Moto Club tem a renda do clássico penhorada
Segundo presidente do clube, a penhora refere-se a dois processos dos anos 2017 e 2018, de gestões anteriores.
Mesmo tendo saído de campo na noite da quarta-feira com um empate que só aconteceu no segundo tempo, diante do MAC, e o resultado ser considerado normal pela comissão técnica, e jogadores, a diretoria do Moto Club viveu ontem (23) um clima de revolta.
Tudo porque, antes de iniciado o jogo no Municipal o clube tomou conhecimento, por meio de oficiais de justiça e agentes da Polícia Federal, que grande parte da arrecadação seria repassada a ex-jogadores por determinação da Justiça do Trabalho.
O estádio recebeu um público estimado em 5 mil torcedores, mas até ontem ao meio dia o clube não havia divulgado o borderô. Além de protestar ainda no Nhozinho, após a partida, o presidente Yglesio também registrou sua indignação em entrevistas concedidas na Assembleia Legislativa.
Segundo ele, a penhora refere-se a dois processos dos anos 2017 e 2018, de gestões anteriores. Uma pedia 30% do faturamento do jogo e a outra R$ 18 mil. Os cobradores saíram com praticamente metade da renda do jogo.
O dirigente motense entende que falta razoabilidade, pois como são muitos processos existentes, deveriam, no entendimento dele, limitar percentuais menores destas penhoras. “Quase não conseguíamos pagar os funcionários que trabalharam durante o jogo”, informou.
Yglesio disse estar tentando há vários dias uma audiência com o presidente do TRT, para reduzir os percentuais das execuções, como já ocorre com outros clubes, mas não obteve êxito até o momento. Ele ponderou que o borderô ainda não estava fechado porque houve venda antecipada em diversos pontos, via internet, bilheteria digital.
Mesmo havendo esse clima de insatisfação da diretoria, jogadores e comissão técnica do Moto comentaram que a expectativa agora é para a conquista do título e se o grupo continuar com a mesma entrega dos jogos anteriores, pode fazer a festa no Castelão.
Autor do gol de empate, num chute longo que encobriu o goleiro Moisés, o jovem atacante Enzo, bastante feliz, no entanto, confessou que, na verdade, não chutou para o gol.
“Tentei o cruzamento, pegou mal, porém, Deus me ajudou e a bola acabou entrando e saindo o gol. Vamos continuar acreditando, agora, no jogo final do próximo domingo”, enfatizou.