Comemoração

São Luís: 25 anos como patrimônio mundial

São Luís celebra no dia 6 de dezembro, 25 anos do título de Patrimônio Mundial da Humanidade, concedido pela UNESCO.

O Centro Histórico foi escolhido como local da mostra por reunir e celebrar o acervo arquitetônico que integra o patrimônio mundial. (Foto: Reprodução)

Há 25 anos, em 6 de dezembro de 1997, São Luís recebia o título de Patrimônio Mundial da Humanidade, pela Organização das Nações Unidas para a Ciência, a Educação e a Cultura (Unesco), em Nápoles, na Itália.

Para comemorar a data, a Casa do Maranhão (Praia Grande) abriu a exposição Manifestações Culturais do Brasil – A Celebração Viva da Cultura dos Povos”,  que apresenta os 52 bens culturais registrados como patrimônio cultural imaterial brasileiro pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).

O Centro Histórico foi escolhido como local da mostra por reunir e celebrar o acervo arquitetônico que integra o patrimônio mundial e, também, por ser ponto de encontro de diferentes manifestações populares que fazem parte da vida cultural da cidade.

Ainda em agosto deste ano, a Prefeitura de São Luís lançou o selo “São Luís Patrimônio Mundial – 25 anos”, fazendo referência aos azulejos que compõem diversas fachadas de construções coloniais do Centro Histórico, que tem características únicas, se destacando no grupo de sítios reconhecidos em todo o mundo, de acordo com a Convenção do Patrimônio Mundial.

O Centro Histórico foi tombado pelo Iphan, em 1974. Um exemplo excepcional de adaptação às condições climáticas da América do Sul equatorial, e tem conservado o tecido urbano harmoniosamente integrado ao ambiente que o cerca.

O conjunto delimitado pelo perímetro do tombamento federal, com cerca de mil edificações, possui imóveis de grande valor histórico e arquitetônico, a maioria civil, construídos do período colonial e imperial com características peculiares nas soluções arquitetônicas de tipologia, revestimento de fachadas e distribuição interna.

O título veio por se tratar de uma cidade histórica viva. Pela sua própria natureza de capital, São Luís se expandiu, preservando a malha urbana do século XVII e seu conjunto arquitetônico original. Em toda a cidade, são cerca de quatro mil imóveis tombados: solares, sobrados, casas térreas e edificações com até quatro pavimentos, que, remanescentes dos séculos XVIII e XIX, possuem proteção estadual e federal.

O núcleo original de São Luís, fundado pelos franceses em 1612, foi implantado na cabeça de uma península formada na confluência dos rios Bacanga e Anil e caracteriza-se pela arquitetura civil de influência portuguesa, bastante homogênea.

“A construção acelerou-se no período de expansão urbana dos séculos XVIII e XIX, obedecendo ao traçado original do ano de 1615, projetado pelo engenheiro português Francisco Frias de Mesquita, após a expulsão dos franceses. A posição geográfica, estratégica e favorável aos empreendimentos exploratórios do novo mundo, a força da natureza, a fertilidade das terras, abundância de águas e a excelência do clima equatorial foram elementos determinantes que despertaram a cobiça das nações europeias por estas terras em um momento histórico de expansão e conquista mundial. Nesse cenário urbano e arquitetônico prevalecem os vínculos entre os elementos materiais e imateriais, caracterizados pelo meio físico e a vivência cultural, que se manifestam em festas e folguedos como o bumba-meu-boi e o tambor de crioula”, Iphan.

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