Moradores do bairro Quebra-Pote não querem empresa de ônibus
Segundo a população, são 16 anos de um atendimento ruim e precário prestado pela empresa Ratrans.
O bairro do Quebra Pote, na zona rural de São Luís, amanheceu ontem com protesto. Na madrugada de quinta-feira, 18, os moradores do bairro fizeram uma manifestação pedindo a troca da empresa de transporte público que presta serviço para a região.
Segundo a população, são 16 anos de um atendimento ruim e precário prestado pela empresa Ratrans. Ainda de acordo com moradores, os ônibus apresentam problemas constantemente e tem viagens irregulares, que acabam causando superlotação e atrasos aos passageiros.
Em entrevista a uma rádio local, o empresário da empresa, Gilson Neto, disse que quando eles ficaram sabendo que ia haver essa manifestação, entraram em contato com a União de Moradores da região, e que se colocou à disposição da população para atender os anseios.
Em uma reunião realizada na última quarta-feira (17), em que ele estava presente, além da Secretaria Municipal de Trânsito e Transporte, foram apresentadas algumas propostas, que não foram aceitas por todos.
“A manifestação, pelo que vi ali, ia acontecer de qualquer jeito. Aí no dia seguinte, a partir da quarta viagem do dia, os moradores fecharam a via, e a operação foi paralisada”, disse o empresário.
A Polícia Militar acompanhou todo o protesto.
A SMTT informou que esteve presente na referida reunião e que apresentou proposta como o retorno da linha alimentadora (bairro-terminal), durante o dia, e mais a inserção de um ônibus articulado para diminuir o tempo de espera, mas que as propostas não foram aceitas. Informou ainda que o contrato não permite a atuação de outro consórcio na linha licitada.
Esta não é a primeira vez que a empresa é alvo de reclamação de usuários. Em maio do ano passado, moradores do bairro Cajueiro também realizaram uma manifestação pedindo a melhoria do serviço, ou a troca da empresa Retrans.
Em julho deste ano, um incêndio na garagem da empresa deixou 12 ônibus destruídos. Na época, os veículos queimados foram substituídos por ônibus de outras empresas para que as linhas atendidas pela empresa não sofressem maiores prejuízos. Segundo Gilson, a empresa ainda está se reestruturando desse prejuízo.