Coletivo Meninas Cidadãs fazem ato em homenagem a Sara, nesse sábado (29)
Jovem de apenas 15 anos foi vítima de feminicídio.
O Coletivo Menina Cidadã e a Fundação Justiça e Paz se Abraçarão (FJPA) promovem neste sábado, a partir das 8h30, no bairro Cidade Olímpica (em frente a delegacia do bairro), o evento intitulado “Pelas Nossas – ato de cobrança pelo fim da violência”.
O ato tem o objetivo de chamar a atenção da população para o feminicídio de Sara Heloise Aleixo dos Santo, 15, ocorrido na última segunda-feira, dia 24. O suspeito, o namorado da vítima, Carlos Eduardo Pereira Morais, 18, está foragido.
De acordo com uma das integrantes do Coletivo Menina Cidadã, Adrielle Souza, 19, a ideia de promover o ato surge em favor do direito à vida.
“O nome desse coletivo em si já fala: somos “Meninas Cidadãs” e sendo cidadãs nós temos o direito a vida, o direito a escolha, o direito de ser quem nós quisermos e de estar onde e como quisermos, vivendo o que e como desejamos”, disse.
“Este viver é mais que um desejo. É o primeiro direito universal. Então, não aceitamos que nos tirem a vida. Estamos aqui para pedir proteção, para dizer que armar as pessoas não é a solução, muito pelo contrário. Para viver precisamos estar protegidas, e não por armas, mas por uma sociedade que nos permita viver.” Desabafa.
“O feminicídio de Sara é um o caso de retirada brutal. Um homem tirou a vida dela, não lhe deu a escolha, foi tudo fatal e, nós todos os dias falamos o quanto merecemos ser respeitas”, diz.
Dados da Polícia Civil do Maranhão (PC-MA) informam que, durante os meses de janeiro a setembro deste ano, ao menos 44 casos de feminicídio foram registrados em todo o Maranhão (Portal G1. 04.10.22).
Segundo os dados, isso implica dizer que, em nove meses, pelo menos quatro mulheres por mês, foram vítimas de feminicídio no Estado .
A ação do Coletivo Menina Cidadã é mostrar que nenhum indivíduo pode se calar diante dessa situação. “Estamos atentas. Não podemos ver mais uma sendo arrancada de nós, sem explicações. Queremos justiça por Sara”, conclui Adrielle.