ENTREVISTA/CARLOS BRANDÃO

Em busca da reeleição para fazer mais pelo Maranhão

Em entrevista a O Imparcial, o governador Carlos Brandão, que está na busca de sua reeleição, contou sobre os desafios que tem enfrentado, além dos projetos para dar continuidade a seu governo.

Carlos Brandão (PSB) em entrevista ao O Imparcial.

Com a missão de se reeleger governador do Maranhão no próximo dia 2 de outubro para dar continuidade ao trabalho que vem realizando a frente do maior cargo do executivo estadual desde abril deste ano, Carlos Brandão (PSB) revelou em entrevista a O Imparcial de
que forma tem feito sua campanha para conquistar o eleitorado maranhense.

O pesebista que foi vice-governador de Flávio Dino (PSB), por dois mandatos ressaltou o que diferencia as campanhas passadas desta de 2022, além de ter feito o que foi feito na gestão passada e o que pode ser feito e melhorado sob o comando como futuro governador eleito.

Também lembrou de quando estava na condição de vice-governador. E que o estado melhorou seus indicadores sociais em quase oito anos. Confira a entrevista na íntegra no canal do YouTube do jornal e nas redes sociais.

O Imparcial: Governador, qual é o foco principal nessa reta final da campanha?

Carlos Brandão: O nosso foco principal é manter essa boa relação com o povo, manter as nossas propostas que apresentamos desde o começo, acelerar as caminhadas, passeatas, comícios e os programas de televisões, assim como o debate, é muito importante a gente manter essa agenda ativa, essa agenda interativa, uma agenda de proposição e uma agenda de comunicação direta com o povo.

O senhor participou em 2018 e antes de 2014 das campanhas de vice-governador de Flávio Dino. Qual é a diferença hoje do senhor como candidato a governador?

Na realidade nós já participamos de várias campanhas de governador. Eu tive a oportunidade em 2002 de coordenar a campanha do ex-governador Zé Reinaldo. Em 2006 tive uma participação muito forte na eleição do ex-governador Jackson Lago fazendo parte da coordenação também e ajudei muito na coordenação da campanha Flávio Dino e Brandão em 2014 e 2018. Então, isso me dá uma vasta experiência para que a gente possa coordenar a nossa campanha. Sempre é diferente coordenar a campanha dos outros e coordenar a nossa. A gente vai apenas fazendo os ajustes evitando os mesmos erros que foram cometidos. E eu diria que hoje essa campanha é uma campanha completamente diferente. É uma campanha cada dia que passa fica muito informatizada. Fica muito na internet e acho que cada dia que passa também o eleitor começa a observar cada um dos candidatos para que ele possa tomar sua decisão. Então, hoje eu diria que é uma campanha muito moderna e cabe a cada eleitor hoje conhecer as propostas, conhecer o passado, conhecer a história de cada um dos candidatos. É muito importante que o eleitor passe a analisar cada uma das propostas e o passado de cada candidato, porque a história ela se repete. Para fazer um bom trabalho, a gente precisa ter experiência, precisa ter conduta, precisa ter um histórico na vida que mostra o que a se fez e saber fazer. Vamos fazer muito mais.

O senhor tem andado muito pelo interior, principalmente agora, dos problemas . O senhor tem detectado, tem tomado conhecimento mais de perto do que o daria prioridade caso seja eleito?

