SÃO LUÍS

Semana do Orgulho LGBTI+ encerra com parada na Litorânea

A Parada volta à Avenida Litorânea após 5 anos.

A Semana do Orgulho LGBTI+ chama a atenção para as pautas que envolvem esse público, dentre elas, o combate à LGBTFobia, e as políticas públicas já conquistadas deste segmento da sociedade. (Foto: Reprodução)

A 17ª Semana do Orgulho LGBTI+ de São Luís premia, na noite desta quinta-feira (22), instituições do poder público e privado e pessoas físicas que tenham alguma ação voltada para a população LGBTI.

A 8ª edição do Prêmio Gayvota será às 19h30, no Teatro João do Vale (Praia Grande).

Serão premiados 10 homenageados (as) de vários setores da sociedade, dentre eles (elas): Comitê da Diversidade do Tribunal de Justiça, TJ, Coletivo Nós, Surama Wilker, Beto Modas, SES (Ambulatório Sabrina Drumond),  Pietra Serra, Instituto Raissa Mendonça, Observatório de Políticas Públicas MA,  Maitê Sousa, Grupo Resistência de Cururupu.

O prêmio é só algumas das muitas ações que estão sendo desenvolvidas na Semana, realizada pelo Grupo Gayvota, o mais antigo da cidade ainda em atividade. Há 17 anos o grupo promove, por meio da Semana do Orgulho LGBTI+, o debate acerca dos direitos da referida população, bem como o combate a todas as expressões de LGBTfobia.

O tema desta edição “Sou LGBTI+ e luto pela democracia: nosso voto, nosso orgulho”, evidencia, segundo a organização do evento, “um chamamento à população LGBTI para uma reflexão de apoiar nessas eleições candidatos que tenham compromisso com as nossas pautas”, disse o coordenador de promoção dos direitos LGBT da Sedihpop (Secretaria de Direitos Humanos e Participação Popular), Betinho Lima.

No dia 23, a programação será na Praça Nauro Machado, com o Ocupa Nauro Machado. A partir das 16h haverá aula sobre como denunciar LGBTfobia e quais as estratégias legais e institucionais a adotar quando a pessoa for vítima. A tarde terá Feirinha Criativa, BallRoom, apresentação de Drags e DJs.

A Semana do Orgulho LGBTI+ conta com debates, atividades artísticas e culturais com a culminância da Parada do Orgulho LGBTI+, dia 25 (domingo).

A Parada volta à Avenida Litorânea após 5 anos. Nos anos anteriores, antes da pandemia, a Parada estava sendo realizada no Centro Histórico. A retomada na Avenida Litorânea celebra as 17 edições do movimento e a volta do evento após dois anos de parada por causa das restrições impostas pela pandemia de Covid-19.

A concentração será às 15h na Praia de São Marcos, em direção à Praça dos Pescadores. 

“Depois de 5 anos retornamos ao local de origem e aguardamos por lá cerca de 50 mil pessoas celebrando a diversidade e o orgulho de ser LGBTI. E vale lembrar que já temos 12 caravanas oriundas dos municípios para somar conosco neste domingo do dia 25”, disse Betinho.

Enfrentamento a LGBTFobia

A Semana do Orgulho LGBTI+ chama a atenção para as pautas que envolvem esse público, dentre elas, o combate à LGBTFobia, e as políticas públicas já conquistadas deste segmento da sociedade, e as que ainda precisam ser conquistadas.

De acordo com o Observatório de Políticas Públicas do Maranhão, no ano de 2020 foram 12 crimes letais contra pessoa da comunidade em questão. Em 2021, esse dado aumentou. A violência vitimou 15 pessoas LGBTI+ no estado, entre 19 e 41 anos, nas cidades de São Luís, Santa Inês, Açailândia e Balsas.

Dados do Observatório de Mortes e Violências contra LGBTI+ apontam que em 2021, o Brasil assassinou um LGBT I+ a cada 27 horas. E o cenário geral de violência contra lésbicas, gays, bissexuais, travestis, mulheres e homens trans, pessoas transmasculinas, não binárias e demais dissidências sexuais e de gênero pouco mudou em relação a medidas efetivas de enfrentamento da LGBTIfobia por parte do Estado.

No Maranhão, desde 2006, quando foi sancionada a Lei 8. 044, que pune qualquer discriminação contra a população LGBT em locais públicos e privados, (lei  7.716 do racismo, alterada recentemente pelo Supremo Tribunal Federal criminalizando a lgbtfobia), já houve muitos avanços em termos de políticas públicas.

As mais recentes, são a LEI 11.521/2021 que estabelece a notificação compulsória, em todo estado, no caso de violência ou indícios de violência contra a população LGBT atendida em serviços de saúde públicos ou privados. Ainda em 2021 foi criado o ambulatório Transsabrina Drumond, na policlínica Cohatrac.

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