DOMINGO DA RESSURREIÇÃO

Tempo de renovação da religiosidade

Várias paróquias e comunidades retomaram suas atividades externas.

Padre Junio dos Santos Pereira, pároco da Paróquia Santa Paulina. (Foto: Reprodução)

Almoço em família, troca de chocolates, dia festivo. Dia festivo porque é o dia do Senhor, quando a igreja celebra a ressurreição de Jesus Cristo, o milagre da vida. O Domingo de Páscoa encerra os 8 dias santos representativos da Paixão e Morte de Cristo.

Conversamos com o padre Junio dos Santos Pereira, pároco da Paróquia Santa Paulina (Residencial Pinheiros) sobre esse momento, afinal, por dois anos, por conta da pandemia, as atividades da Semana Santa ficaram restritas.

Na capital, várias paróquias e comunidades retomaram suas atividades externas, mas mantendo os protocolos contra a Covid-19.

“A pandemia da Covid-19 iniciou-se pouco antes da Páscoa de 2020 e desde então, esta é a pascoa com menos restrições, mesmo assim estamos seguindo os protocolos sanitários e as orientações da nossa Arquidiocese. Desse modo, retomamos nossas atividades religiosas com piedade e devoção sem esquecer o cuidado. É tempo de reagirmos apesar da pandemia, o nosso povo está sedento do reencontro com o Cristo, e celebrar bem este tempo nos anima a enfrentar com fé e esperança de dias melhores. Com fé venceremos a pandemia”, disse o Padre Junio.

O pároco destaca que a Páscoa é a grande festa cristã, quando a vida vence a morte.

“E assim, abre os horizontes para renovação da nossa vida e nossa esperança. Este é o dia da nossa redenção e deve ser compreendido a partir da vivencia do tríduo pascal: a quinta feira-santa, dia em que celebramos a unidade da Igreja que se reúne ao redor do Cristo para celebrar a sua Última Ceia; Sexta-feira Santa, a celebração da paixão de nosso Senhor; No sábado celebramos a vigília Pascal; e o Domingo de pascoa é a contínua celebração do dia festivo, o Dia do Senhor”.

Símbolos que manifestam o sentido da Páscoa

O sentido da Páscoa tem sido manifestado através de diversos símbolos. Alguns deles, como coelhos e ovos de chocolate, acabaram reduzidos a artigos de consumo cada vez mais refinados, tornando-se difícil reconhecer que a Páscoa, para os cristãos, é considerada a maior e mais importante festa da Cristandade, onde se celebra a ressurreição de Jesus Cristo.

“A Páscoa é a marca do cristão, é a renovação da esperança sempre viva em Cristo Jesus, mas também se tornou um tempo de grande movimentação econômica e comercial, no entanto, não podemos perder a centralidade desta celebração, que é vivenciar o amor do Pai inteiramente entregue pela nossa redenção. Os presentes são gestos de generosidade, de gratidão e de amizade, mas o grande presente que nos motiva a todos manifestarmos esses bons sentimentos é Jesus”, pondera o padre Junio.

Para finalizar, neste Domingo de Páscoa o padre deixa uma mensagem para os fiéis. “A Páscoa é a passagem da morte para vida, é tempo de renovar o ardor da fé, de renovar as esperanças abaladas por tantas perdas e restrições desses dois anos de pandemia. É vida nova… e como para os discípulos de Emaus (lc 24, 13-34), é tempo de reconhecer no Cristo a causa do nosso retorno a comunidade de fé”.

Páscoa Cristã

Dentro do cristianismo, diferentes religiões e denominações celebram a Páscoa de maneira diferente. Enquanto os católicos são encorajados a não comer carne na Quaresma, para os protestantes não existe essa restrição.

Além disso, os protestantes não costumam celebrar todos os dias da Semana Santa como os católicos, dando mais importância à Sexta Feira Santa e Domingo de Páscoa.

Durante os 40 dias que precedem a Semana Santa e a Páscoa – período conhecido como Quaresma – os católicos se dedicam à penitência para lembrar os 40 dias passados por Jesus no deserto e os sofrimentos que ele suportou na cruz.

Páscoa vem do hebreu “Peseach” que significa “passagem”. A data já era comemorada desde o Antigo Testamento pelos judeus. A passagem comemorada no Antigo Testamento, era do Mar Vermelho, quando Moisés conduziu o povo hebreu para fora do Egito, muitos anos antes de Cristo nascer.

Jesus também celebrava a Páscoa Judaica junto dos seus discípulos. Como Jesus morreu e ressuscitou 3 dias depois, em um domingo, logo depois da Páscoa Judaica, a celebração dos cristãos também tomou o nome de Páscoa na Semana Santa Cristã.

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