Raimundo Dário Furtado foi condenado pela Justiça do Maranhão a uma pena de 18 anos de prisão pelo assassinato de sua esposa, Jackeline Duarte Silva, em São Luís. O crime ocorreu em 2006, no bairro Vila Maranhão, na zona rural da capital maranhense.

O réu foi levado a julgamento por homicídio com agravante de motivo fútil, uma vez que, na época, ainda não existia a qualificadora de feminicídio, que foi implementada no Maranhão em 2015.

De acordo com a Polícia Civil, Jackeline foi morta a facadas por ciúmes. Ela e Raimundo estavam juntos há dois anos e tinham um relacionamento conturbado, marcado por constantes brigas, de acordo com relatos da família.

Após cometer o crime, Raimundo Dário fugiu e só foi capturado em 2019. Posteriormente, foi colocado em liberdade com o uso de uma tornozeleira eletrônica para aguardar o julgamento.

Durante o julgamento, três testemunhas, sendo parentes tanto da vítima quanto do acusado, foram ouvidas. A primeira testemunha foi a irmã de Raimundo, Maria de Lurdes, que afirmou não ter conhecimento dos relacionamentos tumultuados e dos maus tratos contra Jackeline e as ex-esposas dele.

A irmã de Jackeline foi a segunda testemunha a depor. Ela descreveu a rotina do casal e relatou que Raimundo afirmou que mataria a vítima após uma discussão, principalmente porque ela havia decidido terminar o relacionamento.

Ao ser interrogado, o réu alegou que cometeu o crime em legítima defesa. Entretanto, ele não soube explicar porque testemunhas e as mulheres com quem ele viveu antes, alegaram que ele era agressivo durante os relacionamentos.

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