É na noite de hoje, 28, a grande final da escolha do samba-enredo da escola de samba carioca Estácio de Sá. No carnaval de 2023 a escola exaltará São Luís do Maranhão, com o enredo “São João, São Luís, Maranhão! Acende a fogueira do meu coração”, assinado pelo carnavalesco Mauro Leite, e vai em busca de vaga no Grupo Especial.

A quadra do GRES Estácio de Sá fica na Rua Salvador de Sá, 206-208, Cidade Nova. Rio de Janeiro. A festa começa às 22h e terá também a coroação da rainha de bateria.

E tem samba maranhense na disputa final. De composição de Gilvan Mocidade, Eulálio Figueiredo, Zé Lopes e Walasse Godinho, o Samba 1 é um dos quatro que disputam a final, e a turma maranhense está otimista quanto à seleção.

Conversei com Gilvan Mocidade, um dos compositores, e ele me falou do processo até chegar à final, e a expectativa para esta noite. A equipe espera que a comunidade maranhense que mora no Rio de Janeiro compareça na quadra da escola para dar a sua torcida.

“Samba 1 é o Davi contra os Golias, mas a humildade é a chave da vitória”, começou dizendo Gilvan Mocidade. “A Estácio de Sá do Rio de Janeiro vai falar sobre o São João de São Luís do Maranhão e essa foi nossa maior inspiração tendo em vista que nós como cantores e compositores vivenciamos o São João do nosso Estado. A expectativa é a melhor possível, chegar à final já é uma grande vitória, vencer será um somatório de vários fatores. O elemento torcida soma muito, mas estamos confiantes. A cada eliminatória temos trago para a quadra da Escola a comunidade maranhense que mora no Rio e cresce a cada eliminatória. Nessa final nosso objetivo é colocar quase 200 maranhenses na Quadra da Estácio para torcer pela única proposta maranhense na disputa”, completou.

O time de compositores já está acostumado a participar de escolha de sambas-enredo e ganhar, mas competir no Rio de Janeiro, é a primeira vez.

“A sensação é a melhor possível, porque nosso time já tem bastante experiência no segmento do samba enredo com vários títulos aqui em São Luís. Acreditamos que chegamos à final porque nossa proposta é a mais completa em letra e com uma melodia moderna e que faz a galera cair no samba”, aposta Gilvan, que também é um dos intérpretes.

Os parceiros Gilvan Mocidade e Zé Lopes foram finalistas na Beija Flor em 2012 a escola carioca homenageou São Luís nos seus 400 anos. O intérprete Adão Camilo também estava defendendo um samba de parceria de Jailson Pereira e Denis Melodia. Em São Luís, Gilvan Mocidade, Zé Lopes já venceram na Favela do Samba,

Turma do Quinto, Flor do Samba, Império Serrano e Blocos tradicionais.

O compositor Eulálio Figueiredo é um verdadeiro papão de festivais de marchinhas, tendo participado inclusive do Festival de Marchinhas do Programa Fantástico, da Rede Globo, em parceria com Alysson Ribeiro. Walasse Godinho é outro campeão, tanto nos sambas de escola, quanto de blocos tradicionais. Adão Camilo, por sua vez, é intérprete sempre presente no carnaval de São Luís, e um carioca que o Maranhão adotou.

A equipe tem ido para o Rio de Janeiro participar de todas as eliminatórias. Além dos compositores, o grupo é formado por: Júlio Cunha (no violão 7 cordas) e Kelton Gomes, no cavaco (na harmonia); os intérpretes são: o próprio Gilvan Mocidade, Alysson Ribeiro, Walasse Godinho e Adão Camilo.

“A expectativa para a festa da escolha é de muita esperança, pois nosso samba é muito bom, promete levantar a Marquês de Sapucaí, e quem sabe reconduzir a Estácio ao Grupo especial de onde nunca deveria ter saído. O lado triste de tudo isso é a ausência de apoio dos órgãos públicos que fomentam a cultura do Estado e Município, mas isso é uma outra matéria. Se for o caso, falaremos quem ajudou e quem virou as costas pra gente”, finalizou.

Finalistas por ordem de apresentação:

• Samba 9 – China do Estácio e Cia
• Samba 3 – Alexandre Naval e Cia
• Samba 6 – Samir Trindade e Cia
• Samba 1 – Gilvan Mocidade e Cia