Não é fácil fazer um jornal, muito menos mantê-lo. Precisa de investimento, estrutura, logística, mas principalmente de mão de obra. Hoje, nos 96 anos do jornal O Imparcial, e dia do trabalho, vamos falar das pessoas que fazem o jornal.

São elas que fazem o jornal O Imparcial ser o que é hoje, um veículo de comunicação tradicional e moderno ao mesmo tempo, que há quase 1 século se mantém levando informação e credibilidade ao leitor.

Seja nos meios digitais, ou no tradicional impresso, a marca O Imparcial só é possível graças ao trabalho de profissionais que se dedicam ao que fazem.

A seguir, mostraremos os depoimentos de alguns dos vários profissionais que trabalham na Casa, nos mais diversos setores. Afinal, para que a notícia esteja fresquinha nas mídias eletrônicas, ou nas bancas todos os dias, depende do trabalho e dedicação de muitas pessoas.

Seja na portaria ou na presidência, redação, comercial, financeiro, limpeza, gráfica… com poucos dias de Casa, ou com décadas de carreira, o papel que todos desempenham importa.

Pedro Freire (Diretor-Presidente)

Há mais de 50 anos em O Imparcial, o diretor-presidente Pedro Freire fala do passado e futuro do jornal. “Como jornalista, não quero que o trabalho de todos que fazem O Imparcial seja engolido pelas tecnologias. Ao contrário, quanto mais tecnologia interferir nas relações humanas, mais jornalismo fará o seu papel de levar as pessoas a serem mais felizes”.

Reportagem

No jornal desde 1975, o jornalista Douglas Cunha  já desenvolveu as funções  de  editor de polícia, chefe de reportagem, colunista, editor executivo, mas nunca deixou de  fazer o que mais gostava: ser repórter.

“No jornal, desempenho a atividade de repórter, o que considero um papel preponderante, como instrumento que reúne informações e as transforma em notícia que são levadas ao público, hoje de forma mais abrangente, visto que o jornal O Imparcial se faz presente em todas as modalidades de mídias, de maneira efetiva.  O Imparcial representa para mim uma escola de vida, onde cheguei jovem. Na minha atividade, sempre seguindo as diretrizes da empresa, consegui mudar minha forma de pensar e agir. Pelo meu trabalho, sou um profissional respeitado e que respeita o próximo, meus colegas de trabalho  em todos os níveis e a reciprocidade muito me alegra e realiza”.

Direção de Redação

Dos 96 anos de Jornal O Imparcial, o jornalista Raimundo Borges está contribuindo com seu fazer jornalístico há mais da metade: 51 anos. Ele começou como repórter fotográfico, quando a foto ainda não tinha o viés jornalístico, era mais como ilustração. Depois foi repórter de texto, chefe de reportagem, editor e diretor de redação, função que ocupa até hoje.

“Quando eu ingressei na empresa Pacotilha, editora do Jornal O Imparcial, o mundo era completamente diferente em termos de meios de comunicação. A televisão ainda não estava no seu apogeu e os jornais ainda estavam em transformação, transição, ainda alcancei o sistema rudimentar, essa evolução do tipográfico para o linográfico. Era uma fase nova, era uma mudança profunda, e que ocorreu muito mais acentuada em 1973, quando o jornal inaugurou o sistema de impressão em offset. Foi uma revolução, o primeiro jornal a ingressar nesse sistema que dava uma nova visualização gráfica no impresso”, lembrou.

Atualmente  jornal vive imprensado entre duas realidades: a realidade dele como jornal, o espaço que ele ocupava e que diminuiu;  e  a outra, a concorrência desesperada com as mídias eletrônicas. Aí que tem quebrar muitos paradigmas fazer esse processo de reinvenção para não perder o espaço de referência jornalística, mostrar que o jornal não morreu em função de outras redes.

O jornal precisa ter qualidade, não tem outro jeito para concorrer. O Imparcial, nos seus 96 anos, tem uma forte influência no meio social, uma influência em razão da qualidade do jornalismo que a gente faz, da qualidade gráfica,  da qualidade textual, uma cara bonita, que é a capa, e aí você acaba pegando o  leitor “distraído”… Uma empresa que chegou aos 96 anos, é uma empresa que tem respeito porque tem credibilidade no que faz. Essa é a chave da longevidade. São pouquíssimas  as empresas do Maranhão que chegaram tão longe. Nós ainda vamos chegar aos 100 anos e com folego para mais”

Reportagem

Há pouco mais de 1 mês como estagiária, a estudante de jornalismo Graciele Mororo, disse que a partir do seu trabalho no portal de O Imparcial, permite que o leitor tenha um campo de visão de vários outros assuntos publicados o portal.

