Empreendedorismo Social: Maranhenses criam braço mecânico
Os estudantes chamaram a atenção de investidores, especialistas, órgãos públicos e privado.
Inspiração, inovação e empreendedorismo se encontraram em um projeto de robótica desenvolvido por um grupo de estudantes da rede pública municipal do município de São Bernardo do Maranhão, distante 377 km da capital São Luís.
O Clubinho de Robótica do município do interior do Maranhão apresentou na última sexta-feira (2), no evento Nordeste On (NEon), realizado pelo Sebrae em São Luís, um protótipo de braço mecânico desenvolvido pelos próprios estudantes com o apoio de professores da rede municipal.
E a inspiração para o projeto veio de dentro da casa de um dos integrantes do clubinho. A mãe do João Pedro (16), um dos estudantes que formam a equipe de robótica, possui deficiência e, por isso mesmo, tem dificuldades de realizar algumas atividades cotidianas.
E foi essa situação que motivou o João Pedro e seus colegas Joerberth (15), Matusalém (16) e Thiago (15), a pensarem e criarem o braço mecânico que tem como objetivo facilitar a vida de pessoas que tenham deficiências nos membros inferiores, como explica o próprio João.
“Minha mãe é deficiente e daí veio a ideia da gente criar esse braço mecânico, para ajudar pessoas que tenham dificuldades de realizar tarefas diárias por conta da deficiência, como a minha mãe”, contou.
Estudantes chamaram a atenção de investidores
Ao apresentar o projeto de braço mecânico durante um pitch no segundo dia do NEOn 2023, os estudantes chamaram a atenção de investidores, especialistas, órgãos públicos e privados e demais participantes do evento de inovação e empreendedorismo que reuniu centenas de pessoas de todo o Nordeste, entre os dias 1 e 2 de junho.
Após a apresentação no evento regional, os estudantes voltaram para São Bernardo com a promessa de investidores de apoio para tirar seu projeto do papel.
Braço mecânico
O protótipo apresentado pelo Clubinho de Robótica durante o evento do Sebrae foi feito com Lego, material utilizado para construir robôs mais simples.
Porém, de acordo com os estudantes, a ideia é produzir o braço mecânico utilizando peças fabricadas com impressora 3D, para que possa ter a possibilidade de uso por pessoas com deficiência para facilitar a mobilidade delas.
“Trouxemos o braço feito com lego aqui, mas o intuito é construir ele com peças fabricadas em impressora 3D, que vão poder formar articulações e, assim, ele poder ajudar pessoas a viver melhor”, conta Matusalém Cardoso, de 16 anos.
Os estudantes destacaram, também, que o propósito social do projeto não se resume apenas em produzir o braço mecânico para ter lucro por lucro, mas auxiliar pessoas com deficiência e também sem muito recurso para adquirir o equipamento.
“A nossa ideia é fazer algo que vá ajudar as pessoas com deficiência, mas principalmente, que seja possível dessas pessoas adquirirem sem gastar muito. Não adiantea nós fazermos esse equipamento para ajudar as pessoas e elas não conseguirem comprar por ser muito caro. Por isso mesmo, precisamos de investidores que apoiem nosso projeto, para que possamos disponibilizar ele para quem mais precisa e às vezes são os que menos tem condições de ter um, como vejo a minha mãe, por exemplo”, explicou João Pedro.
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