A TVN agora é MAXX

O Imparcial Entrevista Augusto Diniz: foco na inovação e inclusão digital

Após transição da TVN para Operadora MAXX, o principal produto da empresa maranhense é a banda larga.

O CEO da Operadora Maxx Augusto Diniz será destaque como palestrante em evento nacional sobre o futuro da TV a cabo, que acontece dia 8 de novembro em São Paulo. (Foto: Imparcial)

Com a temática “A importância da internet na vida das pessoas e o que fazer para ter uma boa internet”, Diniz, diretor presidente da Operadora MAXX , está há mais de 20 anos neste mercado voltado à conectividade, e mostrou ser integrado a tudo que cerca a MAXX e o foco de negócios.

A MAXX está inserida no mercado oficialmente desde janeiro de 2022, herdando um legado de 22 anos de serviços da TVN.

A mudança de marca acompanhou uma evolução natural de uma empresa maranhense que soube crescer ao longo dos anos, pois além da tecnologia, apoia a ciência, sustentabilidade e responsabilidade social.

O Imparcial: A MAXX veio para o mercado com foco de negócio diferente e ampliado da TVN e está voltado para conexões e inclusão digital, por que essa transição foi necessária?

Diniz: A MAXX nasceu com propósito de transformação da antiga TVN. A TVN é uma operação que funcionou durante 22 anos e diante de todo o processo de mudança e inclusão digital, necessidade de acesso a conteúdo de forma diferente e o crescimento da banda larga, que hoje é o principal produto da MAXX, então a gente identificou uma necessidade de crescimento e transformação da marca vinculada a transformações internas também. Existiram alguns fatores que nos levaram a tomar essa decisão. A gente concluiu agora em dezembro de 2021 toda modernização da nossa rede. Então, desde janeiro de 2022, a Max só opera através de fibra ótica, o que é uma tecnologia de ponta que possibilita vários recursos diferentes e além de um moderno Call Center. A MAXX é a primeira empresa privada que participou e entregou um casarão. Adotou um casarão no centro histórico em que a gente desenvolveu um moderno Call Center o qual tem coo objetivo é atender todo o estado, enfim, trazendo e gerando novos empregos e também como eu comentei o fato da internet ter crescido muito e a TV estar muito associada à televisão, a gente queria e quer mostrar para a sociedade, a comunidade e o Maranhão que a Max não é só TV. A Max é TV, a MAXX é internet, a Max é telefonia fixa e a Max é telefonia celular. Hoje nós temos uns quatro serviços de telecom. e eu costumo dizer que a Max é uma empresa, via de telecomunicações.


O Imparcial: Após essa transformação para a MAXX, quais mudanças palpáveis o cliente pode perceber?

Diniz: Então, essa mudança de tecnologia, a entrega do serviço hoje é feita de forma diferente e isso possibilita uma percepção da qualidade do serviço que vai para outro patamar. O que antes a gente tinha da tecnologia anterior algumas limitações com a Fibra, isso deixa de existir. Associado a isso também, nós conseguimos parceria com grandes fornecedores, Google e Facebook, hospedamos dentro do nosso site o que chamamos de CDM (Continuous Diagnostics and Mitigation). É como se esses grandes fornecedores de conteúdos estivessem dentro da MAXX, o que possibilita como está muito próximo do cliente a percepção, a qualidade é muito melhor. Na prática, como é que acontece: você está lá assistindo um filme na televisão na Netflix, antes ficava aquela bolinha rodando, o filme carregando e na prática isso deixa de existir porque o filme está mais próximo. Você utiliza menos recursos de rede, então, o bom é o usuário sentar na frente do equipamento, clicar e ele funcionar. Todos esses benefícios foram integrados em redes através dessa transição para MAXX.

O Imparcial: Iniciamos a pandemia com a TVN e no finalzinho virou a MAXX. Qual foi a influência desse período para ocorrer a transformação?

