De acordo com o governo federal, desde 2019, foram prestados mais de 1.2 milhões de atendimentos às mulheres em situação de violência, nas unidades da Casa da Mulher Brasileira em seis estados e no Distrito Federal.

Nos últimos 4 anos, o Governo Federal destinou mais de R$ 20 milhões para este projeto, que prevê, ainda, a construção de 32 novas unidades de atendimento, com investimento federal de aproximadamente R$ 102 milhões.

Atualmente, estão em funcionamento unidades nos municípios de Campo Grande (MS), Curitiba (PR), São Paulo (SP), Fortaleza (CE), São Luís (MA), Brasília (DF) e Boa Vista (RR).

Nestes espaços, a mulher recebe atendimento humanizado e conta com o acesso a vários serviços especializados como Delegacia de Polícia Civil especializada, Ministério Público, Defensoria Pública, Tribunal de Justiça, acolhimento e triagem, apoio psicossocial, promoção de autonomia econômica, brinquedoteca, alojamento de passagem e central de transportes.

No país, a Casa da Mulher Brasileira de São Luís foi a quarta a ser inaugurada, em 2017. Desde então, já realizou 167.039 atendimentos uma média de 33 mil atendimentos por ano.

A Casa fica localizada no bairro do Jaracaty, e atende as mulheres em situação de violência doméstica, familiar e de gênero, oferecendo serviços especializados.

O equipamento de alta complexidade, criado para oferecer um atendimento humanizado, é um serviço que revoluciona o modelo de enfrentamento à violência de gênero, pois integra, amplia e articula todos os serviços oferecidos às mulheres em situação de vulnerabilidade.

A CMB do Maranhão reúne, em um só espaço: Delegacia Especial da Mulher, Defensoria Pública, II Vara, Ministério Público, Patrulha Maria da Penha, Guarda Municipal e o Centro de Referência no Atendimento à Mulher em Situação de Violência funcionando conjuntamente na rede de proteção à mulher.

Todos os órgãos de suporte em um só lugar com objetivo de agilizar os processos legais e oferecer maior comodidade as solicitantes de nossos serviços!!

Onde denunciar

Em qualquer caso de violência, a vítima pode ligar para:

• Polícia Militar / Fone: 190
• Delegacia Especial da Mulher / Fone: (98) 99187-6622
• Casa da Mulher Brasileira (Região Metropolitana) / Fone: (98) 98425-8469
• Central de Atendimento à Mulher / Fone: 180
• Casa da Mulher Maranhense (Região Tocantina) / Fones: (98) 98801-3621 e (99) 8405-6193

64 casos de feminicídio

No Brasil, a cada 10 minutos o corpo de uma mulher ou de uma menina é violado e a cada sete horas ocorre um feminicídio, segundo dados divulgados neste ano pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública.

No Maranhão, até novembro, segundo dados da Secretaria de Segurança Pública, foram registrados 64 casos de feminicídio neste ano. São sete casos a mais do que o registrado em todo o ano passado no Estado. E, apesar de todos os crimes terem definição de autores, somente 37 homens estão presos.

Ano passado foram registrados 57 casos, segundo dados da Coordenadoria das Delegacias de Atendimento e Enfrentamento à Violência contra a Mulher (Codevim).

A titular da Codevim, delegada Kazumi Tanaka, durante a Semana de Combate ao Feminicídio, realizada em novembro, destacou a importância do reforço às ações preventivas no combate a estas ocorrências.

“Sabemos que o enfrentamento é muito importante com ações como prisões e investigações, mas também, a prevenção é importantíssima, uma vez que a maioria das mulheres assassinadas não têm, sequer, um registro de ocorrência. É fundamental que consigamos alcançar esta mulher para encorajá-la a pedir ajuda antes que a tragédia venha ocorrer. A semana vem propor este debate e também ações de enfrentamento”.

Neste final de semana acontece o encerramento da campanha Viver sem violência é direito de todas as mulheres, lançado pela Secretaria de Estado da Mulher (SEMU), em alusão à campanha nacional 21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência Contra as Mulheres,  neste domingo, 11, com uma programação na Feirinha São Luís.

Trabalhando a prevenção às diversas formas de violência serão entregues materiais informativos sobre as ferramentas de proteção à mulher, canais de denúncia e políticas públicas em funcionamento; além disso o evento contará com atrações culturais.