“O amor liberta”

Roberta Campos: uma voz, um show

O Imparcial entrevistou Roberta Campos que falou do seu novo álbum e sobre o seu show em São Luís, neste final de semana.

Capa do disco da Roberta Campos. (Foto: Divulgação)

Se você já ouviu a música “De janeiro a janeiro”, com a participação do Cantor Nando Reis, se já cantarolou “Lembra aquele tempo, amor? Onde a gente se encontrou (…)” ou “Ter uma casinha branca de varanda, um quintal e uma janela, para ver o sol nascer (…)”, então, provavelmente, Roberta Campos não lhe é estranha.

Cantora, compositora, produtora, Roberta Campos é uma musicista completa, que dispensa comentários. Mineira, nascida em Caetanópolis, já emplacou 20 músicas em trilha sonora de novelas, um número digno da Banda Nacional Roupa Nova. Roberta se comunica de forma muito pessoal, imprimindo uma personalidade própria.

A artista já foi Indicada ao Grammy Latino 2016 na categoria “Melhor Álbum de MPB“, com o disco “Todo Caminho é Sorte”. Fez parcerias com grandes nomes da música nacional como Humberto Gessinger, Nico Resende, Luiz Caldas, Hyldon, Fernanda Takai, Paulo Mendonça e muitos outros.

Novo disco traz uma mistura de MPB com indie, jazz, pop, folk, bossa nova e blues. (Foto: Divulgação)

O novo álbum da cantora foi lançado em 2021. O disco de “O Amor Liberta” dispõe de 11 faixas inéditas, com produção de Paul Ralphes, traz uma composição de MPB – gênero em que a artista se identifica – com o indie, jazz, pop, folk, bossa nova e blues, uma verdadeira explosão de leveza, mas de muita força.

O disco revela uma Roberta mais madura, com músicas complexas e modernas, sem perder a doçura e a suavidade da artista de olhos azuis e óculos redondos.

Apresentação acontece nos dias 07, às 21h e no dia 08 de outubro às 20h, no Teatro João do Vale, no Centro de São Luís. Os ingressos estão à venda e podem ser adquiridos pelo site.

O Imparcial entrevistou Roberta Campos que falou do seu novo álbum e sobre o seu show em São Luís, neste final semana.

O Imparcial: Em que momento ou quais foram os momentos em que as faixas foram escritas?

Roberta Campos: As músicas do álbum “o amor liberta” foram feitas entre os anos de 2016 e 2019. Eu vinha de um hiato sem lançar disco e durante esse tempo, fui compondo canções que fizeram todo sentido de estar no álbum.

O. I. Como você enquanto artista lidou com os tempos de confinamento na pandemia? Como é voltar aos palcos depois de tanto tempo?

R. C. No final de 2019 eu tinha todo o repertório do disco escolhido, mas como veio a pandemia, acabei criando mais músicas que tinham a ver com o álbum, mudei algumas coisas e coloquei músicas recém feitas. Voltar aos palcos depois desses dois anos sem fazer show me traz além de muita gratidão, uma sensação muito boa, como das primeiras vezes que me apresentei na vida. O palco é minha casa!

O. I. Você poderia elencar a diferença dos outros trabalhos para este novo álbum?

R. C. Cada disco marca um momento da minha vida e tudo que a gente é acaba reverberando no trabalho. Esse disco traz muitas referências de sonoridades que me acompanharam nesse tempo de estrada e vida.

O. I. Como foi o processo criativo das canções e qual a influência da nova roupagem no disco?

R. C. Ouvi muito jazz, Blue, MPB, folk e com certeza isso influenciou muito todo processo do disco. É um disco mais preenchido, a forma que os instrumentos colorem as canções, a dinâmica de tudo. Estou mais madura. Tudo está mais maduro. Minha voz, meu violão, as melodias, as letras, minha imagem, tudo. Nesse disco fiz os arranjos vocais e os arranjos do instrumental, junto com Paul Ralphes, quem produziu o disco.

O. I. Qual a mensagem do álbum inédito “O amor liberta”, a história por trás das canções, a Roberta por detrás delas?

R. C. Esse disco é o reflexo do amor próprio, que alinha todas as pontas da minha vida. Com isso, as músicas vem com uma força muito grande. Força essa que transparece a resiliência, a coragem. É um disco pulsante, feliz! Tem um canto de gratidão, de felicidade, de saudade.

O. I. Quais suas referências musicais e como isso influencia no processo de composição?

R. C. Paulinho Nogueira, Milton Nascimento, Marisa Monte, Beto Guedes, Elis Regina, Djavan, Beatles, Joni Michel, Nick Drake. Viver é influência. Tudo que a gente ouve, assiste, lê. Viajar, conhecer pessoas, conhecer histórias. Na maioria das vezes é inconsciente, essa influência se transforma quando a gente vai criar, mas é fato que na nossa música está tudo que vivemos.

O. I. Você já veio ao Maranhão? Qual sua relação com o público daqui?

R. C. É a primeira vez que venho a São Luís. Sempre recebo muito carinho pelas redes sociais dos fãs daí. Estou ansiosa e não vejo a hora de subir no palco maranhense pela primeira vez e trocar essa energia maravilhosa com esse povo lindo. Vai ser incrível! Minhas expectativas são as melhores.

O. I. O que dizer para quem comprou o ingresso e está esperando ansiosamente pelo seu show?

R. C. Eu tô chegando com tudo! Vamos nos divertir muito. Vamos cantar juntos canções como “Minha Felicidade”, “Abrigo”, “Começa Tudo Outra Vez”, “Casinha Branca”, “Miragem” e muitas surpresas. O repertório está pronto. Está tudo pronto pro nosso grande encontro!

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