fim da Emergência

Governo anuncia: Coronavac será restrita para crianças e adolescentes

A portaria deverá ser publicada na quarta-feira (20) e terá um prazo de 30 dias para entrar em vigor.

O Ministério da Saúde solicitou à Anvisa a renovação das autorizações de insumos para combate à covid-19 por um ano. (Foto:Divulgação).

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou, nessa segunda-feira (18), que a vacina CoronaVac deverá ser utilizada somente no público que tem entre 5 e 18 anos.

A mudança deverá ocorrer devido ao fim da Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional da covid-19.

Com isso, as autorizações para uso emergenciais de vacinas, como é o caso da CoronaVac, perderão a validade. No entanto, o Ministério da Saúde já solicitou à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) a renovação das autorizações de insumos para combate à covid-19 por um ano.

No pedido, porém, só é solicitada a autorização para aplicação da CoronaVac em crianças e adolescentes. “Esse registro emergencial, o Ministério da Saúde pleiteou à Anvisa que mantivesse. Claro que é uma decisão da agência. Se a Anvisa autorizar, essa vacina pode ser usada em crianças e adolescentes”, disse o ministro durante coletiva de imprensa. 

O ministro disse que a decisão segue outros países que não usam o imunizante em adultos. “Ele ressaltou que não há estudos suficientes que comprovem a eficácia da vacina para o esquema vacinal.

Ainda não se conseguiu colecionar evidências científicas suficientes para que esse imunizante tivesse o registro definitivo. Para o esquema vacinal em adultos esse imunizante, eu penso e é um consenso em países que têm agências regulatórias do porte da Anvisa, não é usado para o esquema vacinal primário”, disse. O ministro ainda explicou que quem começou o esquema vacinal com a CoronaVac poderá terminar. 

Segundo o ministro a portaria que estabelece o fim da emergência em saúde deverá ser publicada na quarta-feira (20) e terá um prazo de 30 dias para entrar em vigor.  

Em nota, o Instituto Butantan, responsável pela CoronaVac no Brasil, disse que não foi informado sobre o fim da Emergência em Saúde pelo Ministério da Saúde e que “nesse sentido não há qualquer mudança nas diretrizes de saúde pública”.

Além disso, o instituto ressaltou que qualquer mudança deverá passar pela Anvisa. “Solicitação do governo deve passar pela votação da Diretoria Colegiada da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) que, se aprovada, deve permitir que as vacinas em uso emergencial continuem em uso pelo período de um ano”, afirmou. 

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