Dois feminicídios foram registrados na Grande São Luís, em cinco dias. Ambos praticados com requintes de crueldade contra mulheres indefesas, por motivo fútil.

Um fato impactante aconteceu na área de Santa Efigênia, na região da Cidade Operaria, na periferia da capital. O outro na cidade de São José de Ribamar, na Região Metropolitana de ilha de Upaon-açu.

Com esses dois casos, já são 12 feminicídios registrados no Maranhão em menos de três meses do ano de 2022, de acordo com dados da Casa da Mulher Brasileira.

Por volta das cinco horas e 27 minutos deste domingo (27), a mulher Paula Regina de Freitas, de 30 anos, foi morta com 14 facadas pelo seu companheiro Nataniel da Conceição Bezerra.

O crime aconteceu na residência do casal, no Residencial Orquídea, em meio a uma discussão, por motivo fútil, quando ambos retornaram de uma festa. No auge da altercação, Nataniel se muniu de uma faca e golpeou sua companheira e fugiu.

Familiares da vítima ouviram seus gritos e acorreram em seu socorro, mas quando chegaram ao local já a encontraram morta, caída ao chão, junto à cama, em uma poça de sangue.

A polícia Militar foi acionada e conseguiu prender Nataniel, em uma parada de ônibus, na Cidade Operária.

O criminoso foi apresentado na Superintendência de Homicídios e Proteção à Pessoa-SHPP, onde confessou a autoria do crime e foi autuado em flagrante, por crime de feminicídio.

Barbaridade em Ribamar

Outro crime em circunstâncias parecidas aconteceu há cinco dias na cidade de São José de Ribamar, na região Metroplitana de São Luís, onde a mulher Gláucia Maria Ferreira, de 30 anos, foi encontrada morta a facadas. Seu cadáver foi achado por populares, em um bueiro, na Avenida Principal, no bairro Sítio do Apicum, na manhã do dia 22 do mês em curso.

A polícia foi avisada e deu início às investigações a partir do achado de um par de sandálias masculinas, próximo ao local do achado do cadáver, e ficou sabendo que pertencia a José Garcia Ferreira de Sousa, 51 anos, companheiro da vítima.

Nas investigações preliminares ele negou a autoria do crime, afirmando que havia passado a noite pescando e quando retornou para casa, não encontrou a mulher e que teria saído à sua procura, não a encontrando.

O suspeito foi apresentado na SHPP, onde foi submetido a interrogatórios e confessou a autoria do bárbaro crime, alegando que Gláucia Maria vinha ameaçando abandoná-lo, para ir conviver com outra pessoa, o que ele não aceitava. José Garcia foi autuado em flagrante por crime de feminicídio e transferido para uma unidade do Sistema Prisional do Estado.