LITERATURA

Advogado lança crônicas sobre o bairro Anil

Carlos Levy conta casos, aventuras e memórias, vividas há mais de 50 anos, enquanto morava com os pais no Anil.

O livro, de 51 páginas, conta com ilustrações, e leitura rápida e dinâmica. (Foto: Reprodução)

Quem melhor para falar de um local do que aquele que morou ou mora nele? Foi isso que fez o advogado Carlos Levy, na publicação “Anil Por Trás das Coisas Sérias – Acontecimentos memoráveis”, onde ele conta casos, aventuras e memórias vividas há mais de 50 anos, enquanto morava com os pais na Avenida Casemiro Júnior, na infância e parte da adolescência.

O livro, de 51 páginas, com ilustrações, e leitura rápida e dinâmica, cita locais como os colégios Jansen Muller e Padre Antônio Vieira, Igreja de Nossa Senhora da Conceição, Campinho do Padre, Campo do Pirapora, bares, botecos, dentre outros locais da região, que fizeram a história de muita gente que viveu ali. Além disso, lembra das pessoas com que ele e os amigos conviveram.

Os fatos narrados pelo autor se reportam aos anos de 1960 a 1968. “Esses acontecimentos, que adiante estão descritos, de maneira bem simples, aconteceram quando curtíamos o surgimento do fenômeno musical da Jovem Guarda, sob o comando de Roberto Carlos e Erasmo Carlos”, anunciou Carlos Levy no início do livro. 

Em capítulo sobre a Barraca do Hermes (Esquadrão da Morte), Carlos Levy descreve que Hermes era um pequeno comerciante que tinha uma barraca ano caminho da Matança, e que tinha como principal atrativo, os diversos tipos de cachaça. 

“Aquilo era uma máquina lenta e gradual de fazer defuntos, justamente porque os convivas- muitos deles detinham a amizade de todos nós-, já amanheciam com o copo de cachaça na mão, gesto que permanecia até o anoitecer, quando Hermes tinha que fechar o comércio e se dirigir ao seu lar”, conta o livro.

Em outro capítulo, o advogado dedica ao personagem Mário Bastos, segundo ele, considerado o maior mentiroso do bairro do Anil, mas que por outro lado, era um grande seresteiro, cantava e tocava violão muito bem. 

“Porém, suas mentiras eram que chamavam mais atenção”. Em seguida discorre sobre o episódio da bicicleta em que em uma mira inimaginável, conseguiu encaixar, com a bicicleta em movimento, a calha com o pneu do veículo.

A Alfaiateria Lelé também ganhou um capítulo. Nela, o alfaiate se gabava de não precisar tirar as medidas de seus clientes, resolvia tudo no olho. Assim, o cliente Ivan Caldas encomendou ajustes em uma calça. A surpresa foi que ao receber, em uma das pernas da calça, a entrada foi difícil, na outra perna da calça, nem o pé conseguiu entrar. 

“Ivan, para não faltar ao encontro que já havia confirmado antes, teve que se contentar em improvisar e/ou escolher dentre as demais calças que existiam em seu guarda-roupa, mas passar na porta de Lelé, nunca mais”, contou Carlos Levy.

Carlos Levy, 72 anos, é advogado aposentado, ex-advogado de O Imparcial. Já foi juiz eleitoral e compôs o Conselho da Ordem dos Advogados do Brasil, Secção Maranhão, como diretor tesoureiro.

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