Operação Penalidade Máxima II

Ministério Público de Goiás denuncia 16 pessoas por manipulação de resultados em jogos de futebol

As manipulações ocorreram em oito jogos do Campeonato Brasileiro da Série A de 2022, um jogo da Série B de 2022 e quatro jogos de campeonatos estaduais de 2023.

Os jogadores se comprometiam a cometer faltas para receber cartões e a cometer pênaltis. (Foto: Reprodução)

O Ministério Público de Goiás (MP-GO) informou que apresentou denúncia à Justiça contra 16 pessoas por envolvimento em fraudes para manipular os resultados de 13 partidas de futebol.

As manipulações ocorreram em oito jogos do Campeonato Brasileiro da Série A de 2022, um jogo da Série B de 2022 e quatro jogos de campeonatos estaduais de 2023, com o objetivo de favorecer apostas esportivas.

De acordo com a nota divulgada pela assessoria de imprensa do MP-GO, a denúncia foi elaborada pelos promotores do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e da Promotoria de Combate ao Crime Organizado, como resultado da Operação Penalidade Máxima II.

A denúncia detalha que os acusados atuavam no aliciamento e cooptação de jogadores profissionais, oferecendo contraprestações financeiras para garantir a ocorrência de eventos específicos em partidas oficiais de futebol.

O objetivo era obter sucesso em apostas esportivas realizadas pelo grupo criminoso em sites especializados, como bet365 e betano.

Além disso, o grupo usava contas de terceiros para aumentar os lucros, ocultar os verdadeiros beneficiários e contava com intermediários para identificar, fornecer e contatar jogadores dispostos a participar das corrupções.

Entre os denunciados está o zagueiro Eduardo Bauermann, que foi afastado preventivamente pelo Santos após os novos desdobramentos da Operação Penalidade Máxima II. Além dele, outros jogadores foram denunciados, incluindo Gabriel Tota (Ypiranga-RS), Victor Ramos (Chapecoense), Igor Cariús (Sport), Paulo Miranda (Náutico), Fernando Neto (São Bernardo) e Matheus Gomes (Sergipe).

A denúncia também menciona outras nove pessoas, entre apostadores e membros da organização criminosa, e descreve 23 atos criminosos ocorridos durante as partidas.

Os jogadores se comprometiam a cometer faltas para receber cartões e a cometer pênaltis. A organização criminosa buscava apostar nos resultados e eventos manipulados para obter lucros elevados.

Vale ressaltar que a Operação Penalidade Máxima II é um desdobramento da Operação Penalidade Máxima, realizada em fevereiro de 2023, que resultou em uma denúncia já recebida pelo Poder Judiciário. As acusações incluem os crimes de integrar organização criminosa e corrupção no âmbito desportivo.

VER COMENTÁRIOS
Polícia
Concursos e Emprego
Esportes
Entretenimento e Cultura
Saúde
Negócios
Mais Notícias