Delação premiada motivou operação desta segunda-feira
Élcio de Queiroz esclareceu pontos que ajudaram a PF e o MPRJ nas investigações
A prisão do ex-bombeiro Maxwell Simões Corrêa, o Suel, ocorrida na manhã desta segunda-feira (24), foi motivada por uma delação premiada feita dentro das investigações sobre a morte da vereadora Marielle Franco, ocorrida em março de 2018.
De acordo com o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, o ex-policial militar Élcio de Queiroz firmou delação premiada com a Polícia Federal (PF) e com o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), onde deu detalhes do crime onde a vereadora e o motorista dela, Anderson Gomes, foram mortos.
Segundo a PF, Élcio de Queiroz disse, em depoimento já homologado pela Justiça, que ele dirigia o Cobalt prata usado na hora do crime e que o ex-policial reformado Ronnie Lessa foi o autor dos disparos contra Marielle.
A declração que levou a prisão de Maxwell Simões Corrêa foi a de que o ex-bombeiro fez campanas para vigiar a vereadora. Ele deveria ter participado do ataque a Marielle, mas foi trocado por Élcio.
Suel já é condenado de justiça, por ter atrapalhado as investigações do caso Marielle. É dele o carro onde as armas do crime foram escondidas e ele também teria ajudado a jogar o material no mar, afirma o MPRJ. Por este crime, em 2021, Suel foi condenado a quatro anos de prisão, mas cumpria a pena em regime aberto.
Élcio de Queiroz e Ronnie Lessa estão presos desde 2019 e serão julgados pelo Tribunal do Júri. A sessão ainda será marcada.