Transação

Vivo recebe clientes da Oi no Maranhão

No Maranhão, os clientes da Oi, que deixou de existir no mercado móvel, passarão a ser clientes da Vivo.

Marcio Fabbris, vice-presidente de Marketing e Vendas para o segmento Consumer da Vivo no Brasil. (Foto: Reprodução)

Concluída a transação da venda da Oi Móvel para as operadoras Claro, Tim e Vivo. O fechamento da transação e assinatura da venda foi no último dia 20 de abril e as compradoras terão até 18 meses para fazer toda a migração, segundo a Agência Nacional de Telefonia (Anatel).

As contas dos quase 42 milhões de clientes da Oi, que deixaram de existir no mercado móvel, foram divididos entre as três operadoras.

Segundo a nota oficial do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), a Claro ficou responsável pelos contratos de 27 DDDs, a Vivo ficou com 11 e a TIM com 29 DDDs da Oi. 

A Vivo ficou com os DDDs  12, 41, 42, 81, 82, 83, 84, 85, 86, 88 e 98. No Maranhão, os clientes Oi passarão a ser clientes da Vivo e da Tim, sendo o DDD 98 da Vivo, e o 99 da Tim.

O Imparcial conversou com Marcio Fabbris, vice-presidente de Marketing e Vendas para o segmento Consumer da Vivo no Brasil.

Marcio Fabbris, responsável por buscar o crescimento do negócio de forma eficiente e sustentável através da definição e implementação da estratégia comercial para o segmento B2C (negócios feitos de empresas para o consumidor), falou sobre a transição da venda, sobre investimento no mercado móvel, na rede de fibra ótica, e também como ficam os clientes que eram da operadora Oi no Maranhão.

Com a compra, a companhia recebe 12,5 milhões de clientes (correspondendo a 30% da base total de clientes da UPI Ativos Móveis) – de acordo com a base de acessos da Anatel de fevereiro de 2022.

Segundo a Vivo, esta transação traz benefícios ao setor de telecomunicações do Brasil, ampliando a capacidade de realização de investimentos e criação de inovações tecnológicas de maneira sustentável e racional, contribuindo para a digitalização do país através da construção e expansão de redes em tecnologias de ponta, como 5G e fibra, o que se traduz em serviços com melhor cobertura e qualidade aos usuários.

Dos 217 municípios no Maranhão, a Vivo já cobre 112 cidades. Apenas por conta da compra da Oi, são 41 municípios. Já somados os investimentos da Vivo em melhoria de capacidade e qualidade à incorporação da Oi, os clientes poderão contar com a cobertura da rede 4.5G em 80 municípios, fazendo o recorte somente no DDD 98.

Já a partir da próxima semana, alguns clientes já passarão por essa migração. Segundo Márcio, o cliente da antiga operadora não vai precisar fazer nada, tipo trocar chip, trocar plano ou entrar em contato com a operadora. A migração ocorrerá aos poucos e não terá impacto para o cliente.

“O cliente já vai, a partir das próximas semanas, ter uma experiência já nessa rede da Vivo, para ele sentir essa melhoria. Ele não vai precisar fazer nada, porque vai ser uma transição transparente. Agora, se ele quiser, ele pode fazer uma portabilidade para a Vivo, e isso vai dar para ele algumas vantagens, descontos em serviços e acessórios.  Mas ele não precisa fazer nada neste momento, não vai precisar trocar chip. Ele vai continuar pagando o que pagava antes, nada vai mudar. Ele só vai sentir uma qualidade de serviço melhor”, disse Marcio Fabbris.

Quatro perguntas// Marcio Fabbris, vice-presidente de Marketing e Vendas – Vivo

O que significa essa transação para o cliente?  

Foi uma compra conjunta da Vivo, da Claro e da Tim, que compraram os ativos da Oi de telefonia de celular. É um processo que vem desde 2020, teve aprovação dos órgãos, e na semana passada a gente finalizou a operação. Isso significa que os clientes que eram da Oi, vão ser clientes da Tim, da Vivo ou da Claro. No Maranhão, os clientes que tem o DDD 98 deixam de ser da Oi e passam a ser da Vivo, assim como quase todo o Nordeste. A grande concentração de clientes que eram da Oi e que passam a ser clientes da Vivo, a partir de semana passada já podem se sentir como cliente da Vivo. Foi uma grande transação que vai mudar um pouquinho o cenário da telefonia celular no Brasil.

Como essa transação impacta no mercado?

A gente tinha 4 grandes operadoras no Brasil, a Tim, Vivo, Claro e Oi. Mas a Oi vinha num processo já há algum tempo de falta de investimento, a Oi não tinha participado do leilão de 4G, da frequência de 700MHz, então a gente tinha uma situação de que tínhamos 3 operadoras que estavam investindo bastante e uma em situação diferente que era a Oi. Então, com a divisão a gente deixa de ter essas 4 operadoras, para ter 3 grandes operadoras. O que a gente espera com esse movimento é que se antes tinha um serviço que talvez não era o ideal do ponto de vista da qualidade, ou talvez até aspectos de investimentos que agora possam fortalecer esse mercado. Um mercado de telefonia móvel com mais qualidade para o usuário que mantenha uma competitividade, uma concorrência bastante acirrada no setor. Agora eu diria que a grande mudança é que será uma concorrência com qualidade.

Atualmente a operadora tem 42 milhões de clientes na totalidade. A Vivo vai atender quantos clientes?

São cerca de 12 milhões de cliente. No Maranhão, um pouco mais de 1 milhão. Vamos quase dobrar o número de clientes que a gente tem no Maranhão. A Vivo era a terceira no estado de market share, agora passa a ser líder de mercado. A gente estava se preparando para esse movimento desde o ano passado. É uma mudança importante do ponto de vista da quantidade de clientes então a gente teve que fazer investimento na rede para dar a esse cliente agora, a qualidade de no mínimo que a Vivo tinha no passado. Em 2021 a Vivo investiu, aí no Maranhão, cerca de 85 milhões de reais (recursos majoritariamente destinados para as operações móvel e fibra) e a gente abriu 7 novas lojas. A gente se preparou para receber esse novo cliente.

Há mais novidades de investimentos para o Maranhão?

Sim, temos novidades. A Vivo vai lançar o serviço de fibra ótica em 5 cidades novas. A gente acabou de fazer uma expansão em 72 bairros em São Luís, cobrindo mais de 150 mil casas. Este ano a gente vai inaugurar essa rede de fibra ótica de última geração nas cidades de Açailândia, Balsas, Imperatriz, São José de Ribamar e Paço do Lumiar, sendo que só em Imperatriz, em mais de 60 mil domicílios. Outra novidade, é que a gente vai inaugurar uma usina solar na cidade de Matões, que vai funcionar na segunda metade deste ano, e vai ajudar a gente a ter uma fonte de energia renovável para antenas, para lojas, escritórios. Além disso, inauguramos uma sede nova em São Luís. Estas são as novidades para o estado.

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