terrenos por meio de queimadas é proibida por lei e o Governo do Estado reforçou essa proibição com uma medida que permanece em vigor até novembro.
Os incêndios em Imperatriz também têm sido um problema constante. Na última quarta-feira (16), pelo menos três ocorrências de incêndios em vegetação foram registradas na cidade, às margens da BR-010. O fogo se alastrou, prejudicando a visibilidade dos motoristas e tornando o trânsito perigoso. Este ano, os bombeiros já atenderam 78 casos de incêndios na cidade, sendo 27 somente em agosto.
O combate a esses incêndios torna-se mais complexo quando várias ocorrências acontecem ao mesmo tempo, exigindo o redirecionamento das equipes.
Embora não haja flagrante sobre a origem dos incêndios, é comum a hipótese de que muitas pessoas usem o fogo para limpeza de terrenos, e até mesmo uma simples ponta de cigarro pode causar incêndios de grandes proporções, devido à vegetação seca e às altas temperaturas nesta época do ano.