Exposição “Azulejos” celebra 49 anos do Museu Histórico e Artístico
Exposição faz parte das comemorações pelos 49 anos do Museu Histórico e Artístico do Maranhão.
São Luís possui o maior acervo azulejar português da América Latina, um dos motivos da cidade ter recebido o título de Patrimônio da Humanidade, concedido pela Unesco. Na cidade, os azulejos são encontrados em fachadas de casas antigas do Centro da cidade, utilizados em igrejas e na decoração interna de casarões.
Parte dessas peças coloniais de diversas nacionalidades compõe o acervo do Museu Histórico e Artístico do Maranhão (Rua dos Sol, Centro) e estão à disposição do público na exposição “Azulejos”, que fica aberta ao público até o final do mês de dezembro.
Um mosaico de azulejos portugueses, ingleses, franceses e alemães, num total de 25, integram a mostra.
“Essa exposição é de grande importância para que o público veja essa herança patrimonial azulejar que nos foi deixada pelos nossos colonizadores lusitanos e tantas outras nações das quais importamos esses azulejos”, afirmou a especialista em ensino de História do Maranhão, Marineide Mendes.
São azulejos produzidos de formas variadas, com técnicas distintas e que carregam uma história cultural.
“Temos um azulejo alemão que tem como técnica empregada a decalcomania, que é extremamente precisa, tanto que vocês podem notar que não há nenhuma imprecisão na feitura desse desenho, diferentemente da técnica do azulejo português, a estampilha, que era artesanal e deixa imprecisões na feitura. Mas, é o azulejo português que temos em larga escala, tanto na exposição como também no Centro Histórico de São Luís”, detalhou a especialista.
A funcionalidade dos azulejos, muito mais que embelezar as fachadas dos casarões, pode explicar o uso por terras Timbira.
“São Luís tem uma condição climática muito instável e descobriram que o uso dos azulejos nas fachadas conservava o casarão por muito mais tempo. Por isso, os azulejos têm uma funcionalidade, além da decoração, que é justamente conservar o casarão”, observou o historiador Lucas Barbosa, que trabalha como mediador no Museu.
A exposição faz parte das comemorações pelos 49 anos do Museu Histórico e Artístico do Maranhão. A visitação pode ser feita de terça a sexta-feira, das 14h às 17h.