Por tempo indeterminado

Paralisação dos rodoviários: 800 mil pessoas vão sofrer de novo

O presidente do Sindicato dos Rodoviários, Marcelo Brito, garantiu que o movimento de paralisação total foi votado em Assembleia Geral.

Os rodoviários do transporte público realizaram uma paralisação de advertência nessa quinta-feira (19) (Foto: Reprodução/Mauricio Alexandre)

“Agreve está mantida”, essa foi a informação que o presidente do Sindicato dos Rodoviários, Marcelo Brito, em entrevista a uma rádio da capital maranhense, na tarde de ontem, segunda-feira (28).

Marcelo ainda garantiu que o movimento de paralisação total foi votado em assembleia geral da categoria e será deflagrada hoje, terça-feira (29), na Grande Ilha de São Luís.

Com cerca de 40 dias, a greve dos rodoviários é uma das maiores dos últimos anos. No mês de fevereiro, os Rodoviários tinham parado 100%, sendo que a Justiça determinou a prisão de membros do sindicato, fazendo que a categoria voltasse atrás e colocasse 60% da frota nas ruas.

Em outubro do ano passado, a categoria paralisou 100% das atividades em uma greve que durou cerca de duas semanas.

“O sindicato já foi decretada prisão de alguns diretores junto com o presidente. O sindicato hoje está com as contas todas bloqueadas. Então não tem mais o que a gente fazer”, revelou o presidente do Sindicato dos Rodoviários, Marcelo Brito.

Sem proposta

Nenhuma das partes envolvidas na resolução da greve dos Rodoviários apresentou ao Tribunal Regional do Trabalho 16ª Região (TRT-MA) alguma contestação sobre a indefinição da última audiência de conciliação de dissídio realizada na sede do órgão no último dia 18 de março.

A referida audiência terminou sem acordo, e o presidente do TRT, desembargador Francisco José de Carvalho Neto, concedeu ao sindicato patronal, ao Município de São Luís e ao MOB o prazo de 10 dias para apresentação de contestação.

Após esse prazo, todos serão acionados para a apresentação de razões finais no prazo de cinco dias. Em seguida, após manifestação do Ministério Público do Trabalho, o processo será distribuído por sorteio para um desembargador que atuará como relator para então seguir ao julgamento pelo colegiado do Tribunal Pleno.

De acordo com o TRT o prazo ainda não acabou. A audiência de dissidio coletivo foi ajuizada pelo Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários do Estado do Maranhão. Com a paralisação concretizada, cerca de 800 mil pessoas utilizam o transporte coletivo da capital vão ser prejudicados.

Na primeira audiência de dissídio realizada dia 11 de março, o presidente ressaltou a importância do papel do município de São Luís e pediu que Município fosse claro e direto sobre a sua participação, em termos financeiros, na solução do impasse.

Reivindicações

Entre as reivindicações apresentadas no dissídio estão a implantação imediata do índice de 15% de reajuste salarial, ticket alimentação no valor de R$ 800 e manutenção do plano de saúde pelas empresas componentes da categoria patronal do dissídio.

Também requerem o pagamento das diferenças resultantes desse percentual nos salários e no ticket alimentação dos membros da categoria profissional, retroativamente a janeiro de 2020 (data-base).

Neste dia 29 completam-se 42 dias de greve e hoje, de acordo com o Sindicato dos Rodoviários deve haver greve geral, caso as reinvindicações não sejam atendidas, caso não haja uma decisão da justiça favorável, ou mesmo, uma negociação com os patrões, que atenda os trabalhadores.

Em assembleia realizada no último dia 22, a entidade que representa a categoria disse que cumprirá os prazos estabelecidos pela justiça, comunicando os órgãos envolvidos sobre a paralisação.

“Chegamos ao nosso limite. Tentamos de todas as formas, garantir uma negociação, que atenda as reivindicações dos trabalhadores. Não podemos ficar assistindo a intransigência dos patrões, sem interesse algum em resolver esse impasse”, afirmou Marcelo Brito, Presidente do Sindicato dos Rodoviários.

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