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São Luís: 16% da população adulta é obesa

Na capital, 18% das mulheres e 14% dos homens são obesos.

Pesquisa tem como base os dados mais recentes do IBGE (Foto: Reprodução)

Em São Luís, 18% das mulheres e 14% dos homens, acima de 18 anos são obesos. Os dados são do último levantamento da Vigitel (sistema de Vigilância de Fatores de Risco para doenças crônicas não transmissíveis, do Ministério da Saúde), de 2020.

O levantamento aponta ainda que 55,4%, ou seja, mais da metade dos brasileiros, está com excesso de peso. Quanto à obesidade, no Brasil as mulheres lideram também com 20,7%, e os homens, com 18,7%.

De acordo com o Ministério da Saúde, entre 2006 e 2019, a obesidade cresceu 72% no Brasil. E hoje já é considerada um problema de saúde pública no país, potencializado durante a pandemia de Covid-19.

Em 2025, a estimativa é de que 2,3 bilhões de adultos ao redor do mundo estejam acima do peso, sendo 700 milhões de indivíduos com obesidade.

“Durante a pandemia as pessoas alteraram a sua rotina, pois quem não estava acostumado passou a ficar mais tempo em casa, aliado ao estresse, preocupação, ansiedade, que pode ter ocasionado alguma espécie de compulsão ou transtorno alimentar”, considerou a especialista Beatriz Costa.

A obesidade está associada a diversas doenças e tipos de câncer, e neste 4 de março, considerado o Dia Mundial da Obesidade, especialistas alertam para a importância de uma dieta equilibrada aliada à prática de atividades físicas.

A nutricionista Francyne Silva Fernandez destaca que a doença pode tanto ter uma predisposição genética como ocorrer em consequências de maus hábitos de vida e alimentação, gerando o acúmulo de gordura no corpo.

“Esse acúmulo é causado quase sempre pelo sedentarismo e pelo consumo excessivo de alimentos com alto valor calórico, superior ao usado pelo organismo para sua manutenção e realização das atividades diárias.”

O diagnóstico da doença é clínico e baseado no Índice de Massa Corporal, o IMC, que é dado pela relação entre o peso e a altura, considerando menor que 18,5 abaixo do peso; entre 18,5 e 24,9 peso normal; entre 25 e 29,9 sobrepeso; e igual ou acima de 30 obesidade.

A nutricionista explica que doença é considerada grave pois o excesso de peso está associado ao aumento do risco de desenvolvimento de patologias como diabetes, pressão alta, apneia do sono, aterosclerose, trombose e distúrbios no ciclo menstrual, além de problemas cardiovasculares diversos.

“Além dos problemas físicos, a obesidade ainda pode afetar a saúde emocional e psicológica, já que pessoas obesas podem desenvolver a baixa autoestima, que leva à depressão”, alerta a especialista. 

O tratamento adequado para a obesidade combina reeducação alimentar; atividade física; acompanhamento multidisciplinar que ampare tanto o lado físico, quanto emocional; e, dependendo do caso, medicação, devidamente prescrita por um profissional habilitado e com acompanhamento.

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