Diniz: A pandemia trouxe vários ensinamentos para a gente. Com todos os problemas ocasionados, o setor de telecomunicação teve que se reinventar. Afinal, houve um consumo gigantesco da noite para o dia. As pessoas ficaram em casa, começaram a trabalhar remotamente, foi uma alteração de perfil de consumo gigantesco da noite para o dia, o que fez com que a gente, todas (da telecomunicação), a Max foi uma das, mas todas as empresas tivessem que agir muito rápido em termos de aumentar infraestrutura e de acesso. Coincidentemente, isso impactou positivamente o número de acessos vertiginosamente e o consumo também, os conteúdos produzidos na internet saltaram de uma forma tal que as plataformas como zoom e o Google Meet acabaram se proliferando e se tornando conhecidas nessa transição. Imagina tudo o que ocorreu e tudo que aconteceu se a gente não tivesse MAXX e outras empresas de banda larga e infraestrutura para prover isso, estaríamos isolados no mundo.

O Imparcial: A rede de conexão que as empresas de telecomunicação prestam viraram totalmente essenciais para as pessoas de modo geral, além do acesso em casa, elas contribuem na transformação de vidas, não somente na capital como no interior do estado. O que o senhor tem a dizer sobre a mudança de vida com o acesso à internet?

Diniz: Bom, a internet é uma porta de acesso ilimitada. Então, você imagina para uma pessoa humilde que está em Rosário e em Vargem Grande, que são municípios que nós operamos, por vezes elas mal se sustentam com um salário mínimo. Através da internet abre-se a visão dele, tem acesso a teatros, museus, e esses conteúdos são distribuídos de forma gratuita através da internet. De certa maneira, essa inclusão digital torna que essa pessoa que está numa condição familiar que não consegue viajar, não consegue ter acesso à uma biblioteca, a internet acaba abrindo esse mundo para ele. Recentemente eu participei de uma live da Academia Maranhense de ciências e comentei aqui (internet) está levando o conhecimento para pessoas que as vezes não tem como se locomover. Hoje, a inclusão digital tem que ser encarada como uma política pública, é fundamental. Um jovem sem acesso à internet ou uma família sem acesso à internet é a mesma coisa que não terem a disponibilidade da luz e estão fadados a ter uma vida totalmente diferente do jovem que tem acesso à internet. Percebemos na prática o quanto a conectividade faz com que a visão das pessoas mude. O Estado do Ceará é um bom exemplo, há 10 anos ele desenvolveu uma rede de telecomunicação, foi a primeira no Brasil a ter uma rede de telecomunicação e de conectividade como política pública de governo e hoje quando a gente fala de referência em educação é o Estado do Ceará. Tem jovens cearenses entrando nas melhores escolas públicas do Brasil é uma condição que se não aplica nos estados mais desenvolvidos do Brasil e isso só se deu, certamente, um dos veículos para isso foi a infraestrutura e possibilidade de toda essa juventude que teve acesso a esse conhecimento gerado pela internet pois ele é ilimitado.


O Imparcial: Utilizando a deixa sobre a Academia, A MAXX é a primeira empresa a fazer parceria com a Academia Maranhense de Ciências, recebendo o título de “amigada ciência”. Me fale mais sobre como essa parceria modifica a ciência no Estado do Maranhão?

Diniz: A MAXX sempre teve uma atuação junto à Academia. Ela desenvolveu o projeto junto com a Universidade Estadual do Maranhão (UEMA), tem um trabalho com a Universidade Federal do Maranhão (UFMA), temos contatos com a Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e Inovação, que estimulamos o desenvolvimento de projetos, incentivando jovem cientistas que desenvolvem soluções para as dores das empresas, então, essa sempre foi a trajetória da MAXX há mais de 15 anos a gente atua com a Academia. A Academia Maranhense de Ciências foi constituída e é liderada por cientistas e pessoas que fazem esse trabalho de forma voluntária e através de um convite do presidente, o professor Henrique Mariano Amaral, fez o convite e a primeira empresa foi a MAXX que aderiu para ser “amiga da ciência”, o objetivo é divulgar o trabalho da academia de ciência maranhense, ajudá-los incentivando projetos que eventualmente sejam conectados e procurados por jovens, a ideia é dar continuidade a esse projeto de desenvolvimento que sempre temos junto à academia. A gente acredita muito também no tríplice hélice da inovação composta da iniciativa privada, onde entra Max, composta da Academia, trazendo conhecimento e identificando necessidades e gerando nos alunos a possibilidade de desenvolverem conhecimento para atender essa necessidade e o governo incentivando e financiado esse aluno. Esse combinado acaba gerando todo uma “explosão de inovação”. Inovação é imprescindível, não falo só no nosso ramo, mas em qualquer ramo. Um supermercado precisa inovar, um jornal precisa inovar, enfim nós precisamos precisa inovar. A gente acredita nisso e praticamos isso. A Academia Maranhense de Ciências fez todo sentido pra gente e queremos continuar incentivando.