Hoje o que a gente pode ver é que a o Maranhão avançou muito na realidade. Existia muita carência do serviço público, pois nós avançamos muito na saúde. Construímos 26 hospitais macrorregionais, ou seja, a saúde está mais perto da população do interior, 18 policlínicas. Na educação a gente avançou muito, entre construção, reforma e ampliação. Nós fizemos 1500 obras educacionais, não tinha nenhuma escola de tempo integral, já temos 91. Não tinha nem uma escola técnica profissionalizante, hoje já temos 50. Nós criamos mais uma universidade pública que foi a UEMASUL. Então, quando você vai ver todos os serviços a gente avançou e ainda tem muita demanda. Pavimentação de vias urbanas foram mais de 4.000 quilômetros que foram pavimentadas, praças e cidades. Restaurantes populares já temos 150 esse mês e vamos chegar a 180 restaurantes populares que é um programa de segurança alimentar em um momento de crise e dificuldade. Eu diria que na agricultura familiar também a gente avançou muito. Criamos a secretaria de agricultura familiar para apoiar o pequeno produtor que hoje coloca 70% da refeição nas nossas mesas, abastece os restaurantes popular, abastece também as creches, os hospitais. Isso tudo fortalece ali no programa de compra da produção agrícola. De forma que quando a gente vai ver a gente teve muitos avanços em todos os setores, mas ainda precisa ser feito mais. Por exemplo, o restaurante popular, a gente quer levar pra todos os municípios, ainda não tem, vai chegar a 180 municípios, certo? As escolas em tempo integral ainda não têm em todos os municípios, já tem em 90, eu diria que a gente tem que avançar na educação, avançar nessa mesma linha, avançar na saúde, certo? Levar mais policlínica, levar algumas maternidades para alguns municípios que ainda não tem, certo? Na infraestrutura, continuar melhorando e recuperando as nossas estradas estaduais, além das pavimentações de vias urbanas. Então, nós temos demanda quando a gente chega no município, a gente tem demanda em toda
natureza. O prefeito chega, o ex-prefeito, as lideranças “olha, a minha escola ainda não foi reformada, tá?” “O meu hospital, tá faltando equipar”, o governo fez a reforma, mas falta equipar. Então assim, são demandas de toda a natureza. A gente avançou muito, mas é preciso complementar. É para isso que eu quero ser governador. Para continuar fazendo aquilo que não foi possível ser feito.

Os seus adversários estão colocando muito essa questão do Maranhão ser um Estado mais pobre. O senhor tem um plano pra tirar o Maranhão dessa situação que as pesquisa e os indicadores sociais indicam?

Na realidade os indicadores sociais do último Censo que nós tivemos foi em 2010. De lá pra cá, nós não tivemos mais nenhum Censo pelo IBGE. Então, o IBGE é realmente um indicador que mede os indicadores da pobreza e da renda, né? Mas nós vamos avaliar aqui, nós
quando assumimos o governo. O Maranhão era o 22º estado na educação, hoje é o 13º. Será que não melhorou? Então quando a gente criou mais uma universidade. Será que não melhorou? 80% dos alunos que ingressam na universidade pública como a UEMA, eles são alunos de onde? Das escolas públicas, por quê? Porque as escolas melhoraram. Então, quando a gente tem hoje o salário do professor dos melhores salário do Brasil, temos sete anos e meio e ainda tivemos uma greve e a gente motivou e fortaleceu os professores para que eles pudessem dar um bom ensinamento. Então quando você vê tudo isso que a gente fez, aí você fala do Maranhão está numa situação, um índice lá em baixo? Na realidade nós encontramos no Maranhão uma situação muito difícil. Está aí o resultado da educação do IDEB? E quando eu citei aqui a exemplo de saúde, só tinha 24 máquinas de hemodiálise em São Luís. Só tinha UTI em São Luís. E hoje nós temos em 26 regionais. Nós temos 400 máquinas de hemodiálise. Ou seja saltou de 24 para 400. Será que não melhorou? Então, quando você faz essa avaliação pelos números, a gente tem convicção que o estado melhorou.

Qual a meta do senhor pra enfrentar essa nova realidade surgida no Maranhão pós-pandemia?

