Nesta quarta-feira (11), os dois jogos marcaram a continuidade das quartas de final da Liga dos Campeões. O Real Madrid venceu o Chelsea por 2 a 0, na partida de ida das quartas de final da Liga dos Campeões. O duelo foi disputado no Santiago Bernabéu.

Na Itália, o Milan se deu melhor no primeiro jogo contra o Napoli pelas quartas de finais da Liga dos Campeões ao vencer o clássico por 1 a 0, nesta quarta. O gol foi marcado por Bennacer, em partida no estádio San Siro.

• Real Madrid 2 x 0 Chelsea

Ainda que a ideia fosse propor o jogo, os ingleses assustaram com os contra-ataques, deixando clara a intenção para o jogo. O primeiro susto foi dos Blues, com João Felix finalizando contra Thibaut Courtois no segundo minuto de jogo. Cortar a velocidade do oponente era uma ordem proposta, que levou aos precoces cartões amarelos de Wesley Fofana e Eduardo Camavinga, antes dos dez minutos.

O Real chegou perigosamente pela primeira vez aos 11, em finalização de Karim Benzema, defendida sem tanta dificuldade por Kepa Arrizabalaga, em finalização fraca seguida de boa troca de passes. No segundo instante, os Merengues subiram as linhas no ataque e na defesa, aproximando-se do gol.

Este efeito foi significativo para tirar os britânicos do campo de ataque. Aos 21, Vinicius Junior foi lançado pelo alto, tentou finalizar, mas parou em Kepa, que espalmou: o rebote ficou para Benzema conferir e abrir o marcador. No minuto seguinte, em saída rápida, o Chelsea quase logrou o empate, mas Reece James parou em Courtois, finalizando na pequena área.

A saída dos visitantes ao ataque abria todo um espaço para Vinicius Jr, que, aos 25, disparou contra a defesa e tocou por cima de Kepa, mas parou em Thiago Silva, cortando sobre a linha de meta. O gol abriu o campo e os corredores para uma maior rotatividade da bola, levando, em seguida, a uma gradativa volta ao panorama inicial, com erros de passes dos madrilenhos.

Uma nova oportunidade surgiu aos 33, quando Vinicius Jr tabelou com Benzema e, sem tanto ângulo, testou contra Kepa, que defendeu. A resposta inglesa se deu três minutos depois, em tentativa de James, paralisada em Courtois. Em campo aberto, a chance de gol, de ambos os lados, era claríssima.

Entretanto, sem maiores correrias e em uma cadência rumo ao intervalo, o primeiro tempo terminou com um único gol. No segundo tempo, o Madrid seguiu com a posse ofensiva e quase voltou a marcar no quinto minuto, em chute colocado e perigoso de Luka Modric, por cima da meta.

Tentando responder, os Blues serviram campo aos espanhóis e pagou caro pela atitude: aos 14, Rodrygo foi lançado e sairia cara a cara com Kepa, não fosse a falta sem contato com a bola de Ben Chilwell, expulso pelo francês François Letexier.

Vinicius Junior seguiu a fazer estragos na defesa rival aos 19, entrando na área, driblando dois marcadores e servindo passe para a finalização errada de Camavinga. Apesar das rodadas de substituições, o panorama do jogo não mudou e o Real chegou ao segundo tento, com mais um passe de Vinicius, desta vez para Marco Asensio, recém ingressado ao jogo, anotando aos 28.

Entre mais alterações e tensões envolvendo a arbitragem no restante da partida, poucas ocasiões movimentaram o placar, tanto na tentativa do Real de golear quanto na dos londrinos em reduzir os prejuízos. Como saldo, resta a partida de volta na capital inglesa para buscar a virada contra o time a ser batido no Velho Continente.

• Milan 1 x 0 Napoli

Apesar do sempre hostil ambiente no estádio milanês, a primeira e rápida ação dos napolitanos se deu antes do primeiro minuto, com chute de Kvicha Kvaratskhelia, defendido por Mike Maignan. Na sequência, Elif Elmas voltou a assustar com um chute próximo da meta. A medida foi a cartada para ter a posse de bola e pressionar o rival mesmo fora de casa.

Entrar pelo meio não é problema para a criatividade do Napoli, que teve finalização desviada e próxima do gol aos nove, através de Kvaratskhelia. Aos 11, foi a vez de Piotr Zielinski parar no goleiro francês após testar de fora da área, em um erro da saída de bola dos mandantes. Os mandantes eram sufocados e a supremacia dos sulistas no jogo era evidente.

Os muitos erros de passe e a solidez adversária desagradava aos locais, desequilibrando as emoções entre o nervosismo e a tranquilidade, favoráveis aos visitantes. O Milan chegaria pela primeira vez aos 24, sem tanta pretensão: Rafael Leão teve sorte em ter a bola adiantada contra o marcador e sair em velocidade, mas teve azar ao finalizar rente à trave.

Com mais paciência, o Milan conseguiu desenvolver o jogo e tirar os rivais de seu campo, mas apenas como forma de respiro, sem levar demasiado perigo ao arco contrário. Em contrapartida, o time alviceleste reduziu o ritmo, mas sem perder a posse de bola, tentando pressionar no campo de ataque.

Em um lance iluminado, aos 40, Brahim Díaz saiu de três marcadores em um drible, criou um contra-ataque com mais três companheiros diante de três defensores, tocou para Rafael Leão e este serviu para a finalização imprecisa mas forte de Ismael Bennacer, desviada por Alex Meret para o gol. A energia fez os visitantes sentirem o golpe e o time da casa seguiu a pressionar, mas não voltou a balançar as redes no primeiro tempo, apesar da cabeçada forte de Simon Kjaer no travessão, aos 46.

Para a segunda etapa, a tensão faltosa de algumas partes da primeira parte ditou o ritmo inicial, com o Napoli tentando esquecer o placar. Aos quatro minutos, Kvaratskhelia cruzou, Elmas tocou levemente de cabeça e quase encobriu Maignan, que tocou para escanteio. Aos seis, Giovanni Di Lorenzo chutou e contou com desvio para levar perigo mais uma vez à meta rival.

Os milaneses corresponderam com a necessidade de marcar e esfriar o jogo a seu favor, tirando a variedade de ataque dos napolitanos. Estes, reclamaram de pênalti em Hirving Lozano, aos 13, mas não tiveram resposta do árbitro István Kovács. A situação dos visitantes se complicou ainda mais entre os 24 e os 28, no meio tempo entre os cartões amarelos sofridos por André-Frank Anguissa, expulso de campo.

O campo esteve mais aberto, mas pouco aproveitado pelos milaneses, enquanto os napolitanos voltaram a assustar somente aos 41, em chute perigoso de Di Lorenzo para um milagre de Maignan e em cabeçada de Mathías Olivera por cima da meta. Apesar da persistência, o Napoli terá os 90 minutos do duelo de volta para tentar fazer um gol no Milan em 2023.