O Imparcial: A MAXX atualmente está em 11 municípios, quais os planos de expansão?

Diniz: Nós temos um projeto que está em fase de desenvolvimento nós pretendemos por em prática nos próximos 90 dias, que é a expansão de toda a nossa rede para todo o Estado do Maranhão, esse projeto vai atender 162 municípios de 217. Entre esses 162, 10 são dos melhores IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) a ideia é levar e proporcionar ou pelo menos disponibilizar a conectividade para que possa ser feito algum tipo de trabalho através de políticas públicas, se for o caso, e dessa forma também construir uma rede de telecomunicações moderna e uniforme, porque hoje você tem muitas atuações de operadoras mas de uma forma desuniforme nossa intenção é criar uma rede uniforme que atenda todo o Estado do Maranhão vendo um pouco do que foi feito no Estado do Ceará e trazer isso aqui para dentro. O Maranhão em 2019 era o segundo estado com o menor número de conectividade, ele só ganhava do Estado do Piauí, então, existe uma carência muito grande, o estado é muito grande, agora você imagina, uma infraestrutura dessa uma coisa é a mesma coisa de você disser que está construindo estradas, rodovias e portos, onde você irá conectar pessoas e possibilitar que empreendimento sejam feitos. Grandes indústrias quando elas vêm se instalar no estado ela precisa saber se o Estado tem infraestrutura suficiente para receber, a infraestrutura de telecomunicações é uma delas. Esse é um projeto nosso, a gente pretende iniciar em 90 dias e em 180 dias ele já inicia com 48% de abrangência pois a gente já tem uma rede que possibilitar isso e aí nos próximos quatro anos a gente vai fazer esse investimento importante e acima de tudo o resultado desse investimento, a gente acredita que irá possibilitar o desenvolvimento social e econômico essa é a estratégia em que nós estamos trabalhando.

O Imparcial: A boa internet depende somente da operadora? Quais fatores influenciam, além desse fornecimento?

Diniz: Essa é uma pergunta difícil, porque a internet hoje depende de vários fatores e muitas vezes ela é difícil das pessoas conseguirem entender isso, pois, existe muita questão técnica. Parte da qualidade do serviço é uma responsabilidade da operadora, ela tem uma ingerência direta sobre isso, mas vários fatores contribuem para que o serviço que está sendo entregue seja percebido dessa forma, então, um equipamento bem cuidado, um equipamento compatível com serviço que você está comprando é fundamental. Existem situações, vou dar um exemplo prático, hoje a Max tem um portfólio produtos de 500 MB, então, se você compra um produto de 500 MB e conecta esse produto no equipamento onde a interface dele limita 100 megas isso existe muito, os equipamentos mais antigos em que as placas de rede são limitadas a 100 megabytes então não adianta você comprar 500, 400, o que você comprar acima de 100 vai limitar o seu então muitas vezes você adquire uma internet e adquire 500 megas mas na hora que irá fazer um teste de velocidade ela não passa de 100 parte do problema pode ser esse você precisa ter portas e interfaces poderosas para que possam processar essa velocidade. O wi-fi que é hoje uma forma de conectividade muito utilizada é sujeita a muitas interferências então para você ter ideia, um secador que você liga e você está conectada no wi-fi pode interferir na qualidade da sua internet, então, tem várias situações em que pode interferir e impactar, é muito difícil a percepção do usuário, a gente entende, é complexo demais, mas cabe a gente quanto operadoras esse processo de educação que parte de um processo de educação e identificação mas o maior responsável pela entrega é a operadora eu diria até que essa situações cabem a nós operadores educar falar e identificar. Não podemos, não devemos e nem iremos delegar isso ao usuário, ele é o nosso cliente, a pessoa que eu acordo todos os dias e agradeço, a nossa base é o nosso cliente e eu até queria aproveitar aqui a audiência de vocês para agradecer os clientes MAXX por nos prestigiar durante toda essa nossa trajetória. Eu não sou daqui, me considero maranhense, estou há 22 anos trabalhando aqui e para mim iria ser um motivo de orgulho muito grande, aqui em São Luís tenho grandes amigos e o fato de ser prestigiado por uma operadora importante e ter conhecimento da comunidade pela entrega de um serviço tão complexo e crítico isso é algo que motiva todos os dias a crescer no social no destino investindo na academia e nos nossos colaboradores quero aproveitar a audiência de vocês por esse prestígio dos nossos clientes quem não for cliente venha nos prestigiar e aproveitar o canal aqui para fazer esse essa divulgação também né.

