Quem eram os 5 tripulantes mortos na implosão do submarino perdido
A empresa responsável pelo submersível, a OceanGate, divulgou uma nota confirmando a morte dos 5 ocupantes.
O caso do submersível que desapareceu no último domingo (18/6) parou o mundo. Intitulado de ‘Titan’, ele seguia em uma expedição para os destroços do Titanic quando perdeu o contato com o posto de controle uma hora e 45 minutos após a submersão. Desde então, equipes de resgate dos Estados Unidos e do Canadá correram contra o tempo para o resgate dos cinco ocupantes que contavam com apenas 96 horas (quatro dias) de oxigênio.
Na tarde da última quinta-feira (22), os ocupantes do Titan foram oficialmente declarado mortos, após a constatação pela Guarda Costeira, de que ocorreu uma ‘explosão catastrófica’. Em pronunciamento foi afirmado:
“Nesta manhã, um veículo não tripulado descobriu a cauda do submarino, aproximadamente a 1.600 pés, perto do Titanic, no fundo do mar. Depois, o veículo achou outros destroços. Consultamos especialistas que indicaram que os destroços mostram uma perda catastrófica da câmara. Notificamos imediatamente as famílias. Em nome da Guarda Costeira, oferecemos nossas condolências a todos os afetados”.
A suspeita é de que o veículo não suportou a pressão da força da água e implodiu.
Confira quem foram os 5 ocupantes que morreram na tragédia
Hamish Harding
O explorador e turista espacial de 58 anos mora nos Emirados Árabes Unidos e é fundador do Action Group e presidente da Action Aviation, empresa de serviços de vendas e operações de aviação com sede em Dubai. Possui formação em Ciências Naturais e Engenharia Química pela Universidade de Cambridge, no Reino Unido, e participa do The Explorers Club, renomado clube internacional de exploradores e cientistas.
Harding participava da expedição como especialista. No último sábado (17/6), um dia antes da expedição, ele afirmou que, por causa das condições climáticas registradas na região do Canadá, essa provavelmente seria a primeira e única missão tripulada ao Titanic em 2023.
“Acaba de abrir uma janela meteorológica, e nós vamos tentar um mergulho amanhã”, informou. “A equipe tem alguns exploradores lendários, que já fizeram mais de 30 mergulhos para o Titanic desde o naufrágio, incluindo PH Nargeolet. Mais informações em breve, se o clima permitir!”, concluiu.
Paul-Henry Nargeolet
Citado na publicação de Harding, é o mais renomado especialista a respeito do Titanic no mundo. É ex-comandante da Marinha Francesa e entrou para o Instituto Francês de Pesquisa e Exploração do Mar em 1986. Um ano depois, liderou a primeira expedição de recuperação do Titanic.
Nargeolet, de 77 anos, liderou várias expedições ao Titanic, completando 35 mergulhos, e supervisionou a recuperação de 5 mil artefatos, incluindo uma parte de 20 toneladas do casco do navio, conhecida como “Big Piece”, agora em exposição em Las Vegas, nos EUA.
Em 2010, ele liderou uma expedição avançada que criou o primeiro mapa de pesquisa abrangente do Titanic, por meio de um sonar de alta resolução que gerou imagens em 3D da proa, popa e destroços espalhados no fundo do mar.
Shahzada e Suleman Dawood
Pai e filho embarcaram na expedição para visitar os destroços do Titanic. Shahzada Dawood, 48, e Sulaiman Dawood, 19, fazem parte de uma das famílias mais ricas do Paquistão. Shahzada é vice-presidente da Engro Corporation, que fabrica fertilizantes, alimento e energia, e da Dawood Hercules Corporation, que produz produtos químicos.
Também é membro do conselho da instituição de caridade Prince’s Trust, com sede no Reino Unido. Em um comunicado divulgado na terça-feira, a família Dawood confirmou que Shahzada Dawood e seu filho, Suleman Dawood, embarcaram na expedição para visitar os destroços do Titanic.
Stockton Rush
Presidente da OceanGate, empresa responsável pelo veículo submersível, um ícone na exploração das profundezas do mar. Desde sua criação, em 2009, a empresa conseguiu criar dispositivos capazes de atingir profundidades de 4.000 e 6.000 metros.
Em 2012, ele cofundou a OceanGate Foundation, uma organização sem fins lucrativos dedicada a promover avanços em tecnologia marinha, ciência, história e arqueologia. Em 1989, ele construiu uma aeronave experimental, a Glasair III, que segue voando hoje.