O esquadrão canarinho viveu um drama no jogo duro contra a Croácia Nesta sexta-feira (9), abriu o placar com Neymar, na prorrogação, mas cedeu o empate que resultou no fim do sonho, com a derrota por 4 x 2 nos pênaltis.

Mesmo com os erros de passe e a falta de capricho na finalização, os comandados de Tite foram superiores. Longe de seguir a lógica, o futebol surpreendeu e a vaga foi decidida no detalhe. 

No primeiro tempo, o Brasil sofreu para encaixar o seu estilo de jogo diante de uma Croácia satisfeita em ter a bola no pé. Destaque nos últimos jogos, o meio-campo não parecia estar em um bom dia.

Nos 45 minutos finais, a Seleção melhorou, encurralou os europeus e empilhou chances. Muito participativo no tempo regulamentar, Neymar chamou a responsabilidade com o gol na prorrogação, mas viu Petkovic empatar e frustrar os planos.

Nas penalidades, brilhou a estrela do goleiro Livakovic. Pelo lado brasileiro, Rodrygo e Marquinhos desperdiçaram e encerram a caça pelo hexa.

Atuações

Alisson — Nota: 6,0
Pouco trabalhou na partida. Embora a Croácia tenha chegado com perigo em alguns momentos, o gaúcho não participou diretamente das interceptações na defesa. Nos pênaltis, não fez valer o espírito decisivo.

Éder Militão — Nota: 7,0
Reserva natural na lateral direita, flutuou entre o papel defensivo e o apoio no ataque. Qualidade nos passes e desarmes foram as principais contribuições na decisão.

Thiago Silva — Nota: 7,0
Em dia de recorde pessoal como capitão, desfilou a elegância de sempre. Combativo nos momentos certos, fez boas interceptações nas tentativas de ataque dos croatas.

Marquinhos — Nota: 6,0
Seguiu o ritmo do capitão Thiago Silva e seguiu imponente da defesa. Apesar dos sustos pontuais, conteve ataque adversário com maestria e evitou prejuízo na partida. Nas penalidades, porém, acertou a trave e encerrou a caminhada pelo título no Catar.

Danilo — Nota: 7,0
Atuou novamente como lateral-esquerdo improvisado e justificou a escolha de Tite. Manteve a solidez defensiva e apoiou na articulação das jogadas em momentos da partida.

Casemiro — Nota: 6,0
Muito bem marcado, recebeu pouco a bola e não conseguiu dar a mesma cadência ao meio de outros jogos.

Lucas Paquetá — Nota: 6,0
Não estava em uma noite inspirada. Atuando como segundo volante, pecou na saída de bola e não contribuiu de forma eficiente para a transição do meio para ataque. Evoluiu no segundo tempo e participou da jogada do gol na prorrogação.

Neymar — Nota: 8,0
Participado, chamou a responsabilidade e voltou várias vezes para iniciar as jogadas no melhor estilo maestro. Teve chances, mas parou em Livakovic. Resolveu a partida na prorrogação e colocou o Brasil na semifinal.

Raphinha — Nota: 5,5
Com as dificuldades de transição da Seleção, praticamente não foi acionado pela direita. Se esforçou na tentativa de marcação alta e alguns avanços ofensivos. Participou da criação da melhor jogada tupiniquim no início do segundo tempo.

Richarlison — Nota: 5,5
Posicionado no meio, não conseguiu receber muitas bolas em condição de finalização. Se movimentou e voltou várias para servir como opção nas construções de jogadas, mas deixou o campo sem uma grande chance de marcar.

Vinicius Junior — Nota: 6,5
Foi uma das principais peças ofensiva da equipe, sobretudo na primeira etapa. Criou problemas para o setor canhoto da defesa croata, teve espaço para finalizar, mas parou no goleiro. Foi sacado no segundo tempo.

Tite — Nota: 7,0
Confiante no time que estava em campo, mexeu apenas três vezes durante o tempo regulamentar da partida. Apostou alto em sacar Vini Jr. quando o atacante estava bem, mas, novamente, guiou o time para a classificação.

Reservas

Antony — Nota: 6,5
Assumiu o papel de Raphinha pela direita e deu dores de cabeça para a defesa croata. As tentativas de jogada individuais dobraram a marcação e abriram espaço para a chegada dos companheiros.

Rodrygo — Nota: 5,5
Entrou no lugar do companheiro Vinicius Junior para ser a válvula de escape brasileira pela esquerda. Foi participativo, mas esbarrou no bloqueio duplo dos croatas. Fez boa tabela com Neymar no lance do gol do Brasil. Nos pênaltis, cedeu à pressão e desperdiçou.

Pedro — Nota: 5,5
Assim como Richarlison, teve pouquíssimas chances claras de marcar. Fez bons lances atuando como pivô em saídas rápidas para o ataque. Jogou mais de 45 minutos, somando a prorrogação.

Alex Sandro — Nota: 6,0
Lesionado desde a primeira fase, entrou em campo quando o Brasil vencia por 1 x 0. Muito mais do que demonstrou no gramado, os minutos para adquirir ritmo vislumbram a volta como titular na semifinal.

Fred — Nota: 5,5
Também em campo somente com a vantagem estabelecida, foi acionado para recuperar o fôlego da marcação na zona central diante de uma iminente tentativa de pressão dos croatas.