INUSITADO

Forças armadas aprovaram compra de 35 mil comprimidos de Viagra

Ministério da Defesa diz que medicamentos são para tratamento de hipertensão pulmonar

Foto: @Steve Allen Photo via Twenty20).

As Forças Armadas aprovaram pregões para a compra de 35.320 comprimidos de um medicamento usado, normalmente, para tratamento de disfunção erétil, conhecido como Viagra. Os dados estão disponíveis no Portal da Transparência e no painel de preços do governo federal e foram compilados pelo deputado Elias Vaz (PSB-GO).

O parlamentar solicitou ao Ministério da Defesa explicação sobre os pregões. “No início do mês tivemos um reajuste alto no preço dos remédios, os hospitais sofrem com a falta de medicamentos e Bolsonaro e sua turma usam dinheiro público para comprar o ‘azulzinho’. É um tapa na cara dos brasileiros”, disse pelo Twitter.

De acordo com o levantamento, foram oito processos de compra aprovados desde 2020 por unidades de compra da Marinha, Aeronáutica e Exército. O medicamento aparece com o nome Sildenafila, nas dosagens de 25 mg e 50 mg, nomenclatura genérica para o Viagra.

A maior parte, 28.320 comprimidos, são destinados à Marinha. Outros cinco 5 mil comprimidos foram aprovados para Exército e outros 2 mil, para Aeronáutica. O remédio também é usado no tratamento da hipertensão arterial pulmonar. 

Em resposta, o Ministério da Defesa deu detalhes da compra. Segundo a comunicação da pasta, os medicamentos tratam Hipertensão Arterial Pulmonar (HAP).

Nota do Ministério da Defesa íntegra:

“Os processos licitatórios realizados pela Marinha do Brasil para aquisição de sildenafila de 25 e 50mg visam o tratamento de pacientes com Hipertensão Arterial Pulmonar (HAP), uma síndrome clínica e hemodinâmica que resulta no aumento da resistência vascular na pequena circulação, elevando os níveis de pressão na circulação pulmonar. Pode ocorrer associada a uma variedade de condições clínicas subjacentes ou a uma doença que afete exclusivamente a circulação pulmonar.

Trata-se de doença grave e progressiva que pode levar à morte. A associação de fármacos para a HAP vem sendo pesquisada desde a década de 90, estando ratificado, conforme as últimas diretrizes mundiais (2019), o uso da sildenafila, bem como da tadalafila, com resultados de melhora clínica e funcional do paciente.”

* Via Correio Braziliense

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