Nessa quarta-feira (30), a NASA anunciou um novo marco histórico para a astronomia: detectaram, através do Telescópio Espacial Hubble, a luz de uma estrela que existiu no primeiro bilhão de anos após o nascimento do universo no Big Bang.

A descoberta eleva a estrela isolada como mais distante já vista até hoje. A descoberta é um grande salto no tempo em relação a antiga que foi detectada pelo Hubble em 2018 e existia desde quando o universo tinha cerca de 4 bilhões de anos.

A estrela recém-detectada está tão distante que sua luz levou 12,9 bilhões de anos para alcançar a Terra. Outros menores objetos já foram observados com uma distância tão grande, porém são aglomerados de estrelas, embutidos dentro de galáxias primitivas.

A descoberta foi possível através de dados coletados pelo programa RELICS (Reionization Lensing Cluster Survey) do Hubble, liderado pelo coautor Dan Coe no Space Telescope Science Institute (STScI).

O astrônomo Brian Welch informou sobre a diferença de perspectiva, “normalmente a essas distâncias, galáxias inteiras parecem pequenas manchas, com a luz de milhões de estrelas se misturando”.

“A galáxia que hospeda esta estrela foi ampliada e distorcida por lentes gravitacionais em um longo crescente que chamamos de Arco do Nascer do Sol”, Welch completou.

Depois de estudar detalhadamente a galáxia, Welch determinou que uma característica era uma estrela extremamente ampliada que ele chamou de Earendel, que significa “estrela da manhã” em inglês antigo. 

A descoberta promete abrir uma era inexplorada de formação estelar muito precoce, já que Earendel surgiu a tanto tempo que sua matéria-prima pode não ser a mesma das outras estrelas.

Por isso, estudar mais sobre essa estrela é fundamental para que a Ciência conheça esta nova área inabitada até o momento.

É estimado que Earendel tenha no mínimo 50 vezes a massa do nosso Sol e seja milhões de vezes mais brilhante. Mas, ainda assim, seria impossível de ver a uma distância tão grande sem a ajuda da ampliação.