Projeto que reduz idade mínima para laqueadura é aprovado pelo Senado
Texto também retira a obrigatoriedade do consentimento dos cônjuges para realização da esterilização.
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A lei trouxe a possibilidade de que a cirurgia de laqueadura seja feita durante o período do parto. (Foto: Divulgação)
O Senado aprovou hoje (10) o projeto de lei (PL) 1.941/2022 que reduz de 25 para 21 anos a idade mínima para a que a mulher faça a escolha pela esterilização voluntária. Além disso, o texto retira a obrigatoriedade do consentimento expresso dos cônjuges para realização da esterilização.
O projeto torna obrigatória a disponibilização de quaisquer métodos e técnicas de contracepção previstas em lei, reduz de 25 para 21 anos a idade mínima para a realização de esterilização voluntária em mulheres e homens com capacidade civil plena, além de permitir a laqueadura da mulher durante o período do parto.
Laqueadura
A laqueadura ou ligadura tubária é um processo cirúrgico onde as tubas uterinas têm seu trajeto anatômico interrompido, com o principal objetivo relacionado à contracepção, ou seja, impedir que sejam gerados filhos.
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Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) mostram que o uso adequado de métodos anticoncepcionais contribui para a prevenção dos riscos à saúde relacionados à gravidez indesejada, sobretudo em adolescentes.
Além disso, a OMS afirma que tais métodos contribuem ainda para a redução da mortalidade infantil, e, do ponto de vista socioeconômico, também contribui para um crescimento populacional sustentável.
Novos direitos
O texto aprovado hoje derruba a obrigatoriedade de autorização expressa do cônjuge para esterilização que estava prevista em lei de 1996.
“Reconhecemos que facilitar o acesso da população aos métodos contraceptivos é uma forma de garantir os direitos à vida, à liberdade, à liberdade de opinião e de expressão; ao trabalho e à educação”, disse a relatora do projeto, senadora Nilda Gondim (MDB-PB), em seu parecer.
Para Nilda, a permissão para laqueadura durante o parto vai aumentar o acesso ao método e evitar que a mulher se submeta a duas internações, o que reduz os riscos de complicações cirúrgicas e a taxa de ocupação de leitos hospitalares.
O projeto teve origem na Câmara dos Deputados e agora segue para sanção presidencial.
* Com informações da Agência Brasil/Senado