Ciência

Estudo mostra que soneca durante o dia preserva o cérebro e previne doenças

80% das crianças entre 1 e 2 anos dormem ao longo do dia; já entre os que têm de 26 a 64 anos, apenas 13,7% cochilam.

Cochilar durante o dia está relacionado com um maior volume cerebral (Foto: Reprodução/Freepik)

Um estudo descobriu que o hábito de cochilar durante o dia está relacionado com um maior volume cerebral, o que implica em um menor risco para inúmeras condições de saúde, como as demências.

Pesquisadores da University College London (UCL), da Inglaterra, e da Universidad de la República, do Uruguai, analisaram dados genéticos e exames de ressonância magnética de mais de 35 mil pessoas de 40 a 69 anos no Reino Unido.

Segundo o estudo, publicado na revista científica Sleep Health, apesar do preconceito com a soneca, o hábito é muito comum e vai perdendo força conforme a pessoa envelhece. 80% das crianças entre 1 e 2 anos dormem ao longo do dia; já entre os que têm de 26 a 64 anos, apenas 13,7% cochilam.

Para Victoria Garfield, da UCL, o momento de sono diário pode preservar a saúde do cérebro conforme envelhecemos.

O estudo

A pesquisa utilizou dados de um estudo anterior, que avaliava a prática de pessoas com determinadas variantes genéricas que tiravam uma soneca durante o dia. Os cientistas, então, compararam o banco de dados UK Biobank com informações sobre a cognição das pessoas descritas como “geneticamente programadas” para dormir durante o dia (e que de fato o faziam).

De acordo com os autores, as pessoas com a pré-disposição a cochilar tinham um volume cerebral de 15,8 centímetros cúbicos maior.

Uma das limitações do estudo é não ter colhido informações sobre o tempo médio de sono necessário para isso (afinal, 15 minutos e 1 hora são bem diferentes, especialmente depois do almoço).

Outros autores sugerem que o tempo ideal é de menos de 30 minutos por dia. Uma pesquisa chinesa já mostrou que cochilos rápidos aumentam a agilidade cerebral. Já segundo um estudo mexicano, os cochilos muito longos estão associados a fatores de risco para diabetes e obesidade.

Ou seja, ao que tudo indica, pode cochilar, mas não muito!

* Com informações do Olhar Digital

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