Vacinação Infantil

Maranhão atinge 67% da cobertura vacinal contra a poliomielite

A capital maranhense atingiu pouco mais de 32% da cobertura vacinal.

Autoridades de saúde alertam para que pais e responsáveis levem seus filhos para vacinar. (Foto: Reprodução)

Na semana passada, autoridades de saúde ficaram assustadas com a possibilidade de a poliomielite ter retornado ao Brasil, depois de décadas de erradicação. A suspeita era de um caso no estado do Pará, mas o Ministério da Saúde descartou essa hipótese.

Em nota, o Ministério da Saúde informou que foi notificado de um caso de paralisia flácida aguda em uma criança de 3 anos de idade residente no município de Santo Antônio do Tauá/Pará dois dias após receber a Vacina Oral Poliomielite (VOP).

De acordo com o órgão, o caso se trata de Paralisia Flácida Aguda (PFA) suspeito de um evento adverso à vacina VOP.

“Na caderneta de vacinação da criança não consta registro de vacina inativada poliomielite (VIP), que deve ser administrada anteriormente à VOP. Em geral, a vacina poliomielite oral (VOP) é bem tolerada, e raramente está associada a algum evento adverso. Destaca-se que esse risco é raro quando a VOP é aplicada como reforço após o esquema básico com a vacina VIP”.

A criança não chegou a ser internada, e está evoluindo bem com recuperação da força muscular.

“Importante reforçar que poliovírus Sabin Like 3 detectado nesse caso no estado do Pará não tem caráter transmissível e não altera o cenário epidemiológico no território nacional, ou seja, não há casos confirmados de poliomielite no Brasil desde o ano de 1989 e o país segue com a certificação de eliminação da Poliomielite”, diz a nota.

No entanto, a preocupação com a meta vacinal contra a poliomielite continua. No país, apenas 50, das 217 cidades atingiram a cobertura de 95% preconizada pelo Ministério da Saúde.

Estado não registrou casos de poliomielite

Secretaria Municipal de Saúde avisa que o imunizante permanece sendo disponibilizado nas unidades municipais. (Foto: Reprodução)

No Maranhão, não há casos suspeitos de poliomielite. A cobertura vacinal foi de 67,7%, de acordo com a Secretaria de Estado da Saúde (SES), após a campanha nacional encerrada no dia 30 de setembro.

“Para alcançar a meta, a SES continuará com ações de sensibilização dos gestores municipais e da população. A Secretaria pontua também que realizará ações em parceria com a FUNAC e com Secretaria de Estado da Educação, a partir do dia 17 de outubro, para ampliar o alcance da Campanha”, informou a SES.

Na capital, São Luís, a cobertura vacinal contra a poliomielite alcançou 32,5% da meta estabelecida, acompanhando a baixa adesão que tem ocorrido em todo o país. A informação é da Secretaria Municipal de Saúde, que avisa que o imunizante permanece sendo disponibilizado nas unidades municipais, uma vez que esta é uma vacina de rotina. 

“A Semus informa ainda que não há nenhum caso de suspeito de Poliomielite em São Luís, contudo as baixas taxas de vacinação podem configurar um risco para o surgimento de casos; por isso é importante que todos os pais e responsáveis mantenham seus filhos imunizados, a fim de garantir a devida prevenção contra a doença”, alerta a Semus.

Informações sobre a doença

A poliomielite, comumente denominada de pólio, é uma doença altamente contagiosa causada pelo poliovírus selvagem, sendo uma doença em processo de erradicação. 

Há também a poliomelite associada ao vírus vacinal (vaccine-associated paralytic poliomyelitis, VAPP), ou poliomielite pós-vacinal, que se caracteriza pelo desenvolvimento da doença, pós-exposição de vacina. Ocorre de forma idêntica a que ocorre com o vírus selvagem, com a possibilidade de gerar sequelas motoras definitivas.

O modo de transmissão ocorre por contato direto pessoa a pessoa, por meio de gotículas de secreções (ao falar, tossir ou espirrar), pela via fecal-oral (mais frequente), por alimentos, objetos e água contaminados com fezes de doentes ou portadores. Possuir uma condição de habitação precária e sem saneamento básico pode favorecer a transmissão do poliovírus.

Não há tratamento específico para a poliomielite. Todos os casos devem ser hospitalizados e monitorados, com o tratamento de suporte, de acordo com o quadro clínico do paciente. 

As ações para conter a disseminação do vírus iniciaram na década de 60 com o advento de duas vacinas (oral e inativada). Após 1985 iniciou-se o processo para atingir a meta de erradicação da pólio mundialmente.

VER COMENTÁRIOS
Polícia
Concursos e Emprego
Esportes
Entretenimento e Cultura
Saúde
Mais Notícias