“Ele lê o título das outras matérias e dá um clique. Meu trabalho, informa o leitor do assunto diário e faz uma ponte para outras publicações, alguns até presentes dentro da minha publicação com os interlinks. O Imparcial, consagrado o mais antigo do Maranhão, já publicou as notícias  mais importantes do estado desses últimos 95 anos, o jornal se importa em relatar os fatos com verdade”, disse

Financeiro

A gerente financeira Patrícia Freire, comentou que o Jornal O Imparcial não estaria completando 96 anos se não fosse pela parcela de participação de cada um dos colaboradores que já passaram pela empresa.

“Com a chegada da tecnologia todos nós tivemos que nos adaptar e inovar os nossos papeis dentro do grupo o imparcial.  A dinâmica digital motivou os profissionais a desenvolverem novas competências. Nosso papel hoje é somar, é agregar.  Plantar, regar e colher os frutos junto com a empresa”. Enquanto instrumento de mídia ela completou que “o jornal O Imparcial, durante toda a sua existência, tem desempenhado um importante papel social como porta-voz da população maranhense. São 96 anos de um jornalismo sério, responsável e IMPARCIAL, onde seu valor é imensurável e sua credibilidade e confiabilidade são notórias.  Dia após dia colhemos os frutos dessa sementinha plantada há 96 anos”.

Edição

O jornalista Saulo Duailibe começou na empresa como estagiário e logo foi contratado. Há 15 anos no jornal, o editor disse que O Imparcial foi a porta de entrada para exercer de fato, o jornalismo.

“Sempre espero me empenhar mais para ver o jornal sempre maior do que ele já é, pois é uma empresa de comunicação que está há quase 100 anos levando informação verdadeira ao público maranhense, no impresso, na internet e nas mídias sociais. O Imparcial é um gigante e sempre terá grande relevância para a mídia, tanto aqui em São Luís, quanto no estado e nacionalmente. É tipo assim: saiu em O Imparcial, então eu confio”, disse.

Reportagem

Para o jornalista Samartony Martins, há 21 anos na empresa, seu papel está em  fazer um recorte da realidade por meio de reportagens do cotidiano da cidade.

“Dos 96 anos de existência de O Imparcial presenciei ao longo dessas pouco mais de duas décadas, as transformações tecnológicas que o jornal passou a partir do início dos anos 2000. Da máquina de escrever ao computador. Do telefone de linha às vídeo-chamadas por celular. Da fotografia em papel aos vídeos e redes sociais. Da edição manual à eletrônica, entre outras transformações que tive que me adaptar para que pudesse exercer meu papel profissional como jornalista. Por meio do trabalho como jornalista acredito que tenha contribuído com visibilidade ao jornal, por meio das reportagens cotidianas, entrevistas especiais, ou de coberturas jornalísticas exclusivas que venham agregar ao capital intelectual de O Imparcial. Sou um prestador de serviço à sociedade por meio do ofício de escrever. Não sou uma pessoa, mas a palavra em movimento”.

Comercial

Gestora de negócios, Zucy Andrade diz que o desafio é aumentar a qualidade dos resultados e potencializar não somente os números de vendas em anúncio, mas comercializar conteúdo inteligente agregado ao valor do produto do cliente.

“Todas as equipes são importantes e fundamentais para uma organização, mas vejo que a área comercial é um ponto de partida crucial, porque ele precisa estar antenado ao mercado no que diz respeito aos concorrentes, cliente e público em geral. A representatividade do jornal no mercado é muito forte e agrega valores que vão além da entrega de informações e dos anúncios como entregadores de mídia”, disse.

Revisão

Camilla Maramaldo, revisora, trabalha com olhar atento ao que é publicado. Segundo ela, o processo de revisão de textos no jornal O Imparcial não é apenas uma prática de correção ortográfica, gramatical ou com relação ao léxico, mas análise de sentidos construídos, inadequações linguísticas e semânticas na escrita dos textos.

Nos 96 anos do jornal, ela destaca que a instituição tem “um valor extremamente social, por entregar à população fatos que se tornam notícias e determinar o que deve ser público ou o que não importará à sociedade, considerando a intencionalidade, amplitude e excepcionalidade dessa notícia. Uma responsabilidade  e tanto! É tanta informação, é tanto conhecimento, são tantas pessoas ensinando sempre, em todos os setores, (de forma automática, sem nem perceberem o que aprendo) que em se tratando de representação, só posso dizer que o jornal O Imparcial tem sido um grande instrumento de realização pessoal, porque se tem algo que gosto de fazer na vida; é ‘de saber das coisas’”.