plano de ação

Seis pedidos para diagnóstico da varíola dos macacos é analisado pela Anvisa

Neles estão contidos os primeiros pedidos para liberação de testagem rápida para detecção do vírus em pessoas infectadas.

Fachada do edifício sede da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

A Agência Brasileira de Vigilância Sanitária (Anvisa) informou, nesta quinta-feira (11), que iniciou o processo de análise para seis pedidos de registro de produtos para o diagnóstico de varíola  do macaco (monkeypox).

A prioridade do órgão regulador é a avaliação de produtos para diagnóstico in vitro e a estratégia é aumentar os instrumentos para o enfrentamento da doença.

Quatro dos pedidos feitos são para verificar a possibilidade de liberação para diagnósticos via ensaios moleculares.

Os dois fabricados na Espanha, chamados de VIASURE Monkeypox virus Real Time PCR Detection e o Monkeypox Virus Nucleic Acid Detection Kit, produzido na China, estão com os técnicos da agência, que aguardam informações complementares.

O produto brasileiro, STANDARD M10 MPX/OPX, que tem parte da produção de responsabilidade da empresa nacional Eco Diagnóstica, e o restante, fabricado em outro país, estão com a análise da documentação em curso, segundo a Anvisa.

Um dos pedidos é o primeiro para a autorização de teste rápido para detecção do vírus. O Monkeypox Virus Antigen Rapid Test, fabricado na China, pela Shanghai BioGerm Medical Technology Co. Ltd, Kit Molecular Monkeypox (MPXV) Bio-Manguinhos e Kit Molecular 5Plex OPV/MPXV/VZV/MOCV/RP Bio-Manguinhos, de produção nacional, também passam por verificação da entidade de vigilância sanitária.

Situação do Brasil

No Brasil, a doença acumula 2,293 casos, de acordo com o Ministério da Saúde nesta semana, foram confirmados seis casos de varíola do macaco em crianças, incluindo o primeiro no estado da Bahia.

No início do mês de agosto, a Secretaria de Saúde (SES-DF) divulgou que há 38 casos confirmados e 97 em investigação na capital.

Plano de ação para combater a doença

Ontem, a pasta lançou um Plano de Contigência da doença que definiu diretrizes para a contenção e controle, assim como orientações, em todas as esferas, para gerir os casos.

O documento também orienta sobre definições para os diagnóticos no exame das pessoas contaminadas, assim como modos de transmissão e grupos vulneráveis.

O plano possui três níveis de emergência para o enfrentamento. Atualmente, de acordo com o documento, o país está no terceiro nível, o que significa que está acontecendo transmissão de casos.

Consequentemente, o Sistema Único de Saúde (SUS) não tem conseguido responder à contenção, pela falta de insumos para realizar a prevenção e tratamento, o que exige resposta governamental rápida.

A Organização Mundial da Saúde emitiu alerta sobre casos da doença em países não endêmicos. Por essa razão, em maio o Ministério da Saúde, por meio da Secretaria de Vigilância em Saúde (CIEVS), passou a monitorar a doença para dar respostas aos casos e organizar as ações.

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