Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua Anual 2021, divulgada esta semana pelo IBGE, com a temática, “Vitimização: furto, roubo e sensação de segurança” revelou dados de pessoas que foram furtadas, roubadas e ainda o quantitativo de domicílios que possuem armas de fogo. 

Esse assunto foi explorado pela primeira vez em uma PNAD Contínua Anual. Para isso, o Instituto se valeu de uma parceria com o ministério da Justiça e da Segurança Pública.

O Maranhão, em 2021, dentre as 27 UFs tinha o 7º maior percentual de domicílios que utilizavam armas de fogos como instrumento de segurança residencial: 4,3% (89 mil domicílios). Era o maior percentual dentro região Nordeste.

O Acre (8,8%), encravado numa das regiões menos desenvolvidas do país, tinha o maior percentual de domicílios em que a arma de fogo foi apontada como mecanismo de proteção no domicilio.

O Rio Grande do Sul (6,2%), radicado em região mais próspera do Brasil, em 2021, tinha o segundo maior percentual de domicílios em que havia arma de fogo para uso de segurança residencial.

Os dois menores percentuais foram detectados na região Nordeste: Pernambuco (1,1%) e Ceará (1,0%). No Brasil, a média foi de 2,8% (2 milhões de domicílios).

Em 2021, o Maranhão apresentou 2 milhões e 83 mil domicílios no estado, e desse total, em 5,1% ou 107 mil domicílios, pelo menos um morador foi vítima de furto nos últimos doses meses.

De acordo com a pesquisa, com informações repassadas por José Reinaldo Barros Ribeiro Júnior, Tecnologista de Informações Geográficas e Estatísticas, “esse percentual foi o 7º mais elevado dentre as 27 UFs.

Os quatro maiores percentuais foram observados na região Norte: Amazonas (8,6%), Pará (7,2%), Acre (6,3%) e Roraima (6,0%). Duas UFs da região Nordeste tiveram os menores percentuais dentre as 27: Paraíba (2,6%) e Alagoas (2,5%). A média do Brasil foi de 4,0%”, pontua o IBGE.

5º maior percentual de assaltos de domicílios

No quesito roubos, em 3,5% ou 72 mil dos domicílios algum morador foi vítima desse crime. Esse percentual ficou 1,5% acima da média do Brasil (2,0%; 1,5 milhão de domicílios).

O Maranhão com esse percentual de 3,5% teve o 5º maior percentual de domicílios dentre as 27 UFs em que algum morador tinha sofrido ato de roubo.

Os dois maiores percentuais foram detectados no estado do Amazonas (4,4%) e em Sergipe (4,0%). Os dois menores percentuais de domicílios em que algum morador tinha sido vítima de roubo foram Minas Gerais (0,7%) e Santa Catarina (0,4%).

“Os dados disponibilizados por Unidade da Federação e mesmo por Grandes Regiões são em menor número que os dados para Brasil. Trata-se de pesquisa amostral. No caso da temática sensação de segurança, não há dados por Unidade da Federação. Ao selecionar um morador de 15 anos ou mais de idade, o mesmo tinha que ser entrevistado. Às vezes, encontra-se dificuldade de encontrar esse morador. Com menos respostas obtidas, a precisão diminui principalmente para recortes territoriais em que o universo é menor”, relatou o IBGE.

A pesquisa revelou que o Maranhão tinha uma população de 5 milhões e 304 mil jovens de 15 anos ou mais de idade, em 2021. Pelo prisma do número de pessoas dessa faixa etária, 1,8% das mesmas, representando um contingente de 98 mil, foram vítimas desse fato”, observa o IBGE.

Foi o que ocorreu com a estudante Ana Karla Santos, de 18 anos, que foi furtada dentro de um transporte coletivo, em maio do ano passado. Ela conta que só percebeu que tinha sido roubada, quando chegou na faculdade. 

“O celular estava na mochila, e eu realmente não percebi nada. Quando fui abrir depois que cheguei na faculdade, era o lugar mais limpo. É uma sensação muito ruim”, disse.

No Brasil, esse percentual foi menor, 1,1%, representando 1,8 milhão de pessoas. 

Do total de vítimas de ato de roubo, o Maranhão deteve 5,4% do total ocorrido no Brasil. Lembrar-se que o Maranhão, em 2021, tinha 3,1% do total de pessoas nessa faixa etária no Brasil.

Amazonas, Sergipe e Pará, todos com 2,1%, lideraram o ranking de pessoas de 15 anos ou mais de idade que foram vítimas de roubo em 2021. Minas Gerais (0,4%) e Santa Catarina (0,2%) tiveram o menor percentual.