Primeiro dizer que o Maranhão foi o estado que teve o melhor desempenho no combate à Covid-19. Isso não são dados nossos. São dados do próprio governo federal. Maranhão teve um grande desempenho. Muita coragem, muita determinação, liderado pelo governador Flávio Dino, da abertura de novos hospitais, a contratação de muitos profissionais de saúde, a interiorização em levar vacina até as pessoas via aérea. Ou seja, uma grande operação, uma coisa nova para todo mundo. E uma coisa que não parou. Nós lançamos um plano, tanto um plano de investimento chamado Celso Furtado para investir nas empresas, e que a gente pudesse melhoraras as obras pública, acelerar. E para você ter ideia, no ano de Covid-19, são dados do CAGED- Cadastro Geral de Empregados e Desempregados, o Maranhão só ano passado em 2021, ele gerou 43 mil empregos de carteira assinada. Então, quando você faz
uma avaliação nos últimos seis anos em função dos investimentos foram mais de dez bilhões de reais em obras. A gente chegou a gerar um saldo positivo do CAGED, cerca de 100 mil empregos de carteira assinada. São dados do CAGED. E o Maranhão ficou o primeiro lugar do nordeste, e o quarto do Brasil inteiro nos proporcionais no saldo positivo de emprego. Então significa dizer que investir nas obras públicas, na recuperação, nas obras e implantação de novas obra gerou muito emprego. Uma coisa que nós não vamos abrir mão. Então esse já é um modelo que a gente enfrentou no combate à Covid-19. Nós recebemos aqui os empresários que vieram no final do governo Flávio Dino agradecer: “Olha, Flávio, nós
viemos aqui agradecer porque no seu governo nossa empresa cresceu, a gente gerou muito emprego”. E um dos empresários disse : “minha empresa tinha 43 funcionários, hoje tem 700 funcionários graças as obras do Governo”. Então, nós estamos no caminho certo e vamos aproveitar essa mão de obra maranhense. O mundo todo está de olho na questão ambiental, principalmente levando em conta a Amazônia da qual o Maranhão está encravado em
0% dentro da Amazônia Legal. O senhor tem um plano específico pra área de meio ambiente, a questão de devastação das florestas, principalmente, que tem ocorrido com muita frequência no nosso estado? Nós fizemos uma coisa que há trinta anos era tentado ser feito no Maranhão, mas ninguém conseguia. Nós fizemos o zoneamento ecológico e econômico da bioamazonas. E depois fizemos o isolamento ecológica econômico do bioma cerrado e sistema costeiro. Ou seja, o zoneamento do Maranhão ecológico e econômico está pronto. No Brasil acho que só tem dois estados que conseguiram avançar nisso. E isso permite com que a gente tenha um portfólio para atuarmos nessa questão ambiental. Então na área ambiental nós temos vários programas. Primeiro, que o desmatamento ele tem que ser legal. Ele tem que seguir regras. Certo? O desmatamento ilegal é crime. Para o agronegócio investir fazer desmatamento para implantar, para gerar riquezas que é importante, ele tem regras e tem um check-list. Então hoje na própria secretaria nós
estamos exigindo que o empresário ao dar entrada no processo de desmatamento ele tem que obedecer às regras. O que nós temos feito para que haja porque a gente tem que trabalhar com desenvolvimento um desenvolvimento sustentável ao mesmo tempo que haja teto à ampliação do negócio, e haja a também a proteção e preservação das matas auxiliares, das nascentes dos rios. Então são regras para o meio ambiente que a gente não pode abrir mão. O problema é o desmatamento ilegal. É nós vamos combater fortemente, por que a gente não pode admitir isso, e isso degrada a natureza. Para isso, nós criamos programas como Maranhão Verde que são 4.000 jovens que trabalham no interior e fazem palestra, que fazem discussão ambiental. No Agente Jovem Ambiental são mais de 2.000 jovens ambientais no estado inteiro. E esses eixos fazem com que a gente faça a proteção do meio ambiente. É lógico que tem é sempre o cidadão que faz o desmatamento ilegal, e aí a gente entra fortemente com a fiscalização.

Governador, faça suas considerações finais…

Bom, primeiro eu queria agradecer pelo espaço que você nos deu é muito importante pra gente possa esclarecer, falar um pouco sobre tudo que a gente sabe fazer, do que a gente ajudou a fazer. Nós temos convicção que ao longo desses anos o Maranhão melhorou na educação, na saúde, na estrutura, no social, na segurança alimentar. A gente ajudou a fazer, sabemos fazer e vamos fazer ainda mais. Ao longo da minha vida pública eu tive a oportunidade de exercer vários cargos que me deu muita experiência. Fui quatro vezes secretário de estado, duas vezes deputado federal, sempre participando dos debates nacionais e internacionais e duas vezes vice-governador. Portanto, eu me considero hoje uma pessoa profunda e conhecedora da administração pública. Trinta anos de vida pública sem responder a um processo, vida limpa, ficha limpa e com capacidade de gestão porque hoje acima de tudo o gestor tem que saber fazer gestão. Não adianta entregar um avião para um passageiro. O avião tem que ser entregue para um piloto. E quando o piloto vai ao banheiro, quem assume é o co-piloto, porque ele sabe pilotar. Então eu diria que hoje eu estou preparado porque conheço bem e vou fazer ainda melhor. Portanto, eu aproveito a oportunidade pra pedir o seu voto, meu nome é Brandão e meu número é 40.

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