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Novas variedades da Ômicron avançam e favorecem reinfecções, aponta Fiocruz

Estudo mostra que as subvariantes BA.4 e BA.5 subiu para 25% em junho.

Ômicron é uma das variantes do vírus da Covid-19. (Foto: iStock)

O trabalho de sequenciamento genético realizado pela Rede Genômica da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) aponta que as linhagens BA.4 e BA.5 da variante Ômicron continuaram a ganhar espaço no país durante a segunda quinzena de junho, o que favorece a ocorrência de casos de covid-19 em pessoas que já tiveram a doença e se recuperaram.

Novos dados da rede foram divulgados hoje (8) pela Fiocruz, que atingiu a marca de 50 mil genomas de SARS-CoV-2 sequenciados desde o início da pandemia de covid-19, em março de 2020. 

O estudo mostra que as subvariantes BA.4 e BA.5 representavam cerca de 8% dos casos sequenciados no país em maio, percentual que subiu para 25% em junho, enquanto a BA.2 perdeu espaço.

O cenário é semelhante ao que ocorre na América do Norte e na Europa e tende a posicionar as duas novas subvariantes como dominantes no país. 

Com o predomínio dessas duas linhagens, pesquisadores esperam uma maior ocorrência de reinfecções, já que elas são consideradas geneticamente bem distintas da BA.1 e da BA.2, que dominaram o cenário epidemiológico no primeiro semestre.

O mesmo ocorreu quando a variante Ômicron BA.1 substituiu a variante Delta e causou o pico de casos registrado em janeiro e fevereiro deste ano.

Foram caracterizados geneticamente 81 casos de reinfecção por covid-19, sendo 68 deles associados às linhagens da variante Ômicron. Entre esses casos, já há pessoas que contraíram covid-19 a partir de vírus de duas linhagens diferentes da Ômicron.

Os dados analisados no estudo divulgado hoje (8) se referem ao período de 16 a 30 de junho, e incluem o sequenciamento de 1.745 genomas à base de dados que já existia anteriormente.

O material é coletado pelos pesquisadores a partir de parceria e colaboração com os Laboratórios Estaduais de Saúde Pública (Lacens), a Coordenação-Geral de Laboratórios do Ministério da Saúde, os Laboratórios de Assistência Diagnóstica da Fiocruz e outras instituições nacionais.

O acesso à base de dados EpiCoV do Gisaid, uma iniciativa internacional de vigilância genômica de novo coronavírus e influenza, também auxilia o trabalho de monitoramento da Rede.

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