Pesquisa aponta que 7,6% dos maranhenses são diabéticos
Nesta semana é celebrado o ‘Dia Mundial do Diabetes’, para melhor entender a doença, O Imparcial conversou com Dra. Viviane Chaves. Confira!
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O diabetes é uma doença crônica identificada pelo aumento dos níveis de açúcar no sangue.(Foto: Reprodução)
Segundo dados do Atlas do Diabetes 2021, divulgado pela Federação Internacional de Diabetes (IDF, em inglês), mais de 537 milhões de adultos entre 20 e 79 anos (ou 10,5% da população mundial) possuem diabetes.
Para promover a conscientização e reforçar a importância de hábitos saudáveis para evitar a doença, nesta semana foi celebrado o Dia Mundial do Diabetes.
O diabetes é uma doença crônica identificada pelo aumento dos níveis de açúcar no sangue, podendo ocasionar problemas em vários órgãos, caso não seja tratada, já que o acúmulo de glicose no sangue pode levar a lesões nos tecidos do coração, por exemplo.
O foco da campanha deste ano é “Educação para proteger o amanhã”.
Segundo a médica Viviane Chaves, especialista em Endocrinologia e Metabologia, o tema remete a “orientar/educar os portadores e seus familiares para as complicações inerentes à doença, além de educar/orientar os indivíduos de grupos de risco para o surgimento da doença, como: obesos, sedentários, aqueles que possuem familiares de primeiro grau com diabetes, mulheres portadoras de síndrome de ovários policísticos…, e talvez desta forma, prevenir o surgimento da doença”.
De acordo com a médica, estima-se que haja 17 milhões de portadores de diabetes entre os 20 e 79 anos de idade no Brasil, perdendo para China, Índia, EUA e Paquistão, e com estimativas que se chegue a 21 milhões até 2030.
“É assustador! Segundo a Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD)), no Maranhão temos cerca de 7,6% da população com diabetes, representando cerca de 500 mil pessoas”, disse.
Segundo o Atlas do Diabetes, o Brasil é o sexto país em incidência de diabetes no mundo e o primeiro na América Latina. A estimativa é que, até 2045, a doença alcance 23,2 milhões de adultos brasileiros.
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O Imparcial entrevistou a Dra. Viviane Chaves. Confira!
O. I.: Qual o maior desafio da medicina frente ao diabetes?
Viviane Chaves.: Quando nos referimos ao diabetes tipo 2, que é o mais prevalente, vivemos uma epidemia, portanto a elevada prevalência/incidência torna a doença um grande problema de saúde pública. A Federação Internacional de Diabetes (IDF) estima que cerca de 463 milhões de pessoas no mundo são portadoras, tornando, inclusive, a capacitação de profissionais de saúde para educar, orientar e tratar este grande número de portadores, um outro grande desafio.
O. I.: Depois de diagnosticado, o que fazer para conviver com a doença?
A importância da campanha deste ano é também sobre isto: ‘educar para proteger o futuro’. As pessoas devem conhecer e ter acesso às estratégias de prevenção da doença e suas complicações: prática regular de atividade física, controle do peso, diminuição da ingestão de açúcares simples/industrializados, aumento o consumo de frutas, verduras e legumes, ingestão adequada de água, sono reparador…, enfim, as medidas que objetivam uma melhor qualidade de vida.
O. I.: O que fazer para evitar ter esse diagnóstico?
Além do que foi descrito acima, o uso regular das medicações prescritas e consultas rotineiras ao médico (a OMS preconiza cerca de 3 consultas/ano para avaliação do diabetes). Incluir os familiares e cuidadores neste processo de educação.