DIA MUNDIAL SEM TABACO

Tabagismo mata 443 pessoas por dia no Brasil

O câncer de pulmão é o segundo mais comum em homens e mulheres no Maranhão, com estimativa de 470 novos casos.

O Dia Mundial sem Tabaco, comemorado em 31 de maio, foi criado em 1987 a fim de alertar a sociedade sobre os riscos para tabagistas. (Foto: Reprodução)

De acordo com o Instituto Nacional do Câncer, no Brasil, 443 pessoas morrem a cada dia por causa do tabagismo. R$125.148 bilhões são os custos dos danos produzidos pelo cigarro no sistema de saúde e na economia e 161.853 mortes anuais poderiam ser evitadas.

Quanto às mortes anuais atribuíveis ao tabagismo: 37.686 correspondem à Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC), 33.179 à doenças cardíacas, 25.683 a outros cânceres, 24.443 ao câncer de pulmão, 18.620 ao tabagismo passivo e outras causas, 12.201 à pneumonia e 10.041 ao acidente vascular cerebral (AVC).

No Dia Mundial sem Tabaco, comemorado neste dia 31 de maio, entidades e organizações alertam para o tabagismo, uma doença crônica e que causa outras enfermidades. Não fumar ou parar é a principal forma de prevenir o câncer de pulmão, de cavidade oral, na laringe, faringe e esôfago.

O Dia Mundial sem Tabaco, comemorado em 31 de maio, foi criado em 1987 a fim de alertar a sociedade sobre os riscos para tabagistas.

O câncer de pulmão é o segundo mais comum em homens e mulheres no Brasil (sem contar o câncer de pele não melanoma) e também no Maranhão. Cerca de 13% de todos os casos novos de câncer são de pulmão. Já o câncer de boca afeta lábios e demais estruturas, como gengivas, bochechas, palato duro, língua (principalmente as bordas) e a região embaixo dela.

A coordenadora do curso de enfermagem da Anhanguera, Bruna Vasconcelos,  alerta que fumar é prejudicial à saúde do fumante e daqueles que estão expostos à fumaça, os chamados fumantes passivos.

“A Organização Mundial da Saúde aponta que o tabaco mata mais de 8 milhões de pessoas por ano. Mais de 7 milhões dessas mortes resultam do uso direto desse produto, enquanto cerca de 1,2 milhão é o resultado de não-fumantes expostos ao fumo passivo. Quem fuma passivamente também pode desenvolver câncer. A fumaça é tão prejudicial quanto tragar, não há exposição segura. As substâncias que compõem o cigarro são cancerígenas”, alerta.

O tabagismo é uma doença que contribui para o desenvolvimento dos seguintes tipos de câncer: leucemia mielóide aguda; câncer de bexiga; câncer de pâncreas; câncer de fígado; câncer do colo do útero; câncer de esôfago; câncer de rim e ureter; câncer de laringe (cordas vocais); câncer na cavidade oral (boca); câncer de faringe (pescoço); câncer de estômago; câncer de cólon e reto; câncer de traquéia, brônquios e pulmão.

Além de estar associado às doenças crônicas não transmissíveis, o tabagismo também contribui para o desenvolvimento de outras enfermidades, tais como tuberculose, infecções respiratórias, úlcera gastrintestinal, impotência sexual, infertilidade em mulheres e homens, osteoporose, catarata, entre outras.

O tabagismo e a exposição passiva ao tabaco são principais fatores de risco para o desenvolvimento do câncer de pulmão. Oitenta e cinco por cento dos casos diagnosticados estão associados ao consumo de derivados de tabaco.

Campanha será lançada dia 1º no Maranhão

De acor­do com a Se­cre­ta­ria de Es­ta­do da Saú­de (SES), os da­dos do ta­ba­gis­mo no Ma­ra­nhão ain­da não fo­ram con­so­li­da­dos. No Ma­ra­nhão, a cam­pa­nha con­tra o ta­ba­gis­mo se­rá lan­ça­da nes­ta quar­ta-fei­ra, dia 1⁰, na ci­da­de de Pre­si­den­te Du­tra. 

De acor­do com a SES, a ação te­rá co­mo fo­co a sen­si­bi­li­za­ção quan­to ao ris­co à saú­de no uso de ci­gar­ros e va­pers, ten­do co­mo al­vo a po­pu­la­ção de adul­tos, jo­vens e ado­les­cen­tes. A pro­gra­ma­ção ocor­re­rá em uni­da­des de en­si­no e tam­bém em ba­res e res­tau­ran­tes.

Quan­do as pes­so­as aban­do­nam o ví­cio:

  • Em 20 mi­nu­tos, a frequên­cia car­día­ca e pres­são ar­te­ri­al ca­em;
  • De 2 a 12 se­ma­nas a cir­cu­la­ção san­guí­nea me­lho­ra e a fun­ção pul­mo­nar au­men­ta;
  • De 1 a 9 me­ses a tos­se e a fal­ta de ar di­mi­nu­em;
  • Em 1 ano o ris­co de do­en­ça car­día­ca co­ro­na­ri­a­na é cer­ca de me­ta­de do de um fu­man­te;
  • Em 5 anos, o ris­co de der­ra­me é re­du­zi­do ao de um não fu­man­te;
  • Em 15 anos, o ris­co de do­en­ça car­día­ca co­ro­ná­ria é o de um não fu­man­te.
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