Suposto caso de racismo em jogo da Sul-Americana termina com detenção em SP
Preparador físico do Universtario-PER teria feito gestos ofensivos aos torcedores corintianos
Parece história repetida, mas aconteceu de novo. Durante a partida entre Corinthians e Universitario pela CONMEBOL Sul-Americana, um membro da comissão técnica do time peruano foi acusado de racismo contra torcedores corintianos na Neo Química Arena. O preparador físico Sebastián Avellino foi detido ainda no estádio. Hoje, a prisão em flagrante foi convertida em preventiva.
De acordo com a denúncia, Avellino teria feito gestos ofensivos em direção aos torcedores. Também teria chamado os corintianos de ‘mono’ (macaco em português). Policiais militares que estavam no local, foram acionados por um torcedor e levaram o uruguaio até o Juizado Especial Criminal (JECRIM) localizado na Neo Química Arena.
A partida foi válida pela rodada de ida dos playoffs da CONMEBOL Sul-Americana e terminou com vitória corinthiana por 1 a 0. O jogo de volta está marcado para o dia 18, às 21h30 (de Brasília), no estádio Monumental de Lima.
Defesa do preparador
Na entrevista coletiva após o jogo, o técnico do Universitario, Jorge Fossati, defendeu o colega.
“Não vi (ato racista). Conheço o meu preparador físico há 13 anos, desde 2010 ele trabalha comigo, é um cara muito respeitoso. Segundo me falou, interpretaram mal o gesto que ele fez. Ele fez gestos de ‘por que eu?’, porque estavam xingando ele, cuspindo nele. Infelizmente, são coisas do futebol. Parece que o torcedor pode fazer o que quiser, mas se nós reagimos, estamos errados. Estão errados os torcedores do Corinthians, do Universitario, quem for, se não tiver um comportamento adequado para ficar num jogo de futebol. Ele é um cara respeitado para caramba. É como eu falo na hora dos jogos: desde que tenha câmera, acabaram as discussões. Se a câmera mostrar que ele errou, infelizmente vai ter que pagar. Mas ele não é um delinquente. Se não errou, vai estar com a gente.”