Nesta quarta-feira (3), se comemora o Dia do Capoeirista, indivíduo que pratica capoeira, um estilo de dança e luta que é originalmente típica da região Nordeste do país, em especial na Bahia.

Curioso saber que, durante muitos anos, mais precisamente do fim do século 19 até meados do século 20, praticar capoeira no Brasil era considerado um crime, de acordo com a lei “Sampaio Ferraz”, de 1890.

Para celebrar a data, O Imparcial resolveu listar quatro produções que que retratam este patrimônio imaterial brasileiro.

• Mestre Bimba – A Capoeira Iluminada (2007)

A vida e a história de Manuel dos Reis Machado, o mestre Bimba, um homem de origem humilde que se tornou um grande jogador e educador da capoeira, contada através de depoimentos de amigos próximos e de imagens de arquivo.

Bimba é responsável pela criação da chamada “capoeira regional”, que se contrapõe à “capoeira de Angola”, a modalidade mais original dessa arte marcial.

• Besouro (2009)

No interior os negros continuavam sendo tratados como escravos, apesar da abolição da escravatura ter ocorrido décadas antes. Entre eles está Manoel (Aílton Carmo), que quando criança foi apresentado à capoeira pelo Mestre Alípio (Macalé).

O tutor tentou ensiná-lo não apenas os golpes da capoeira, mas também as virtudes da concentração e da justiça. A escolha pelo nome Besouro foi devido à identificação que Manuel teve com o inseto, que segundo suas características não deveria voar.

Ao crescer Besouro recebe a função de defender seu povo, combatendo a opressão e o preconceito existentes.

• Jogo de Corpo – Capoeira e Ancestralidade (2013)

O documentário leva o mestre brasileiro de capoeira do gênero angolana, Cinézio Peçanha, mais conhecido como Mestre Cobra Mansa até à Angola. Vivendo a ancestralidade do povo e da capoeira que ensina, as conexões desde a escravidão entre Brasil e África são reforçadas pela dança, música e conhecimento.

• Capoeira – Um Passo a Dois (2017)

Ella (Isabel Zua) é uma mulher afro-portuguesa que embarca em uma viagem ao lado de Jorge Itapuã, seu mestre de capoeira. Juntos eles eles percorrem a Europa, Eua, Israel, Índia, Indonésia e Japão sempre aprendendo mais sobre a capoeira e suas diversas adaptações culturais ao redor do mundo.

Enquanto Itapuã ministra as aulas, Ella grava tudo com a sua câmera. No entanto, à medida que vai se aprofundando no assunto, ela deixa sua posição de subordinada, saindo de trás das câmeras. Essa atitude altera toda a dinâmica da jornada fazendo com que uma série de transformações surja no relacionamento dos dois.