'gabinete paralelo'

Parlamentares entram com representação contra o Ministro da Educação

Milton Ribeiro teria permitido tráfico de influência de pastores dentro da pasta, conforme áudios vazados.

Também são alvos da operação os pastores Arilton Moura e Gilmar Santos, ligados ao presidente Jair Bolsonaro (PL). (Foto: Reprodução/Isac Nóbrega)

O senador Alessandro Vieira (PSDB-SE), os deputados federais Tabata Amaral (PSB-SP) e Felipe Rigoni (União Brasil-ES) e o secretário municipal de Educação do Rio de Janeiro, Renan Ferreirinha (PSD-RJ), entraram com representação na Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o ministro da Educação, Milton Ribeiro, por improbidade administrativa.

A ação ocorre após uma série de reportagens do Estadão revelar a existência de um ‘gabinete paralelo’ no Ministério da Educação (MEC), em que um grupo de pastores exerceria influência no repasse de verbas aos municípios. Nesta terça-feira (22), a Folha de S.Paulo publicou também reportagem com uma conversa gravada na qual Ribeiro afirma que os pedidos negociados pelos pastores Gilmar Silva dos Santos e Arilton Moura são prioritários para o governo.

A apuração mostra que o grupo de pastores-lobistas é capitaneado por Gilmar Silva dos Santos, presidente da Convenção Nacional de Igrejas e Ministros das Assembleias de Deus no Brasil, e por Arilton Moura, assessor de Assuntos Políticos da entidade.

Os pastores atuariam, especialmente, na intermediação entre o MEC e prefeitos do Progressistas, do PL e do Republicanos, legendas que integram o núcleo duro do Centrão.

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