Você com certeza já deve ter ouvido falar que vacinas salvam vidas. Com a pandemia de Covid-19 foi possível saber, mais fortemente, que isso foi uma realidade. Dados de uma pesquisa publicada no Observatório Covid-19 BR registram que, em 2021, a vacina contra a doença salvou a vida de até 63 mil idosos.

Além disso, cerca de 178 mil hospitalizações foram evitadas graças à imunização.

Mas não é somente a Covid-19 que é possível combater ao vacinar. Hepatite A e B, Difteria, Meningite, Monkeypox, Tétano, Febre Amarela, Coqueluche, Poliomielite, Influenza, Sarampo e Rubéola são alguns exemplos de tantas doenças que podem ser evitadas quando a vacinação está regularizada, independente da idade.

A imunização salva vidas e evita quadros graves de diversas doenças.

O Brasil, considerado um país pioneiro em campanhas de vacinação, desde 2016, vem apresentando retrocessos nesse campo. Praticamente todas as coberturas vacinais estão abaixo da meta. Por isso, o objetivo é retomar os altos percentuais de proteção.

No dia 27 de fevereiro, o Ministério da Saúde divulgou o calendário do Programa Nacional de Vacinação 2023, que está sendo seguido pelos estados. O objetivo é aumentar a cobertura vacinal entre a população.

Imunizantes são capazes de proteger o organismo

Por isso, é importante entender também como as vacinas são capazes de proteger o organismo das doenças. A coordenadora do curso de Biomedicina da Estácio, Raquel Pontes, explica a relação entre essas substâncias e o sistema imunológico.

“As vacinas são compostas por partículas de vírus ou bactérias mortas ou enfraquecidas, ou, ainda, produzidas com parte do material genético desses microrganismos. Quando essas partículas entram no organismo, o sistema imunológico reconhece-as como estranhas e começa a produzir anticorpos para combatê-las. Esses anticorpos ficam armazenados no organismo, prontos para combater o vírus ou bactéria se ele entrar novamente. Assim, quando o organismo é exposto ao vírus ou bactéria, o sistema imunológico já está preparado e assim, prevenindo a doença”, explica.

A coordenadora reforça que é preciso deixar de lado o medo da agulha e até do imunizante que entra no organismo, pois todas as vacinas disponíveis são cientificamente aprovadas e com eficácia comprovadas. “Elas foram desenvolvidas com base na ciência e todas salvam vidas”, afirma.

No Maranhão, tanto no serviço público de saúde estadual, quanto no municipal, estão sendo ofertadas doses de diversos tipos de vacina para a população. Ontem, 24, a Campanha de Multivacinação, ação do Governo do Estado, com público alvo crianças e adolescentes (2 meses a 14 anos), aconteceu no Shopping da Criança. 

Estão sendo ofertadas a Pentavalente, Vacina Oral Poliomielite (VOP), Vacina Inativada Poliomielite (VIP), Meningite C, Covid-19, Influenza, Febre amarela, Tríplice viral, Hepatite, DT “tétano”, HPV “adolescente”, Meningite “ACWY”.

O objetivo é ampliar a cobertura vacinal em todo o estado, aumentar a imunização, proteger esse público de diversas doenças transmissíveis, incentivo à imunização de crianças de zero a menores de 15 anos e a população em geral contra Covid-19.

“A campanha tem como objetivo ampliar a cobertura vacinal para todos os maranhenses. Colocamos as vacinas à disposição, justamente, para que se lembrem de regularizar a caderneta de vacinação, tanto as vacinas que estão em falta como as que necessitam de reforço”, disse o secretário de Estado da Saúde, Tiago Fernandes.

Campanha de Vacinação contra Mpox

No estado, está acontecendo a Campanha de Vacinação Contra Mpox, doença anteriormente chamada de “‘varíola dos macacos”. O Maranhão possui 129 casos da doença confirmados.
O estado recebeu 478 doses da vacina que vai atender alguns grupos prioritários. Além de São Luís, também realizam a imunização os municípios de Imperatriz e Bacabal. 

Em São Luís, a vacina mpox estará disponível no Centro de Saúde (SAE) do bairro de Fátima, no Centro de Referência para Imunobiológicos Especiais (CRIE) – Hospital Universitário Presidente Dutra, além do SAE Bacabal e SAE Imperatriz.

O público-alvo da vacinação, definido pelo Ministério da Saúde, contempla homens cisgêneros, travestis e mulheres transsexuais com HIV/AIDS a partir dos 18 anos com TCD4 inferior a 200 células, profissionais que trabalham em laboratórios em contato direto com o vírus e pessoas que tiveram contato considerado de risco médio e risco alto com pessoas infectadas pela Mpox.

O secretário municipal de Saúde, Joel Nunes, diz que o objetivo da vacinação é interromper a cadeia de transmissão. “A vacina é para situações de pré e pós-exibição ao vírus, para prevenir ou atenuar as manifestações clínicas da Mpox, por isso, não será aplicada de forma indiscriminada”, explica.

Covid-19

A Campanha de Multivacinação também fortalecerá a atualização do esquema vacinal contra Covid-19. Fazem parte desse público as pessoas com idade a partir de seis meses, obedecendo as recomendações do Ministério da Saúde para cada faixa etária.

Para a administração da Vacina Pfizer Bivalente, a orientação é que deve ser feita em pessoas com 12 anos ou mais e que tenham recebido as duas primeiras doses da vacina monovalente. 

O intervalo de tempo entre a bivalente e qualquer uma das outras doses deve ser de, no mínimo, quatro meses. 

A vacinação ocorre de segunda a sexta, das 8h às 17h, nos Centros de Saúde de São Luís, e São Luís Shopping (entrada B, Piso 1).

Etapas do calendário vacinal

A primeira etapa da vacinação foi com doses de reforço bivalentes contra a COVID-19 para idosos acima de 70 anos, pessoas imunocomprometidas, funcionários e pessoas que vivem em instituições permanentes, indígenas, ribeirinhos e quilombolas. Cerca de 18 milhões de brasileiros fazem parte desse grupo.

Na segunda etapa, neste mês de março, o reforço da vacinação contra COVID-19 foi focado em toda a população acima de 12 anos e para as crianças e adolescentes.

Em abril, começa a quarta etapa com campanha contra a Influenza e, a partir de maio, a quinta etapa terá chamamento para atualização de caderneta de vacinação com as vacinas de todo o Calendário Nacional de Vacinação, com ações nas escolas do país.

Etapa 2 – março

Intensificação da vacinação contra Covid-19
Público alvo: Toda a população com mais de 12 anos.

Etapa 3 – março

Intensificação da vacinação de Covid-19 entre crianças e adolescentes
Público alvo: Crianças de 6 meses a 17 anos.

Etapa 4 – abril

Vacinação de Influenza
Público-alvo: Pessoas com mais de 60 anos; Adolescentes em medidas socioeducativas; Caminhoneiros e caminhoneiras; Crianças de 6 meses a 4 anos; Forças Armadas; Forças de Segurança e Salvamento; Gestantes e puérperas; Pessoas com deficiência; Pessoas com comorbidades; População privada de liberdade; Povos indígenas, ribeirinhos e quilombolas; Professoras e professores; Profissionais de transporte coletivo; Profissionais portuários; Profissionais do Sistema de Privação de Liberdade; Trabalhadoras e trabalhadores da saúde.

Etapa 5 – maio

Multivacinação de poliomielite e sarampo nas escolas
Baixa cobertura