SÃO LUÍS

Dia de São Jorge: Igreja faz festa para Santo no Turu

Igreja de São Jorge, no Alto Turu I, celebra o Santo, com missas e procissão durante o todo o dia 23 de abril.

Igreja de São Jorge. (Foto: Divulgação)

Nos dias 22 e 23 de abril, a Igreja de São Jorge, no bairro Altos do Turu I,  realiza a festa para o santo que chega à  4ª edição, com o tema “São Jorge semeador da fé” e o lema “quem semeia para o Espírito, do Espírito colherá a vida eterna” – Gál 6: 8. A memória litúrgica de São Jorge é celebrada no dia 23 de abril, e este ano pela data ocorrer no domingo, as festividades começam no sábado, com a “Feijoada Solidária de São Jorge”, em prol das atividades sociais da igreja.

De acordo com o pároco, Pablo Neves, “celebrar nosso padroeiro é celebrar o testemunho de fé e coragem de São Jorge diante das perseguições e aflições do mundo. Todos os devotos de São Jorge, bem como aqueles que admiram sua total fidelidade a Cristo são bem vindos. São Jorge é venerado por cristãos católicos romanos e orientais ortodoxos em todo o mundo e nossa Igreja de São Jorge, particularmente neste dia tão especial, acolhe a todos com alegria e sem distinção”. 

A tradicional “Feijoada Solidária de São Jorge”, será a partir das 12h, no dia 22, ao som do grupo de forró pé-de-serra “Forró Bom Demais”. No domingo, 23, Dia do Padroeiro São Jorge,  haverá procissão às 7h30, pelas ruas do bairro;  e três Missas, às 9h, 12h e 18h, com devocionais a São Jorge a cada 1h entre as celebrações e bênçãos especiais dos carros, motos e velas. Antes da missa da manhã haverá alvorada de fogos. 

Padre Plabo Neves conta que a igreja recebe pessoas de toda a São Luís e outras cidades, de diferentes religiões, mas todas com devoção a São Jorge. “Os devotos de São Jorge não estão restritos à nossa igreja. Nós temos católicos ortodoxos e também pessoas de religião de matriz africana, que frequentam a igreja. Então, é uma devoção bem ecumênica, que reúne pessoas de várias religiões, que une diferentes matrizes de fé”.

São Jorge

Segundo a tradição, Jorge  viveu nos primeiros séculos da era cristã, por volta do ano 300 d.C, na região da Capadócia. O nome Jorge significa “agricultor” e é de origem grega. Quando atingiu a maioridade, Jorge transferiu-se para a Palestina, onde se alistou-se no exército de Diocleciano.  

Em 303, o imperador publicou um edito para a perseguição dos cristãos. Ao saber disso, Jorge doou todos os seus bens aos pobres, e diante de Diocleciano, rasgou o documento e professou a fé em Cristo. Com isso, Diocleciano ficou furioso e São Jorge sofreu muitas torturas e por fim foi decapitado.  

Muito querido pela Igreja Católica, padre Pablo lembra que  São Jorge foi um mártir que perdeu tudo, menos a fé.

“E ele perdeu tudo por escolha mesmo. Ele poderia ter mantido os seus títulos, que era militar, seus bens,  sua posição, mas para não negar Cristo como seu Senhor Salvador, ele preferiu perder o mundo do que perder a vida eterna, fazendo examente, aquilo que Jesus diz: ‘do que adianta ganhar o mundo inteiro e perder a vida eterna’. São Jorge nos ensina a, diante das adversidades da vida, nos mantermos firmes e fiéis, pois aquilo que Deus prometeu pra gente importa mais do que qualquer riqueza do mundo” .  

Um dos fatos mais conhecidos da vida de São Jorge e que se propaga até aos dias de hoje, segundo artigo do arcebispo Cardeal Orani João Tempesta, é um milagre atribuído a ele, é quando São Jorge vence o dragão com o seu cavalo e remete a nossa luta contra o mal.

“Aconteceu na cidade de Salém, na Líbia. Nessa cidade havia um grande pântano, onde vivia um terrível dragão. Com o intuito de aplacar esse dragão, os habitantes ofereceram-lhe dois cabritos, por dia, e vez ou outra um cabrito e um jovem tirado a sorte. Certa vez, a sorte caiu sobre a filha do rei. Quando ela se dirigia ao pântano, Jorge passou por ali e matou o dragão à espada montado em seu cavalo. Esse seu gesto tornou-se o símbolo de nossa luta contra o mal e que a fé deve sempre prevalecer sobre o mal”.  

A Igreja de São Jorge

Assim como as demais igrejas ortodoxas no Brasil, a comunidade é fruto da imigração de cristãos de países como o Líbano, Síria e Turquia no começo do século XX, passando a ser formada também por brasileiros convertidos desde 1983. Desde 2008 com uma missão no Maranhão, a Igreja possui o único templo no Estado dedicado ao mártir cristão São Jorge, e promove anualmente um festejo em honra ao santo, sempre no dia 23 de abril.

São Jorge foi escolhido como padroeiro da Igreja, pois é um dos santos mais respeitados e venerados do oriente, por sua fidelidade a Jesus Cristo e sua incansável defesa a Igreja.

São Jorge é padroeiro dos cavaleiros, soldados, escoteiros, esgrimistas e arqueiros. Entre os católicos do oriente, sejam católicos latinos ou de outros ritos, assim como os ortodoxos, a devoção a São Jorge é bem expressiva. Os cristãos do ocidente o invocam na mesma proporção que a São Miguel, pois os dois santos ajudam na luta do combate contra o mal.

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