Nesta quarta-feira (3), a Polícia Federal realizou buscas na casa do ex-presidente Jair Bolsonaro em Brasília, em relação a uma suposta fraude em carteiras de vacinação.

A investigação é sobre um grupo que teria inserido dados falsos sobre a imunização contra a Covid-19 no sistema do Ministério da Saúde.

A operação, chamada de “Verani”, é parte do inquérito das “milícias digitais” e recebeu o nome do princípio jurídico “Venire contra factum proprium”, que significa “vir contra seus próprios atos” e proíbe comportamentos contraditórios.

Quatro pessoas foram presas, incluindo o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, tenente-coronel Mauro Cid Barbosa, que tem um histórico de relacionamento com o ex-presidente.

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, autorizou a operação e Bolsonaro foi intimado a prestar depoimento ainda hoje.

“Nunca falei que tomei a vacina [de covid-19]. Nunca me foi pedido cartão de vacinação nos EUA. Não existe adulteração de minha parte”, disse o ex-presidente ao deixar sua residência em Brasília, acompanhado de seus advogados de defesa.