O Imparcial: Como funcionam os projetos de inclusão digital e inovação da MAXX? A “Coworking” e a “Estação Tech”, já estão em funcionamento?

Diniz: Então, atualmente nós temos dois importantes projetos ligados à parte corporativa e pessoa física. Digamos que são estações de Coworking onde a gente disponibiliza estruturas e infraestruturas em alguns shoppings da cidade onde, gratuitamente, é oferecido posições de trabalho com conectividade, onde um executivo ou um estudante que está trafegando por ali e precisa fazer um “JOB”, trabalho, ele terá essa infraestrutura disponível de forma gratuita. Ele entra, acessa a internet com conforto e com isso ele pode de uma forma remota, (considerando que hoje a forma remota é o que está movendo a parte da nossa sociedade) e ele pode interagir com seus canais. Um outro projeto importante o qual nós fazemos parte com muito orgulho são as “Estações Tech”, que são laboratórios digitais, disponibilizados pelo Estado do Maranhão e Tecnologia, esses foram 10 estações/laboratórios digitais que foram construídos em comunidades carentes aqui da cidade de São Luís e a Max entra com a conectividade gratuita de Fibra Ótica e velocidade compatível para atender esses laboratórios, o governo do Estado em parceria com a Secretária de Ciência e Cultura entrou com a infraestrutura e a UEMA, ela entra com o conteúdo, a capacitação, enfim, são ambientes aonde a gente está colaborando com o desenvolvimento social e proporcionando que jovens que tenham não tenham limitações financeiras tenham acesso ao que há de mais moderno e possa se educar. Eu acredito que vários talentos surjam, o movimento é muito grande para estimular a utilização dessas estações e essas 10 estações que foram implementadas aqui, haverá um segundo momento em que elas irão se expandir para o interior, dentro desse projeto. Eu esqueci de comentar, tudo isso foi originário através de uma emenda parlamentar do Deputado Federal Bira do Pindaré, é importante falar isso porque isso está revertendo em benefícios para a comunidade e isso irá se expandir para mais 10 comunidades do interior que a MAXX já manifestou interesse em atender. O nosso objetivo a médio prazo, considerando nosso projeto importante de expansão é que essas 20 Estações Tech e laboratórios digitais que estão sendo concedidos em comunidade possam virar 30, 40, 50 porque só através da educação que pode haver transformação. A Max foi criada através da ideia de transformação e hoje estamos empregando dentro do nosso processo a transformação e eu acredito EM dois veículos de transformação a conectividade e a educação porque com a conectividade você inclui você põe esse jovem a ter acesso ao ambiente infinito e educação é educação.

O Imparcial: O 5G já é uma realidade, qual a previsão para usarmos a rede?

Diniz: Então, o projeto do 5g é um desafio. Acabou de acontecer a licitação. Recentemente em dois importantes estados Distrito Federal e o Estado de São Paulo, existe um cronograma de ativação e o Maranhão vai ser ativado provavelmente em novembro, está havendo uma revisão de prazos agora e a Max é uma empresa prestadora de serviços de celular. A gente chama de Operadora Móvel Virtual mas, enfim, e os 5g vai ser sim uma realidade, a gente vai encampar esse projeto a partir do momento em que ele estiver disponível aqui nessa próxima etapa também. É um outro grande desafio de educar o consumidor a utilizar bem o serviço e saber utilizar o melhor que o serviço pode proporcionar. O 5g vem para revolucionar pela sua capacidade e possibilitar um volume de tráfego que entrega e para que possamos conectar equipamentos e que se torne “a internet das coisas”, que é onde a transformação de fato vai acontecer. Você monitorar os equipamentos. Enfim, esse será um passo que será dado e os 5g vai ser o grande veículo que irá viabilizar isso aí, é o que a gente espera, né?

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