Meningite bacteriana é mais comum no outono-inverno, alerta infectologista
Doença tem evolução rápida, por isso, o atendimento médico deve ser buscado logo que identificado os primeiros sintomas.
As estações do ano trazem consigo doenças já muito conhecidas pela população. Temida pela alta taxa de letalidade e pelo risco de sequelas graves, a meningite bacteriana (quando causada por bactérias) é uma das com maior incidência no outono-inverno, entre os meses de março e setembro. Meningite causada por vírus também pode ser comum durante o período, embora sua incidência seja maior na primavera-verão.
No Maranhão, por exemplo, 18 casos de meningite foram registrados no primeiro trimestre do ano, de acordo com a Secretaria de Estado da Saúde, que acompanha os casos notificados pelos municípios. Do total, 9 deles só em São Luís, dos quais cinco foram do tipo bacteriana e outros quatro, do tipo viral. Apesar de pequeno, o número assusta, já que a doença (quando causada por bactéria ou vírus) é altamente contagiosa.
“A meningite é uma inflamação das meninges, membranas que envolvem o cérebro e a medula espinhal. Essa inflamação pode ser causada por diversos agentes, sendo as formas bacterianas e virais as mais comuns”, alerta o médico infectologista da Natus Lumine – Maternidade e Hospital, Fabrício Pessoa.
A doença tem evolução diferente, a depender do agente causador. Quando meningite por vírus, os sintomas são, geralmente, mais leves, podendo se assemelhar a uma gripe ou um resfriado comum. Às vezes, o tratamento se resume a hidratação e repouso. Já quando meningite por bactéria, os sintomas são súbitos e o quadro pode se agravar em horas, por isso a necessidade de procurar auxílio médico sempre que perceber sintomas que possam indicar a infecção.
“A meningite se manifesta geralmente através de sintomas como febre alta, dor de cabeça, rigidez na nuca, náuseas, vômitos, fotofobia (sensibilidade à luz) e confusão mental”, destaca Fabrício Pessoa, ao lembrar da importância de buscar um pronto atendimento quando esses sintomas surgirem de forma tímida ou subitamente.
Saiba mais
As sequelas da meningite podem incapacitar o ser humano de diversas formas. De acordo com o infectologista da Natus Lumine – Maternidade e Hospital, “a meningite pode causar perda auditiva, dificuldades de aprendizado, problemas neurológicos e, em casos mais graves, amputações de membros devido a complicações com infecções”.
Ainda de acordo com Fabrício Pessoa, “todos podem contrair meningite, mas alguns grupos são mais suscetíveis, como crianças menores de 5 anos, adolescentes, idosos e pessoas com sistema imunológico comprometido”.
Mais raro, no entanto, possível, a meningite também pode ser causada por outros agentes que não vírus e bactérias – os mais comuns. Fungos (sobretudo em pessoas com o sistema imunológico mais debilitado) e parasitas também podem ocasionar a doença.
A meningite se propaga principalmente pelo contato direto com gotículas respiratórias de uma pessoa infectada, como tosse ou espirro.
* Com informações da Assessoria