Cerimônia de Posse

Saiba o que acontece caso Bolsonaro não passe a faixa presidencial a Lula

A Constituição Federal não estabelece o ritual como obrigatório, apesar do peso simbólico da passagem.

Em 2018, Bolsonaro recebeu a faixa presidencial de Michel Temer. (Foto: Reprodução/AFP)

Declarações do presidente Jair Bolsonaro (PL) antes das eleições de que não passaria a faixa presidencial a Lula em caso de vitória do petista levataram dúvidas sobre o ritual da transição de cargo.

A Constituição Federal, no entanto, não estabelece o ritual como obrigatório, apesar do peso simbólico da passagem de faixa em 1º de janeiro.

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Um decreto de 1972, assinado à época por Médici, determina regras relacionadas à passagem, pelo presidente antecessor, da faixa presidencial. O documento, no entanto, não considera este um ato obrigatório.

Constituição determina o comparecimento, ao Congresso Nacional, somente do presidente eleito com o intuito de prestar o juramento de cumprir a Carta Magna, como previsto no artigo 78.

É válido frisar que o texto constitucional não trata sobre o ritual de passagem em si. Por isso, se Bolsonaro não comparecer à posse, a solenidade segue normalmente, seguindo a hierarquia do cargo: o vice-presidente, Hamilton Mourão, e assim por diante.

Cabe ressaltar que, na história brasileira, a ausência de Bolsonaro na posse do Lula seria algo raro, mas não é a primeira vez que o país verá a cena. A última situação como essa aconteceu em 1985, quando João Figueiredo – último presidente da ditadura militar – não compareceu à posse de José Sarney, seu sucessor, após a morte de Tancredo Neves.

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