Taxa de analfabetismo cai 2,5% no Maranhão
Pesquisa do IBGE aponta também que 12,1% da população não sabe ler e escrever.
Dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua: Educação 2022, realizada pelo IBGE e divulgada na última semana, demonstram que no Brasil, em 2022, havia 9,6 milhões de pessoas com 15 anos ou mais de idade analfabetas, o equivalente a uma taxa de analfabetismo de 5,6%.
Dessas pessoas, 55,3% (5,3 milhões de pessoas) viviam na Região Nordeste e 22,2% (2,1 milhões de pessoas) na Região Sudeste. Em relação a 2019, houve uma redução de 0,5 ponto percentual (p.p.) dessa taxa no País, o que corresponde a uma queda de pouco mais de 490 mil analfabetos em 2022.
Os números da PNAD Contínua – Educação, apresentam uma significativa redução na taxa de analfabetismo para o Maranhão. Em 2019, a taxa era de 14,6% e o dado divulgado apontou uma redução de 2,5p.p. em relação ao dado de 2022 (12,1%).
Essa redução foi a maior entre todas as unidades da federação para o período de entre 2019 e 2022. O Acre (-2,4p.p.) e o Rio Grande do Norte (-2,1p.p.) apresentaram a segunda e a terceira maior redução da taxa de analfabetismo.
Essa taxa significa que, em 2022, eram 647 mil pessoas com 15 anos ou mais de idade analfabetas. Uma redução de 111 mil frente ao número 758 mil pessoas analfabetas apontado pela PNAD Contínua em 2019.
Os estados com maiores e menores taxas
Entre as 27 unidades da federação, as que mostraram as três maiores taxas de analfabetismo foram Piauí (14,8%), Alagoas (14,4%) e Paraíba (13,6%). Já as três menores taxas foram as do Distrito Federal (1,9%), Rio de Janeiro (2,1%) e de São Paulo e Santa Catarina (ambos com 2,2%).
4ª maior taxa de analfabetismo
Essa diminuição é considerada estatisticamente significativa e mantém a trajetória de redução da taxa apresentada nos últimos anos. Apesar da queda, o Maranhão ocupa a quarta posição entre as unidades da federação com a maior taxa de analfabetismo, mesma colocação que se encontrava em 2019.
Situação está diretamente associada à idade
De acordo com o IBGE, no Maranhão, e no Brasil de forma geral, o analfabetismo está diretamente associado à idade. Quanto mais velho o grupo populacional, maior a proporção de analfabetos.
Em 2022, o grupo etário de 60 anos ou mais de idade tinha 302 mil analfabetos, o que equivale a uma taxa de analfabetismo de 36,4% para esse grupo etário. Ao incluir, gradualmente, os grupos etários mais novos, observa-se queda contínua na taxa de analfabetismo. Os grupos de 15 anos ou mais tem taxa de 12,1%.
“Esses resultados indicam que as gerações mais novas estão tendo um maior acesso à educação e sendo alfabetizadas ainda enquanto crianças. Por outro lado, os analfabetos continuam concentrados entre as pessoas mais idosas. Assim, para uma redução mais forte da taxa de analfabetismo é essencial observar políticas públicas específicas para esse segmento.
Nível de instrução
O nível de instrução é o indicador que capta o nível educacional alcançado por cada pessoa, independentemente da duração dos cursos por ela frequentados. Como as trajetórias educacionais das pessoas variam ao longo da vida, esse indicador é mais bem avaliado entre aquelas pessoas que já poderiam ter concluído o seu processo regular de escolarização, em geral, em torno dos 25 anos.
No Brasil, a proporção de pessoas de 25 anos ou mais de idade que terminaram a educação básica obrigatória – ou seja, concluíram, no mínimo, o ensino médio – manteve uma trajetória de crescimento e alcançou 53,2% em 2022. Destaca-se o percentual de pessoas com o ensino superior completo, que subiu de 17,5% em 2019 para 19,2% em 2022.
No Maranhão, a proporção de pessoas de 25 anos ou mais de idade que terminaram a educação básica obrigatória – ou seja, concluíram, no mínimo, o ensino médio – manteve uma trajetória de crescimento e alcançou 42,8% em 2022. Destaca-se o percentual de pessoas com o ensino superior completo, que subiu de 9,0% em 2019 para 11,2% em 2022.
Número médio de anos de estudo
No Maranhão, a média de anos de estudo das pessoas com 25 anos ou mais de idade, em 2022, foi 8,4 anos. Essa média vem crescendo ao longo dos últimos anos. Era de 7,8 anos em 2016, 8,0 em 2017, 8,2 em 2018 e 8,4 em 2019.
Com esse resultado, o Maranhão conseguiu subir uma posição no ranking das unidades da federação em comparação com 2019, quando era o terceiro estado com a menor número médio de anos de estudo.
Em 2022, três estados apresentaram um número médio de anos de estudo menor que o Maranhão: Alagoas (8,3 anos), Paraíba (8,1 anos) e Piauí (8,1 anos).
A média de anos de estudo das pessoas de 25 anos ou mais de idade, para o Brasil em 2022, foi 9,9 anos. Distrito Federal (11,9 anos), Rio de Janeiro (11,0) e São Paulo (10,9) possuem as maiores médias entre as unidades de federação.
Para o analista do IBGE, João Ricardo Silva, os resultados do módulo Educação da PNAD Contínua apontam uma melhora em alguns indicadores educacionais, entre 2016 e 2022, sendo os dados relevantes para uma melhor aferição em relação aos objetivos e metas do Plano Nacional de Educação.
“Os dados divulgados fornecem um panorama detalhado, sendo fundamentais para a sociedade ter conhecimento da situação educacional e para os gestores públicos avaliarem as políticas públicas voltadas ao setor”, destaca.
Siga nossas redes, comente e compartilhe nossos conteúdos:
Envie sua denúncia, vídeo, foto ou sugestão:
Whatsapp da Redação: (98) 99144-5641